Tema
do mês: AUTOCONHECIMENTO Data:
29 Março 14
Objetivo
Formativo: Reconhecer o
autoconhecimento como ferramenta para o desenvolvimento espiritual.
Objetivo Informativo: Identificar os limites e
potencialidades presentes no comportamento humano.
Tema da aula: Conflitos na juventude
Objetivo da aula: ajudar os evangelizandos a conviverem
harmoniosamente com a família e sociedade apesar das diferenças e conflitos das
gerações.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial: Pais e Filhos ? 10´
Trazer a música Pais e
Filhos para convidá-los à reflexão do tema da aula de hoje: será que temos
conflitos familiares ?
Desenvolvimento: E lá em casa é tudo tranquilo ? 40´
Colocar palavras
soltas para cada um escolher e depois conversarmos sobre o tema:
ð
BELEZA
ð
MÚSICA
ð
DANÇA
ð
AMIGOS
ð
HORÁRIO
ð
AMOR
ð
RELIGIÃO
Através das palavras,
perguntar para eles o que há de diferente em você em relação à:
Beleza:
algo mudou no seu corpo ? Você se sente melhor nesta estrutura ? Acha que ainda
vai mudar ? Está se sentindo bem assim ?
Música:
por que só eu gosto deste tipo de música ? Qual o problema em ficar trancado no
quarto com o som no último volume ouvindo a minha música ?
Dança:
sei me mexer ? gosto ? tenho vergonha ou me solto ?
Horário:
Por que minha mãe insiste em colocar horário pra tudo ? Será que ela gosta de
me torturar com horário pra dormir, acordar, estudar, comer, se divertir ???
Amigos:
são os melhores do mundo ao vivo ou pela internet ? Como me relaciono ?
Amor:
por que eu fui gostar justamente daquele rapaz ou daquela moça ? Somos tão
diferentes !!!! E agora ?
Religião:
sou espírita e daí ? O que isto tem a ver com o meu comportamento, pensamentos,
decisões ?
Fixação: Quem sou eu
neste mundão ai ? – 10´
Diante dos temas discutidos, pedir para eles se descreverem.Quem
sou eu hoje ? Do que eu gosto ? O que me incomoda ? O que me aflige ? O que me
alegra ?
Prece Final: dos
evangelizandos.
Bibliografia
ð Conflitos de
Gerações - Programa Espírito e Vida – 2012 : http://www.youtube.com/watch?v=wZ5ctwBgBYM
ADOLESCÊNCIA - FASE DE TRANSIÇÃO E DE CONFLITOS:
Joanna di Ângelis
A adolescência é o período próprio do desenvolvimento físico e
psicológico, que se inicia aproximadamente aos catorze anos para os rapazes e
aos doze anos para as moças, prolongando-se, até aos vinte e dezoito anos,
respectivamente, nos países de clima frio, sendo que nos trópicos há uma
variação para mais cedo.
Nessa fase, há um desdobramento dos órgãos secundários do sexo, dando
surgimento aos fatores propiciatórios da reprodução, como sejam o
espermatozóide no fluido seminal e o catamênio. Os rapazes experimentam
alterações na voz, enquanto as moças apresentam desenvolvimento dos ossos da
bacia, dos seios, o que ocorre com certa rapidez, normalmente acompanhados pelo
surgimento da afetividade, do interesse sexual e dos conflitos na área do
comportamento, como insegurança, ansiedade, timidez, instabilidade, angústia,
facultando o espaço para desenvolvimento e definição da personalidade,
aparecimento das tendências e das vocações.
Completando a reencarnação, o
adolescente passa a viver a experiência nova, definindo os rumos do
comportamento que o tempo amadurecerá através da vivência dos novos desafios.
Inadaptado ao novo meio social no qual se movimentará, sofre o conflito de não ser mais criança,
encontrando-se, no entanto, sem estrutura organizada para os jogos da idade
adulta. É, portanto, o período intermediário entre as duas fases importantes da
existência terrena, que se encarrega de preparar o ser para as atividades
existenciais mais profundas.
Inseguro, quanto aos rumos do futuro, o jovem
enfrenta o mundo que lhe parece hostil, refugiando-se na timidez ou
expandindo o temperamento conforme sejam as circunstâncias nas
quais se apresentem as propostas de vida.
As bases de sustentação familiar, religiosa e social,
sentem-lhe os embates dos desafios que enfrenta, pois relaciona tudo quanto
aprendeu com o que encontra pela frente.
Não possuindo a maturidade do discernimento e fascinado
pelas oportunidades encantadoras que lhe surgem de um para outro momento,
atirasse com sofreguidão aos prazeres novos sem dar-se conta dos comprometimentos
que passa a firmar, entregando-se às sensações que lhe tomam todo o corpo.
Outras vezes, vitimado
por conflitos naturais que surgem da incerteza de como comportar-se, refugia-se
no medo de assumir responsabilidades decorrentes das atitudes e faz quadros
psicopatológicos, como depressão, melancolia, irritabilidade, escamoteando o
medo que o assalta e o intimida.
Nos dias atuais as
licenças morais são muito agressivas, convidando o jovem, ainda inadequado para
os jogos velozes do prazer, a lances audaciosos na área do sexo que parece constituir-lhe a
meta prioritária em que chafurda até o cansaço, dando surgimento à usança de
recursos escapistas, que não atendem às necessidades presentes, antes mais o perturbam comprometendo-o
de maneira lamentável.
Nesse período, o corpo
adolescente é um laboratório
de hormônios que trabalham em favor das definições orgânicas, ao
tempo em que o psiquismo se adapta às novas formulações, passando um período
de ajustamento que deve facultar o amadurecimento dos valores éticos e
comportamentais.
Como é compreensível, a escala de valorização da vida se modifica ante o mundo estranho e
atraente que ele descortina, contestando tudo quanto antes lhe constituía segurança e estabilidade.
Os novos painéis apresentam-lhe cores deslumbrantes, e não encontrando
conveniente orientação, educação consistente, firmadas no entendimento das
suas necessidades, contesta e agride os valores convencionais,
elaborando um quadro compatível com o seu conceito, no qual passa a comprazer-se,
ignorando os cânones e paradigmas nos quais se baseiam os grupos sociais, que
perdem para ele momentaneamente o significado.
A velocidade da telecomunicação,
a diminuição das distâncias através dos recursos da mídia, da computação, das
viagens aéreas amedrontam os caracteres mais frágeis,
enquanto estimulam os mais
audaciosos, propondo-lhes o descobrimento do mundo e o sorver de todos
os prazeres quase que de um só gole.
Os esportes,
que se perdem num incontável número de propostas chamam-no, e os outros deveres, aqueles que dizem
respeito à cultura intelectual, à vivência religiosa, ao comportamento
ético-moral, porque exigem sacrifícios mais demorados e respostas mais lentas,
ficam à margem, quase sempre desprezados, em favor dos outros esforços que
gratificam de imediato, ensoberbecendo o ego e exibindo a personalidade.
O culto do corpo, nos campeonatos de glorificação das formas, agrada, elaborando
programas, às vezes de sacrifício inútil, em razão da própria fragilidade de
que se reveste a matéria na sua transitoriedade orgânica e constitucional.
A música alucinante
e as danças de exalçamento da sensualidade levam-no à ardência sexual,
sem que tenha resistência para os embates do gozo, que exige novas e diferentes
formas de prazer em constante exaltação dos
sentidos.
A moderação cede
lugar ao excesso e o equilíbrio passa a plano secundário porque o jovem,
nesse momento, receia perder as facilidades que se multiplicam e o exaurem, sem
dar-se conta das finalidades reais da existência física.
O Espiritismo
oferece ao jovem um projeto ideal de vida, explicando-Lhe o objetivo real da
existência na qual se encontra mergulhado, ora vivendo no corpo e,
depois, fora dele, como um todo que não pode ser dissociado somente porque se
apresenta em etapas diferentes. Explica-lhe que o Espírito é imortal e a viagem
orgânica constitui-lhe recurso precioso de valorização do processo iluminativo,
libertador e prazenteiro.
Elucidando-o, quanto ao investimento que a todos é exigido, desperta-o para
a semeadura por intermédio do estudo, do exercício da aprendizagem, do equilíbrio
moral pela disciplina mental e ação correta, a fim de poder colher por longos,
senão todos os anos da jornada carnal, os resultados formosos, que são
decorrentes do empenho pela própria dignificação.
Os pais e os
educadores são convidados, nessa fase da vida juvenil a caminharem ao lado do
educando, dialogando e compreendendo-lhe as aspirações, porém exercendo
uma postura moral que
infunda respeito e intimidade, ao mesmo tempo fortalecendo a coragem e
ajudando nos desafios que são propostos, para que o mesmo se sinta confiante
para prosseguir avançando com segurança no rumo do futuro.
São muito importantes essas condutas dos adultos, que, mesmo sem o desejarem,
servem de modelos para os aprendizes que transitam na adolescência, porqüanto
os hábitos que se arraigarem permanecerão como definidores do comportamento
para toda a existência física.
O amor, na
sua abrangência total, será
sempre o grande educador que possui os melhores métodos para atender a
busca do jovem, oferecendo-lhe os seguros mecanismos que facilitam o êxito nos
empreendimentos encetados,
assim como nos porvindouros.
Continência moral, comedimento de
atitudes constituem preparativos indispensáveis para a formação da
personalidade e do caráter do jovem, nesse período de claro-escuro
discernimento, para o triunfo sobre si mesmo e sobre as dificuldades que
enfrentam todas as criaturas, durante a marcha física na Terra.
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