sábado, 10 de novembro de 2018

Paulo de Tarso: de Saulo a Propagador do Cristianismo.


Tema do mês: Cristianismo                                                                                                 Data:  10 Novembro 18
Objetivo Formativo: Reconhecer a importância de alguns personagens biblícos na consolidação do cristianismo ao longo do tempo.
Tema da aula: Paulo de Tarso: de Saulo a Propagador do Cristianismo.                             
Objetivo da aula:  despertar a possibilidade de vir a ser melhor através das experiências de transformação de Saulo em Paulo.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto

Saulo, Saulo por que me persegues?” “Senhor, o que queres que eu faça? “
“Ama. Trabalha. Espera. Perdoa”
“Já não sou eu quem vive, mas o Cristo que vive em mim”.

A história de transformação moral de Paulo de Tarso é complexa, intensa, forte, apaixonante e cheia de lições em toda a sua etapa. Todos os personagens, os cenários, as situações são de uma riqueza intrigante que nos faz refletir sobre as nossas histórias de vida ao longo da nossa trajetória de espírito eterno.
O que seria de Saulo sem Estevão? Como seria se ele tivesse usado sua potência de amor à Moisés e aceito que Jesus era a continuidade de tudo, o próprio Messias anunciado?
Será que nos atentamos aos Estêvão, Abigail, Ananias, Áquila e Prisca, Barnabé, Pedro, Lucas, Eunice, Timóteo que aparecem nas nossas vidas?
O desafio é transmitir em 50 minutos a essência desta história de transformação espiritual possível e alcançável para todos nós que estivermos dispostos e decididos a se despojar do homem velho para nascer o novo ser.
  
Material a utilizar:
Caneta, lápis de cor, canetinha, cartolina, caixa de som.
Deixar algumas músicas tocando antes de começar a aula: Vaso Escolhido, Atitudes de Amor, A Bila
Frases de Paulo colada nas paredes da sala.
“Tudo é permitido, mas nem tudo edifica”
“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine”
“Quando era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança...”
“Já não sou eu quem vivo, mas o Cristo que vive em mim”

Cartolina com um grande vaso desenhado a lápis bem clarinho e suave: vou desenhar um vaso largo na base que se afunila no topo para retratar que à medida que vamos aprimorando nossos valores morais, sentimentos e atitudes, a “porta” dos desafios vai se estreitando, exigindo mais consciência, foco, responsabilidade, determinação até que atinjamos a perfeição.

Dinâmica da aula: o vaso desenhado na cartolina representa Paulo que é o vaso escolhido por Jesus para disseminar o Evangelho. Sua vida será dividida em 4 partes a saber:
1: base será sua história de vida como Saulo, da infância, estudo, papel como juiz e defensor de Moisés
2: estrada de Damasco e encontro com Jesus Cristo,cegueira, Ananias
3: deserto e processo de transformação
4: missão, viagens, cartas e disseminação do Cristianismo

A cada etapa, focar no ponto central do que a história traz de lições para nós; pedir para os evangelizandos eleger qual frase que está colada na parede retrata o que aprendemos e qual sentimento ou virtude eles podem aprender com ela. Daí escrever no seu vaso pessoal aquele sentimento e escrever também no vaso Paulo.
Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: 5´
Você já pensou alguma vez que é uma pessoa especial, escolhida por Deus para realizar algo importante?
Abrir a aula fazendo este questionamento e entregando a cada um o rascunho de um vaso no papel e pedir para que eles estejam atentos às orientações que vão receber.

Desenvolvimento: 35´ Que vaso é este?
Colocar na lousa o “rascunho” do vaso dividido em 4 partes e começar a dinâmica:
Parte 1: a base Saulo de Tarso
Saulo (nome hebraico) nasceu em Tarso, capital da Cilicia, no início do séc. I da nossa Era. Ele era de uma família abastada, judaica da tribo de Benjamim. Estudou num dos colégios mais famosos da época, teve forte influência dos filósofos gregos, aprendeu a falar vários idiomas (grego, hebraico e latim) e teve como preceptor, orientador e mestre, o rabino Gamaliel.
Era um jovem bonito, musculoso, praticava a corrida de bigas; temperamento forte, orgulhoso, disciplinado e justo, defendia as leis judaicas e Moisés. Pelo seu empenho, brilhantismo e inteligência se tornou um doutor da lei do Sinédrio de Jerusalém; homem poderoso e influente.
Jesus havia sido crucificado e os cristãos passaram a ser perseguidos na região de Jerusalém. Saulo, defensor de Moisés, prende alguns integrantes da Casa do Caminho e os condena à morte; mas a pedido de Gamaliel ele liberta Paulo e Tiago, no entanto, Estevão é condenado por tê-lo vencido num discurso no sinédrio e o deixado sem argumentos em favor do Cristianismo.
Na tarde do apedrejamento, ele descobre que Estêvão era Jesiel, o irmão desaparecido da sua amada noiva Abigail e ele praticamente enlouquece de ódio, inconformismo por ter sido o causador da morte do cunhado que antes dos últimos suspiros aconselha a irmã a permanecer com o noivo que era um homem bom, justo e que apenas ainda não conhecia Jesus.
Aquele amor e perdão eram insuportáveis para Saulo que rompe com a noiva e fica ensandecido de tanta dor, vergonha e orgulho.

Parte 2: estrada de Damasco e encontro com Jesus Cristo,cegueira, Ananias
Após um tempo longe da noiva Abigail, ao visitá-la na casa onde ela tinha sido acolhida, ele a encontra moribunda, convertida ao Cristianismo por Ananias e ela morre em seus braços falando em nome de Jesus.
Ele fica praticamente cego de tanta dor, ódio, não consegue imaginar que o tal cristianimos acabara com sua vida, seus planos de casamento e amor e sai enfurecido de tristeza e indignação. Traça um plano detalhado para exterminar o tal Cristianismo, com argumentos bem pautados em defesa ao judaísmo e Moises, ele recebe aprovação e liberdade total do Sinédrio e parte rumo à Damasco para exterminar os cristãos daquela cidade, principalmente Ananias que havia convertido sua noiva.
Ao adentrar na cidade, Saulo vê um vulto, os animais param e seus soldados não entendem nada porque ele cai no chão e começa a falar sozinho.
Apenas Saulo pode ver o Mestre Nazareno e conversar com ele.
Saulo questiona: “quem és tu?”
Jesus responde: “sou eu, Jesus. Saulo, por que me persegues?”
E Jesus começa a explicar a Saulo que de nada adiantava perseguir e matar as pessoas, que a violência não era a melhor opção para um seguidor de Moisés e que ele era seu escolhido.
Eis que embevecido com aquele magnetismo de puro amor, serenidade e força desconhecidas, que Saulo simplesmente responde “Senhor, o que queres que eu faça?”
E Saulo fica cego, humilhado, inseguro; seus soldados acham que ele enlouqueceu e ele fica numa pousada humilde e pequenina por 3 dias sozinho, sem comer ou beber, aguardando a promessa de Jesus que enviaria uma pessoa para orientá-lo.
Eis que Ananias, o perseguido, lhe aparece em nome de Jesus, cura seus olhos, o leva à igreja de Antioquia onde ele vê um local humilde, sem nenhum luxo, alugado por uma moça solteira com um filho doente que vivia daquele aluguel para sustentar seu filho e inicia sua trajetória de conhecer e estudar o Cristianismo e se conhecer, se transformar.

3: deserto e processo de transformação
Saulo retorna à sua cidade para contar o que aconteceu, mas todos o entendem por louco diante de tantas perseguições, mortes e repentinamente vir com a tal história da cegueira, do encontro com  Jesus e agora dizer que Ele é o Messias.
Ninguém o acolheu, perdeu seu cargo, suas posses institucionais e materiais, seus amigos e até seus familiares o negaram. Seu pai lhe dá uma quantia em $ e ele se sente triste, abatido, desolado e procura por Gamaliel, seu mentor de toda a vida para se aconselhar. Felizmente Gamaliel era sábio e já tinha seu coração convertido ao Cristianismo e o orienta a estudar a tal Boa-Nova para que ele de fato pudesse prosseguir sua missão e trabalhar no tear, profissão que ele havia aprendido na escola de preparação.
E assim ele faz, vai para o deserto porque precisava ficar a sós com ele mesmo; compreender tudo aquilo que estava acontencendo, mergulhar profundamente nos estudos e em si mesmo.
Foi acolhido por duas almas amorosas: Áquila e Prisca, um casal cristão que se retirou para o deserto pela perseguição judaica. Ali ele aprende muito sobre Jesus, sobre convivência cristã, estuda e trabalha no tear. Ao longo do tempo, ensaia confessar quem ele realmente era, o tal perseguidor Saulo e mesmo assim, Áquila e Prisca o perdoam e o encorajam a perseverar na vida nova.
Após três anos no deserto, decide retornar à cidade e ao tentar pregar o Evangelho é perseguido. Ele decide procurar a Casa do Caminho para se acolher e é negado, pois os apóstolos temiam que fosse uma emboscada. Até que no calar da noite, Pedro decide recebê-lo e Saulo conta tudo que aconteceu nos últimos anos e Pedro decide acolhê-lo naquela noite.  

4: missão, viagens, cartas e disseminação do Cristianismo: FÉ, CARIDADE e ESPERANÇA
Desde então na Casa do Caminho, inicia uma linda história de disseminação do Evangelho de Jesus cheia de dificuldades,  provações, testemunhos, perseverança, coragem, determinação e fé.
Saulo muda seu nome hebreu para PAULO, nome latino.
Ele conhece Barnabé, uma alma boa, corajosa, cristã e juntos começam a peregrinação mundo afora. Ele ajuda os discípulos, os cristãos, aproveita do seu domínio das leis, dos idiomas, da experiência sobre administração e peregrina peregrina por diversas cidades, levando o evangelho de Jesus ao maior número de pessoas possível.
Seu espírito corajoso, determinado, seu domínio da oratório e magnetismo pessoal o ajudaram a perseverar e cumprir sua missão de vaso escolhido de Jesus de levar Sua palavra aos corações.
Viajou para diversos países incluindo Grécia, Espanha, Itália.
Sofreu de tudo: rejeição, apedrejamento, naufrágios, privações físicas, prisões, tudo em nome de Jesus Cristo. Somente após 14 anos de pregação que ele foi reconhecido e aceito pelos apóstolos da Casa do Caminho em Jerusalém.
Ele não conseguia dar conta de tantas igrejas que havia fundado, numa noite de tristeza profunda porque se sentia incapaz de atender a missão que Jesus havia lhe confiado; Ele vê Jesus que o orienta a escrever cartas orientando os cristãos no seu proceder e lhe prometeu que Estevão seria seu orientador e guia em nome dEle.  Daí ele começou a escrever a fim de otimizar seu tempo e atender as necessidades das diversas comunidades pelas quais ele já havia passado. Então ele pedia ajuda aos seus seguidores, ditava as cartas, escrevia outras. E assim transcorreram por 30 anos sob a orientação de Estêvão.

ð  Lembram de Lucas, o evangelista? Era um discípulo de Paulo, médico grego, que começa a escrever o Evangelho a pedido de Paulo que alegava que não ter tempo de vida útil para concretizar esta façanha.

Ele cumpre sua missão: apoia e leva o amor de Jesus aos corações, escreve praticamente 30% do Evangelho (dos 7.947versículos do Novo Testamento, 2.335 são de sua autoria); seguido por Lucas (27% e João (18%).

Sua despedida do mundo físico:
Na última prisão sofreu 39 açoites, conseguiu entrar em êxtase e simplesmente entrar em contato com Jesus, pois não sentia mais nada, seu espírito estava absolutamente fortalecido e em paz.
Em Éfeso se despede de João Evangelista após ser condenado à prisão. Tinha consciência de que sua vida física estava chegando ao fim após cumprir sua missão. Também escreve sua última carta à Timóteo, seu filho do coração, um jovem de 16 anos com quem nutriu relação paternal, deixando orientações para seguir adiante com uma vida de homem reto e feliz.

O soldado antes de decepar sua cabeça titubeou, não conseguiu fazê-lo diante daquele ancião, de elevada força moral que o convidava a cumprir sua tarefa.
Foi o chefe da guarda quem o fez. Mas ele já estava em paz, de coração aliviado e sensação de missão cumprida.
Ao despertar no mundo espiritual ele se sente cego novamente. E ouve passos, encontra com Ananias que vem novamente abrir seus olhos para contemplar a vida eterna. Venceu seus piores inimigos, os que habitam em nós. Ele pede para orar, para vibrar e visitar os amigos que ficaram na Terra; depois da sua visita espiritual, avistou Jesus, Abigail e Estêvão.  E Jesus lhe diz: “Sim Paulo, sê feliz, vem agora aos meus braços, pois é da vontade de meu Pai que os verdugos e os mártires se reunam para sempre no reino de Deus”.

Conclusão: 10´Eu sou o vaso escolhido
Com o vaso “Paulo” preenchido com as palavras de Paulo, lições e sentimentos de cada um de nós; que tal observar nosso vaso e pensar no meu próprio vaso? Que vaso eu quero ser (vida, oportunidades de crescer, de vir a ser melhor)?
Após eles refletirem, encerrar com a declamação da Carta aos Coríntios (começar vídeo em 1:06). 



Vaso coletivo - fim da aula
Desenho de um Evangelizando

Prece final
Aproveitar a energia da determinação, do esforço, da dedicação e do êxito de vir a ser melhor de Paulo de Tarso, vamos rogar à Jesus que fortaleça nossos melhores propósitos no bem!

Bibliografia
ü  Livro: EADE FEB Livro I, Roteiros 12-13 A conversão e missão de Paulo de Tarso, As viagens de Paulo
ü  Lítero musical com seminário de Haroldo Dutra: Paulo e Estêvão
ü  Palestra: Paulo, o apóstolo dos gentions – Palestra de Haroldo Dutra no CEERJ https://www.youtube.com/watch?v=M5CWZ3yvR7I
ü  Livro: O Evangelho por Emmanuel: Comentários às Cartas de Paulo FEB
ü  Música: Vaso escolhido – Gladston Lages e Tim cantada por Tim e Vanessa
ü  Vídeo: Chico Xavier revela Padre Manoel da Nóbrega na fundação da cidade de SP https://www.youtube.com/watch?v=BbMBFLJHTG8
ü  Vídeo: Biografia de Paulo de Tarso pela FEB TV https://www.youtube.com/watch?v=FInOhdjmsL4

ü  Carta aos Coríntios declamada  por Carlos Vereza no 3º Congresso Espírita: https://www.youtube.com/watch?v=FB7SOwj4c-w


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