Objetivos: Informar quem foi Eurípedes Barsanulfo e falar
sobre suas curas, estudo e amor ao próximo. Desenvolver o amor à Deus e gratidão à Eurípedes
Barsanulfo, pela seu amor e dedicação aos seus irmãos.
Incentivação Inicial: Apresentação (2’)
Usar a personagem da Vovó Maria e contar a história de Euripedes
Barsanulfo
Desenvolvimento (20´): Montar um ppt para apresentar às crianças, com
fotos e fatos
Uma breve Biografia
Nasce, na cidade de Sacramento em Minas Gerais, em 1° de maio de 1880
Filho de Hermógenes Ernesto de Araújo (Sr. Mogico) e Jerônima Pereira
de Almeida (Dna. Meca)
Desde cedo, encontra dificuldades e problemas familiares
Inicia sua educação aos 5 anos, com o pai matriculando-o na escola de
Joaquim Vaz de Melo
A família se muda para a Estação do Cipó, em 1885 e Eurípedes apresenta
lacunas na sua educação
Desde cedo manifestou- se nele profunda inteligência e senso de
responsabilidade, acervo conquistado naturalmente nas experiências de vidas
pretéritas.
Em 1889 a família retorna a Sacramento e o pai de Eurípedes o matricula
no famoso educandário de Sacramento, o Colégio Miranda. Permanece ali até a
conclusão de seus estudos em 1891
Aluno ativo e dedicado, desde jovem demonstra suas aptidões literárias
e artísticas
Participou da fundação de um grêmio dramático, aos 12 anos de idade,
participando diretamente de apresentações artísticas, surpreendendo a todos.
Mostra desde menino grande tendência em auxiliar os doentes e pobres,
constantemente estudando e consultando obras sobre medicina
Em 1902 tem a possibilidade de viajar com o pai ao Rio de Janeiro com o
objetivo de continuar seus estudos ingressando numa faculdade de medicina;
regressa a Sacramento depois de 20 dias e quando estava de malas prontas para a
mudança, sua mãe entra em crise sentindo a separação do filho e este, então,
desiste de prosseguir viagem.
Após desistir de estudar medicina, também em 1902 funda com outros
professores o Liceu Sacramentano
O Liceu Sacramentano funcionava no antigo prédio do cartório do 1°
Ofício e já apresentava uma proposta pedagógica inovadora, mas não como no
Colégio Allan Kardec
“ Mestre abnegado aos vinte e dois anos, era profundamente estimado
pelos seus discípulos e pelos familiares dos mesmos. Transmitia também o
elevado gosto pela arte séria. Educador nato, professava uma arte e uma
ciência, e neste passo, o Liceu Sacramentano crescia no conceito geral e não
tardou para que a fama do trabalho honesto e conscienciosos, que ali se
desenvolvia, a favor da educação, transpusesse as fronteiras de inúmeras
cidades, que enviaram seus filhos para estudar em Sacramento...”
Converte-se ao Espiritismo entre 1903 e 1905, encontrando resistências
e conflitos diante de sua decisão, inclusive dentro da própria família
Funda uma pequena farmácia homeopática, com objetivos claros de atender
os pobres e necessitados em geral
É vereador entre 1904 a 1910, desenvolvendo inúmeras ações para o
crescimento da cidade de Sacramento e beneficiando significativamente a
população
Sua família também aceita as idéias espíritas a partir de 1905 e com o
apoio familiar funda o grupo “Esperança e Caridade"
Funda o Colégio Allan Kardec em 31 de janeiro de 1907
Desencarna no primeiro dia de novembro de 1918 vitimado pela “gripe
espanhola”
EURÍPEDES E A PEDAGOGIA
O Liceu Sacramentano
Fundado em 31 de janeiro de 1902, por Eurípedes Barsanulfo e outros
professores, sob o calor do Entusiasmo e das esperanças do povo.
O prédio passou por diversas reformas com intenções pedagógicas,
patrocinadas por José Monteiro da Silva Junior, porém, após a conversão de
Eurípedes ao Espiritismo, todos os pais retiram seus filhos da escola e passam
a hostilizá-lo
Os professores também abandonam o colégio; o mobiliário escolar foi
retirado e o prédio requerido por seus proprietários. Eurípedes assim,
encontrava inúmeras dificuldades para prosseguir
Num momento de abatimento e tristeza, Eurípedes se põe a chorar e
durante ardorosa prece, sente-se impelido a escrever, impregnado de magnetismo
suave, de uma fluidez radiosa. Hesita, diante do nome da Elevada Entidade que
se apresenta, mas não consegue resistir e mecanicamente escreve:
“Não feche as portas da escola. Apague da tabuleta a denominação Liceu
Sacramentano que é um resquício do orgulho humano. Em substituição coloque o
nome Colégio Allan Kardec. Ensine o Evangelho de meu filho às quartas-feiras e
institua um curso de Astronomia. Acobertarei o Colégio Allan Kardec sob o manto
do meu Amor.”Maria, Serva do Senhor
Nasce o Colégio Allan Kardec
O COLÉGIO ALLAN KARDEC
Sua organização, seus pressupostos e objetivos e a ação pedagógica de Eurípedes.
Em Minas Gerais no período republicano se dava a remodelação da
educação. Encontra-se nos relatórios estudados uma preocupação dos inspetores,
dos diretores e professores mineiros no início da República em organizar as
escolas de acordo com novos modelos. Remodelar toda a estrutura educacional
mineira era preocupação do Estado, nas primeiras décadas da República. Essa
questão aparece muito clara nos relatórios oficiais do governo. Vemos se
desenvolver em Minas, assim como em São Paulo, um conjunto de ações e intenções
educacionais inovadoras referentes à expansão, à organização, ao programa, ao
método, ao professor, à mobília, à estrutura física, aos materiais. Na verdade,
se desencadeia uma nova forma de organização escolar, mais racionalizada,
disciplinadora, controlada, fiscalizada, elementos que, segundo os agentes da
educação, eram essenciais.”
O colégio funcionava em forma de cooperativa entre os professores, como
no Liceu Sacramentano
Eurípedes adota outros procedimentos, a ordem e a disciplina não era
condições essenciais no cotidiano do colégio.
As relações entre Eurípedes, os professores e os alunos não eram tão
rígidas e hierarquizadas. Eurípedes queria construir uma escola com mais
liberdade, autonomia, diálogo e afeto.
Eurípedes nunca assumiu o papel de fiscalizador e de controlador, era o
diretor do colégio, mas não era autoritário; encontrava soluções para as
tensões, discussões, críticas, discordâncias e conflitos no diálogo franco e
aberto.
O colégio apresentava uma quantidade de professores homens
significativamente maior do que professoras mulheres. Entre os seis
professores, havia uma única mulher.
No curso elementar as crianças aprendiam a ler, escrever e contar
Concluída a etapa elementar as crianças começavam a estudar Língua
Portuguesa e Morfologia, Ciências Naturais e Gramática Portuguesa, História do
Brasil e Geografia do Brasil
Após esta fase, iniciavam os estudos de matérias do ensino médio.
Nesses cursos estavam matriculadas crianças de faixa etária que ia de 7 a 16
anos.
Eurípedes mostrava preocupação com a freqüência dos alunos. Como
diretor e professor do colégio, tinha consciência das dificuldades dos alunos
em compatibilizarem as atividades escolares com os trabalhos familiares, mas no
dia em que faltavam ao colégio, sempre arrumava um jeito de mandar buscá-los.
Não havia horários rígidos para as atividades do colégio, o tempo de
duração de aula variava de acordo com o conteúdo estudado e as atividades
realizadas.
Haviam estudos que tomavam 30 minutos das aulas diárias, já as aulas
passeio ocupavam horas de convesas e debates
Havia uma quantidade significativa de crianças negras matriculadas no
colégio, bem como a existência de professores também negros
A promoção do aluno poderia ocorrer mesmo no primeiro semestre, segundo
o aproveitamento registrado pelo mesmo
Os exames finais caracterizavam-se por provas orais, para quais o aluno
deveria estar bem preparado para um bombardeio de perguntas, partindo não
apenas da Banca examinadora, mas do próprio Eurípedes
Os trabalhos culturais, literários, artísticos e musicais, também
faziam parte do processo de avaliação
colégio apresentava por base a concepção espírita. Segundo os teóricos
da Pedagogia espírita, entre eles Ney Lobo e Dora Incontri, o Colégio Allan
Kardec apresenta em suas práticas os princípios básicos da Pedagogia espírita,
embora não explicitados como tal. Para eles, esta escola representa o marco
fundador da Pedagogia espírita no Brasil, entendida não como educação
confessional, mas como prática pedagógica diferenciada, inspirada na idéia da
reencarnação. Através dos relatos dos alunos e dos que conviviam com Eurípedes,
parece que dois pressupostos no campo educacional davam base ao seu pensamento:
a dimensão da transcendência humana e ao mesmo tempo a visão reencarnacionista”
Eurípedes via o ser humano como um ser biológico, social, psicológico e
espiritual. As potencialidades e as capacidades humanas não são somente produto
da sociedade e da cultura em que vivemos, também se radicam na alma humana que
é imortal.
As relações entre Eurípedes e as crianças era de pouquíssima
hierarquia; era como um companheiro que buscasse junto descobrir, conhecer,
amar e progredir.
O educando é um espírito imortal com autonomia para construir a si
mesmo em sucessivas vidas, portanto deve-se respeitar a individualidade de cada
um dos alunos.
A educação, no colégio, não estava baseada nos princípios norteadores
da sociedade burguesa. Não tinha por objetivo formar e formatar as crianças
segundo as exigências do mercado ou simplesmente formá-las com as competências
do mundo capitalista.
Eurípedes assumia uma perspectiva espiritualista, não exclusivista e
particularista. A sua pedagogia reconhecia o aspecto espiritual do ser humano,
mas procurava evitar o proselitismo, o dogmatismo, a doutrinação. Em sua escola
não existiam desejos de formar espíritas ou religiosos. Não havia aulas
obrigatórias de espiritismo, pois não era uma escola confessional, no sentido
tradicional do termo.
Assim, Eurípedes procurou construir uma prática educativa plural,
integrando ciência, filosofia e religião à moda de Kardec. Aceitava que o ser
humano tivesse uma essência divina que nele se manifesta e também na cultura e
ao mesmo tempo um impulso natural de transcendência que era universal, embora
tomasse cores particulares de cada época e culto.
No momento do intervalo os portões do colégio ficavam abertos para as
pessoas que quisessem conhecer o colégio ou a rotina da escola
As lições de moral não significavam ensinamentos cívicos, uma ordem
imposta de forma autoritária como na educação moral que se dava na época em boa
parte dos colégios. À escola cabia dar ao aluno uma educação moral através da
experiência e do despertar de bons sentimentos
A escola começou a funcionar como resultado do entusiasmo pela educação
e com o objetivo de formar o ser integral, biológico, social e espiritual. A
experiência de Eurípedes Barsanulfo traduziu um novo olhar para a criança num
momento de valorização da infância. Ela começou a ser vista em sua
especificidade, deixando de ser um adulto em miniatura. O educador mineiro
enxergou a criança como um ser individual e coletivo, livre, ativo, criativo...
Segundo os ex-alunos, foi com esse espírito que o professor atuava no colégio e
se relacionava.
EURÍPEDES E A MEDIUNIDADE
Seu ingresso para o Espiritismo
Entre 1903 e 1905 converte-se ao espiritismo através de informações de
um dos seus tios. Ele tomou conhecimento da existência dos fenômenos espíritas
e das obras da Codificação Kardequiana. Diante dos fatos voltou totalmente suas
atividades para a nova Doutrina, pesquisando por todos os meios e maneiras, até
desfazer totalmente suas dúvidas.
Despertado e convicto, converteu- se sem delongas e sem esmorecimentos,
identificando-se plenamente com os novos ideais, numa atitude sincera e própria
de sua personalidade, procurou o vigário da Igreja matriz onde prestava sua
colaboração, colocando à disposição do mesmo o cargo de secretário da
Irmandade.
Repercutiu estrondosamente tal acontecimento entre os habitantes da
cidade e entre membros de sua própria família. Em poucos dias começou a sofrer
as conseqüências de sua atitude incompreendida.
Persistiu lecionando e entre as matérias incluiu o ensino do
Espiritismo, provocando reação em muitas pessoas da cidade, sendo procurado
pelos pais dos alunos, que chegaram a oferecer- lhe dinheiro para que voltasse
atrás quanto à nova matéria e, ante sua recusa, os alunos foram retirados um a
um.
Sua mediunidade
Ele apresentava diversos tipos de mediunidade, como a de cura, audição,
vidência, psicografia, intuição e bicorporeidade, ou seja, a faculdade de
desdobramento, quando um médium surge em um determinado local enquanto seu
corpo permanece em outro
Auxiliava a todos, sem distinção de classe, credo ou cor e, onde se
fizesse necessária a sua presença, lá estava ele, houvesse ou não condições
materiais:
produção de vários fenômenos fez com que fossem atraídas para
Sacramento centenas de pessoas de outras paragens, abrigando- se nos hotéis e
pensões, e até mesmo em casas de famílias, pois a todos Barsanulfo atendia e
ninguém saía sem algum proveito, no mínimo o lenitivo da fé e a esperança
renovada e, quando merecido, o benefício da cura, através de bondosos
Benfeitores Espirituais.
fundou o "Grupo Espírita Esperança e Caridade", no ano de
1905, tarefa na qual foi apoiado pelos seus irmãos e alguns amigos, passando a
desenvolver trabalhos interessantes, tanto no campo doutrinário, como nas
atividades de assistência social.
Certa ocasião caiu em transe em meio dos alunos, no decorrer de uma
aula. Voltando a si, descreveu a reunião havida em Versailles, França, logo
após a I Guerra Mundial, dando os nomes dos participantes e a hora exata da
reunião quando foi assinado o célebre tratado.
Por sua dedicação e convicção na doutrina espírita, ele foi perseguido
e incomodava muito a Igreja católica que enviou o reverendo Feliciano Yague,
famoso por suas pregações e conhecimentos para desafiar Eurípedes para uma
polêmica em praça pública, aceita e combinada em termos que foi respeitada pelo
conhecido apóstolo do bem.
No dia marcado o padre iniciou suas observações, insultando o
Espiritismo e os espíritas, "doutrina do demônio e seus adeptos, loucos
passíveis das penas eternas", numa demonstração de falso zelo religioso,
dando assim testemunho público do ódio, mostrando sua alma repleta de
intolerância e de sectarismo.
A multidão que se mantinha respeitosa e confiante na réplica do
defensor do Espiritismo, antevia a derrota dos ofensores, pela própria
fragilidade dos seus argumentos vazios e inconsistentes.
O missionário sublime, aguardou serenamente sua oportunidade, iniciando
sua parte com uma prece sincera, humilde e bela, implorando paz e tranquilidade
para uns e luz para outros, tornando o ambiente propício para inspiração e
assistência do plano maior e em seguida iniciou a defesa dos princípios nos
quais se alicerçavam seus ensinamentos.
Com delicadeza, com lógica, dando vazão à sua inteligência, descortinou
os desvirtuamentos doutrinários apregoados pelo Reverendo, reduzindo- o à
insignificância dos seus parcos conhecimentos, corroborado pela manifestação
alegre e ruidosa da multidão que desde o princípio confiou naquele que
facilmente demonstrava a lógica dos ensinos apregoados pelo Espiritismo.
Ao terminar a famosa polêmica e reconhecendo o estado de alma do
Reverendo, Eurípedes aproximou- se dele e abraçou- o fraterna e sinceramente,
como sinceros eram seus pensamentos e suas atitudes.
Dedicou-se fielmente à Jesus Cristo até o último instante de
sua vida terrena, por ocasião da pavorosa epidemia de gripe que assolou o mundo
em 1918.
Contar os casos de cura de Eurípedes
1ª. Cura: Após
a sessão mediúnica do Centro espirita fundado pelo seu tio, Euripedes pergunta
ao tio se ele conhecia alguém chamado Carlos por ali naquelas bandas. O tio
pensa e responde que sim, havia um senhor
leproso que morava afastado dali, atrás de pequeno matagal. Euripesde
diz ao tio que eles precisam ir até lá, pois ele está precisando de ajuda. O
tio diz que é muito dicil chegar lá, há muitos animais pelo caminho. Euripedes
diz que se eles não forem logo, talvez seja tarde de mais. Eles foram e quando
chegaram, viram o Sr. Carlos em estado deplorável, Havia 3 dias que não comia e
nem bebia. Eles ajudaram o sr, Carlos. Euripedes lhe dá um beijo na testa e
esta foi a sua primeira cura.
2ª. Cura:
Euripedes percebeu que a doença da sua mãe era de fundo espiritual. Como tinha
muitas faculdades mediúnicas ele percebeu que o que sua mae tinha era espiritual
e não material. Esta foi a a sua 2ª. Cura;
3ª. Cura:
Euripedes tinha a mediunidade de desdobramento. As vezes , durante as aulas ,
ele fechava os olhos e há via o desdobramento. Seus alunos já sabendo, ficavam
em prece e esepravam que ele voltasse. Uma vez, ele se desdobrou e foi até a
casa da dona maria ajuda-la a fazer seu parto.
Fixação (25´):
Perguntar ás crianças: se Vc encontrasse com
Eurípedes Barsanulfo, qual presente vc daria a Ele? Faça com suas próprias
mãos, utilizando argila. Enquanto eles trabalham com a argila. Colocar uma
musica de fundo.
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