domingo, 25 de março de 2018

Pluralidade dos mundos habitados


Tema do mês: CRIAÇÃO DIVINA                                                                  Data: 24 março 18
Objetivo: Reconhecer que a essência divina está presente em todo o universo.

Tema da aula: Pluralidade dos mundos habitados                                          
Objetivo da aula:  constatar a possibilidade infinita de vida noutros planetas, mundos e galáxias dependendo do nível evolutivo de cada ser e despertar a responsabilidade de cocriadores que contribuem para a transição planetária da Terra através da sua melhoria individual de sentimentos, palavras e atitudes e consequentemente coletiva.  
Evangelizadores: Cleber Neumann, Kerley Victorino, Mônica Leal, Wilma Maria Roberto.

Temos, assim, no Espaço Incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos-universidades e mundos-templos, mundos-oficinas e mundos-reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões. “ Emmanuel


Juntos elaboramos a aula para que ela seja dinâmica, mexa com a sensibilidade dos evangelizandos; despertando seu interesse não apenas pelo maravilhoso desconhecido universo da Astronomia, mas pela sua possibilidade e responsabilidade de construir este mundo novo, regenerado onde o bem vai predominar, o coletivo se sobressairá sobre o individualismo, a conexão consigo mesmo e com o Deus interior será mais praticada.
A Incentivação inicial será com um aplicativo de astronomia que localiza estrelas, planetas e distâncias do ponto geográfico onde estiver em tempo real para abrir os caminhos para a aula.
Diante das imagens visualizadas, vamos utilizar um varal com imagens dos planetas nas quais conterá perguntas que associem a escala dos mundos x planeta x perfil físico, psicológico e evolutivo. Estas informações serão retiradas das obras de Kardec, Chico Xavier e Camille Flammarion.
Como fixação, pediremos que eles representem através da pintura ou maquete os sentimentos, atitudes e pensamentos do Mundo Regenerado.

Material a utilizar:
Smartphone, computador, barbante, imagens impressas, pregador de papel ou roupa, cartolina ou papel pardo, tinta , pincel.

Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: 10´ Você sabe a quantos anos luz estamos dos planetas e estrelas?
Alguém sabe a quantos anos luz estamos das estrelas, planetas e constelações desta sala de aula?
Utilizar o aplicativo star walk 2 para mostrar o resultado, projetando a imagem na tela do computador.
     "Não feche as portas da escola. Apague da tabuleta a denominação Liceu Sacramentano - que é um resquício do orgulho humano. Em substituição coloque o nome - Colégio Allan Kardec. Ensine o Evangelho de meu filho às quartas-feiras e institua um curso de Astronomia. Acobertarei o Colégio Allan Kardec sob o manto do meu Amor. ” -  Maria, Serva do Senhor.

Desenvolvimento: 20´ Será que podemos viver noutros mundos???
“Na casa do Pai há muitas moradas. Se não fosse assim não teria dito que vou preparar um lugar para vós. ” Jesus (João, 14:2)
Após despertar a curiosidade sobre a vida extraterrestre, vamos nos dirigir ao varal pendurado na sala com as imagens dos planetas e pedir voluntários para nos dizer na escala de mundos, como será a vida em alguns dos planetas.
Quadro: colocar a representatividade dos mundos da libélula à borboleta, do primitivo ao celeste.
E daí seguir com os questionamentos sobre como será a vida neste planeta?


1.Mundo primitivo:
ü  Onde temos as primeiras encarnações, povos selvagens com forma humana, porém sem beleza.
ü  Instintos ao invés de sentimentos
ü  Nenhuma noção de justiça ou injustiça, bem ou mal
ü  A força bruta é a lei
ü  Materialidade predomina: vivem direcionados para suprir as necessidades físicas de sobrevivência => comer, beber, dormir, existir
ü  Vaga intuição do Ser Supremo

2.Mundo de Expiações e Provas: Terra
ü  Inteligência mais desenvolvida
ü  Qualidade e vícios dos habitantes devido às existências anteriores
ü  Ainda predomina o mal, porém não podemos generalizar
ü  Expiação: pena resultante dos desvios das tarefas propostas
ü  Provas: lutas, obstáculos, aprendizado que leva ao progresso e melhoria.

3.Mundo de Regeneração
ü  Transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes
ü  O homem ainda é carnal
ü  Mal ainda existe, mas em menor intensidade
ü  Expiação ainda é necessária
ü  Força é maior e o Sofrimento é menor (Existência de provas, mas com menos sofrimento)
ü  Sensação de desejos ainda presentes, porém dominados sem desequilíbrios
ü  AMOR PRESENTE nas relações sociais: aqui não existe ódio, orgulho, inveja
*** talvez possamos mencionar que Capela está regenerada, segundo obra A caminho da Luz.

MARTE
Y  habitantes: têm grande espiritualidade: sem guerras, só vibrações de paz;
Y  os homens são mais ou menos semelhantes aos terrícolas, mas os seus organismos possuem diferenças apreciáveis: além dos braços, têm ao longo das espáduas umas ligeiras protuberâncias, à guisa de asas, que lhes prodigalizam interessantes faculdades volitivas;
Y  o ar é muitíssimo mais leve; conhecem os enigmas profundos da eletricidade, que usam com maestria;
Y  as edificações são análogas às da Terra;
Y  comunicação por telepatia
Y  Alimentação vegetariana
Y  Tipo “irmão mais velho” da Terra

4.Mundo Feliz
ü  Forma humana mais bela, pura e sublime: não há doenças nem transformações
ü  Locomoção é mais rápida devido à leveza dos corpos
ü  Superioridade moral e intelectual: sentimentos mais puros e sinceros
ü  Mal NÃO existe
ü  Relações sempre AMIGÁVEIS, mais fortes ajudam os mais fracos
ü  AMOR e FRATERNIDADE unem todos os homens
ü  Objetivo: atingir a classe dos Espíritos PUROS

Júpiter: o mais avançado dos planetas do Sistema Solar. Seus habitantes:
Y  corpos de conformação semelhante à terrena, mas de maior leveza;
Y  deslocam-se roçando ao solo, sem fadiga (como os peixes e as aves);
Y  na morte, os corpos não são submetidos à decomposição pútrida: dissipam-se;
Y  alimentam-se de frutas, plantas e emanações nutritivas do meio ambiente;
Y  expectativa de vida: cerca de 500 anos (quase não há doenças);
Y  infância: dura apenas alguns dos nossos meses;
Y  linguagem: quase sempre de espírito a espírito (mas há, também, a linguagem articulada);
Y  ocupações: puramente intelectuais;
Y  vidência (segunda vista): permanente, para a maioria dos habitantes;
Y  animais: mais inteligentes que os animais terrestres, mas sem se aproximar do nosso nível; são encarregados dos trabalhos manuais;
·         arquitetura: na Revista Espírita de Agosto/1858, em anexo, foi distribuído detalhado desenho de uma habitação em Júpiter (a casa de Mozart), desenho esse realizado por médium desenhista, muito elogiado por Kardec; entrevistado, mediunicamente, Mozart declarou que tem Cervantes e Zoroastro por vizinhos.
Podemos associar à Estrela Polar Syrius, inclusive um dos espíritos de alta elevação espiritual, Alcione, que trabalha na evangelização da Terra através da música; teve sua última encarnação narrada no romance Renúncia por Chico Xavier e também é citada por Kardec em A Gênese.

5.Mundo Celeste ou Divino
ü  Domínio do BEM, não existe o mal, nada o afeta
ü   Habitação de espíritos purificados
ü   Predomínio da espiritualidade
ü   Inteligência suprema
ü   Eterna LUZ, eterna BONDADE, eterna PAZ, ALEGRIA eterna
ü   Perfeição moral: verdadeiro AMOR
Habitação de espíritos puros, da classe dos Cristos de Deus.

6. Fica a dica: Duas últimas imagens: conexão cósmica e Jesus
Santo Agostinho recomenda no ESE que diariamente antes de dormir a gente possa imaginar o céu e seus astros, refletir e pedir aos nossos espíritos protetores que nos inspirem a sermos melhores a cada dia para que possamos ser merecedores de um mundo regenerado após a expiação na Terra.
“ Contemplai, pois, durante a noite, na hora do repouso e da prece, essa abóbada azulada, e entre as inumeráveis esferas que brilham sobre as vossas cabeças, procurai as que levam a Deus, e pedi que um mundo regenerador vos abra o seu seio, após a expiação na Terra.” ESE – Santo Agostinho

Conclusão: 20´Qual mundo eu quero e posso construir?
Para concluir a aula, fazer a proposta da materialização dos sentimentos, atitudes e pensamentos do Mundo Regenerado através da arte.
Dependendo do número de alunos em sala, dividir no máximo em dois grupos para trazer a ideia de união, pois juntos trabalharemos na construção deste mundo, sozinhos, tudo fica mais difícil.


Prece final

Bibliografia
§  Livro dos Espíritos: Q55-59, 172-178
§  O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. III, n° 3 e 4
§  Livro: A Vida em Outros Mundos - Eurípedes Kühl
§  Livro  EADE 5 – CIÊNCIA E FILOSOFIAS ESPÍITAS – FEB Roteiros 28 e 29
§  Livro O Consolador de Emmanuel psicografado por Chico Xavier. Capítulo IV - questões 85-89
Fala sobre o espírito de Alcione que vem de Sirius, estrela de nobre grandeza, espíritos evoluídos que ali habitam.
§  Livro: A Vida em Outros Mundos - Eurípedes Kühl


IV - CIÊNCIAS COMBINADAS

85 –As primeiras formas planetárias obedeceram a um molde especial preexistente?
-Jesus foi o divino escultor da obra geológica do planeta. Junto de seus prepostos, iluminou a sombra dos princípios com os eflúvios sublimados do seu amor, que saturaram todas as substâncias do mundo em formação.
Não podemos afirmar que as formas da Natureza, em sua manifestação inicial, obedecessem a um molde preexistente, no sentido de imitação, porque todas elas receberam o influxo sagrado do coração do Cristo.
A verdade é que, assim como as vossas construções materiais, todas as obras viveram previamente no cérebro de um engenheiro ou de um arquiteto, todas as formas de vida na Terra foram primeiramente concebidas na sua visão divina.

86 –Tendo sido a Terra formada pelo poder divino, por que passou o planeta por tantas etapas evolutivas, muitas das quais duraram milhões de anos?
-No infinito do Universo, a evolução do princípio espiritual tem de escapar a todas as vossas limitações de tempo e de espaço, na tábua dos valores terrestres.
As aquisições de cada indivíduo resultam da lei do esforço próprio no caminho ilimitado da criação, destacando-se daí as mais diversas posições evolutivas das criaturas e compreendendo-se que tempo e espaço são laboratórios divinos, onde todos os princípios da vida são submetidos às experiências do aperfeiçoamento, de modo que cada um deva a si mesmo todas as realizações, no dia de aquisição dos mais altos valores da vida.

87 –De onde foram tirados os elementos para a formação da Terra?
-Sabemos que a aglutinação molecular, bem como o motor transcendente do mundo, obedeceu ao sopro gerador da vida, oriundo do Todo-Poderoso e lançado sobre o infinito da criação universal; contudo, achamo-nos ainda na situação do aluno que encontrou a escola já edificada, cabendo-nos louvar e buscar, pelo trabalho e pelo aperfeiçoamento, o seu Divino Autor.

88 –Deve o homem terrestre enxergar nas comoções geológicas do globo elementos de provação para a sua vida?
-Os abalos sísmicos não são simples acidentes da Natureza. O mundo não está sob a direção de forças cegas. As comoções do globo são instrumentos de provações coletivas, ríspidas e penosas. Nesses cataclismos, a multidão resgata igualmente os seus crimes de outrora e cada elemento integrante da mesma quita-se do pretérito na pauta dos débitos individuais.

89 –Por que razão não existe nos textos sagrados uma notícia positiva das terras descobertas posteriormente à vinda de Jesus ao planeta?
-Nesse particular, temos de convir que a palavra das profecias, através de todos os tempos e situações do planeta, como eco das regiões divinas, não teve em mira senão a edificação do Reino de Deus nos corações, desprezando as fundações humanas, precárias e perecíveis. Todavia, no desdobramento das revelações, encontrareis notícias das novas terras, posteriormente descobertas, informações essas que se encontram sob os véus dos símbolos, como aconteceu com todas as demais notificações que o Velho e Novo Testamentos legaram ao homem espiritual.

Da Obra “O CONSOLADOR” – Espírito: EMMANUEL – Médium: FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER Digitado por: Lúcia Aydir.

A vida em outros mundos
O escritor Eurípedes Kühl realizou uma intensa pesquisa para falar sobre a vida em outros mundos, sob o ponto de vista do Espiritismo. Ele reuniu os resultados na matéria a seguir, que pode servir de orientação para quem quiser se aprofundar no tema. Há vida em outros mundos?
Desde que a Astronomia comprovou que a Terra é um planeta a girar em órbita cativa ao Sol, solidariamente com outros planetas, o homem fez a pergunta acima, que muito mais passou a ser repetida quando ficou provado que a quantidade de sóis e planetas é incontável.
Como é a vida em outros mundos, não há um único homem que possa afirmar e comprovar – só devanear, sonhar, ensaiar. Contudo, espíritos mais evoluídos que os terrestres, ao menos, podem informar, mediunicamente.
Nesta oportunidade, estaremos trazendo para os leitores a resposta dada por vários estudiosos, cada um a seu modo. Considerando o caráter eminentemente científico desta revista, que apropria do Espiritismo o que ele oferta sobre vários temas, inicialmente registraremos as premissas espíritas dessa tão apaixonante quanto instigante questão.
Isso posto, socorrendo-nos da síntese, passemos às respostas.

 

O Livro dos Espíritos

Questões 55 a 59:
  • Sim! Há vida em todos os globos que se movem no Espaço!;
  • Deus povoou de seres vivos os mundos e pensar ao contrário será duvidar de Sua sabedoria [por que o Criador faria coisas (mundos) inúteis?];
  • a constituição física dos habitantes difere de mundo a mundo, embora a forma corpórea, em todos os mundos seja a mesma da do homem terrestre, com menor ou maior embelezamento e perfeição, segundo a condição moral dos habitantes;
  • mundos afastados do Sol têm outras fontes de luz e calor, adequados à constituição dos respectivos habitantes; muitos mundos têm fontes próprias, tais como a eletricidade, com outros empregos, sem compreensão terrena.
Questões 172 a 188:
  • a existência corporal na Terra é das mais grosseiras e das mais distantes da perfeição;
  • as diversas existências físicas do homem podem ser na Terra bem como em outros mundos; o início dessas existências não terá sido aqui, bem como seu término também não o será;
  • a multiplicidade de vidas na Terra proporciona uma enorme gama de aprendizados ao Espírito;
  • em cada mundo há uma gradação de valores morais dos seus habitantes;
  • o conhecimento de detalhes físicos e morais sobre os habitantes de outros mundos perturbaria aos terrestres, daí não lhes ser revelado ainda;
  • infância e duração da existência nos mundos superiores à Terra são mais curtas, aquelas, e mais longas, estas, dado que corpos mais sutis têm menos fatores a miná-los;
  • o perispírito (corpo que reveste o espírito) é formado de matéria específica de cada mundo, sendo que os espíritos puros têm envoltórios “extremamente” etéreos:
Obs.: disseram os espíritos a Allan Kardec, quanto ao grau de evolução dos habitantes do Sistema Solar:
  • Marte: inferior à Terra;
  • Júpiter: muito acima de ambos (na coleção da Revista Espírita, muitos espíritos que habitaram na Terra disseram estar em Júpiter);
  • Sol: não tem habitantes; contudo, é local de reunião de espíritos superiores.

O Livro dos Médiuns

1ª Parte, Cap. I, n° 2:
  • Por que injustificável privilégio este quase imperceptível grão de areia (a Terra), que não avulta pelo seu volume, nem pela sua posição, nem pelo seu papel que lhe cabe desempenhar, seria o único planeta povoado de seres racionais? A razão se recusa a admitir semelhante nulidade do infinito e tudo nos diz que os diferentes mundos são habitados.
1ª Parte, Cap. I, n° 100:
  • em mundos mais adiantados o homem se põe em comunicação com os espíritos com maior facilidade e os vê com freqüência.
2ª Parte, Cap. XXVI, n° 296:
  • as descrições que os espíritos fazem sobre outros mundos devem ser vistas com extrema cautela; os bons espíritos dão uma que outra informação sobre os habitantes de diferentes mundos, com o objetivo precípuo do nosso melhoramento moral.

 

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Cap. III, n° 3 e 4:
  • há mundos cujas condições morais dos seus habitantes são inferiores às da Terra; em outros, são da mesma categoria; há mundos mais ou menos superiores e, finalmente, há aqueles nos quais a vida é, por assim dizer, toda espiritual;
  • classificação dos mundos (puramente pedagógica) segundo seu estado moral e destinação:
  1. mundos primitivos: primeiras encarnações da alma;
  2. mundos de expiação e provas: domínio do mal (a Terra é desta classificação);
  3. mundos de regeneração: as almas ainda têm o que expiar, mas ali encontram repouso das fadigas;
  4. mundos ditosos: predomínio do bem;
  5. mundos celestes ou divinos: habitação dos Espíritos depurados; neles, reina exclusivamente o bem.

A Gênese

Cap. XI, n°s 7 a 9:
  • desde toda a eternidade Deus criou mundos materiais e seres espirituais, pois se assim não fora tais mundos careceriam de finalidade;
  • os seres são criados simples e ignorantes, tendo por final a evolução, rumo à angelitude;
  • antes da existência da Terra mundos sem conta haviam sucedido a mundos...

Revista Espírita

Publicação mensal, de 1858 a 1869 sob a direção de Allan Kardec. Já no primeiro ano, Kardec advertia que os textos publicados seriam aqueles referentes aos fatos que chegassem ao seu conhecimento – comunicações mediúnicas (na maioria) e cartas de leitores. A publicação seria realizada desde que contivesse um fim útil aos demais leitores. Dos textos, abstrairia suas próprias idéias, deles sendo apenas editor, ou “inventariante”.
Dessa forma, tudo o que fez publicar ali, contou sim com sua judiciosa seleção, mas não necessariamente expressando seu pensamento. É de se deduzir que, no mínimo, atribuiu aos textos o beneplácito do possível.
Sobre o tema “Vida em outros mundos”, não o detalhou nos livros com os quais codificou o Espiritismo, fazendo-o na Revista Espírita. Por si só, tal fato autoriza-nos imaginar que o mestre lionês, na missionária tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos, optou por dividir sua dedicação em dois projetos:
  • o primeiro, lançar bases espirituais, filosóficas e científicas do Espiritismo, o que fez nas chamadas “obras básicas”;
  • o segundo, publicar, em paralelo, fatos concernentes ou que de alguma sorte pudessem a ela (à Doutrina dos Espíritos) se ligar – fê-lo na Revista Espírita.
É sob esse enfoque que encontramos inúmeros textos na coleção da Revista Espírita, dando pormenores da vida em outros mundos, como por exemplo:

Revista Espírita - Março/1858

Marte: vida inferior à da Terra (Obs.: esse registro corrobora a longa “nota de rodapé” inserta na questão n° 188 de O Livro dos Espíritos, de Abril/1857);
Urano: habitantes com moral mais elevada do que a dos terrestres;
Júpiter: o mais avançado dos planetas do Sistema Solar. Seus habitantes:
·         corpos de conformação semelhante à terrena, mas de maior leveza;
·         deslocam-se roçando ao solo, sem fadiga (como os peixes e as aves);
·         na morte, os corpos não são submetidos à decomposição pútrida: dissipam-se;
·         alimentam-se de frutas, plantas e emanações nutritivas do meio ambiente;
·         expectativa de vida: cerca de 500 anos (quase não há doenças);
·         infância: dura apenas alguns dos nossos meses;
·         linguagem: quase sempre de espírito a espírito (mas há, também, a linguagem articulada);
·         ocupações: puramente intelectuais;
·         vidência (segunda vista): permanente, para a maioria dos habitantes;
·         animais: mais inteligentes que os animais terrestres, mas sem se aproximar do nosso nível; são encarregados dos trabalhos manuais;
·         arquitetura: na Revista Espírita de Agosto/1858, em anexo, foi distribuído detalhado desenho de uma habitação em Júpiter (a casa de Mozart), desenho esse realizado por médium desenhista, muito elogiado por Kardec; entrevistado, mediunicamente, Mozart declarou que tem Cervantes e Zoroastro por vizinhos.

Revista Espírita - Maio/1859

  • Chopin está residindo em um dos mundos atribuídos a espíritos errantes; esses mundos assemelham-se aos acampamentos terrenos, destinados a repouso temporário; os habitantes desses mundos podem deles se afastar, quando queiram.

Revista Espírita - Outubro/1860

  • Marte é a primeira encarnação dos demônios mais grosseiros; são seres rudimentares; sua vida é curta; não são canibais, mas sua vida beira a vida da “idade da pedra”, da Terra; lá, os mares são “furiosos” e não permitem a navegação (Obs.: Vemos aqui outra nota corroborando a questão 188 de O Livro dos Espíritos).

Revista Espírita - Agosto/1862

“O planeta Vênus” é um ditado mediúnico espontâneo, do espírito Georges, o qual comparece em vários números da Revista Espírita. Disse ele sobre Vênus:
  • ar: sutil, como o das altas montanhas terrenas; impróprio para os terrestres; mar profundo e calmo; divisões, querelas e guerras são desconhecidas; artes sublimes substituem a indústria terrestre;
  • habitantes: semelhantes aos da Terra; têm adoração constante e ativa ao Ser Supremo, sem cultos;
  • alimentação: à base de frutas e de lacticínios; ignoram nutrição por carne; não existem doenças;
  • expectativa de vida: infinitamente mais longa do que não o é a prova terrestre; a velhice é o apogeu da dignidade humana;
  • vestes: uniformes, grandes túnicas brancas.

Perfil Moral

Até aqui, caro leitor, todos os nossos passos foram dados na sólida companhia de Kardec. Redobramos nossa admiração por tão competente quanto amiga companhia. Com imenso respeito a todas as religiões, é-nos inescapável verificar que somente o Espiritismo se debruçou sobre o tema que estamos focando, de tamanha transcendentalidade.
Daquilo que encontramos, tanto nas chamadas “obras básicas do Espiritismo”, quanto na Revista Espírita, podemos inferir que:
1° – Por zelo e prudência, os registros, eventuais análises, reflexões e pareceres mencionados por Kardec foram precedidos de expressões do tipo: “este livro (O Livro dos Espíritos) foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores...”; “do ensino dado pelos Espíritos...”; "todos os Espíritos afirmam e a razão diz que assim deve ser...”; “antes de entrarmos nos detalhes das revelações que os Espíritos nos fizeram...“; “vamos apresentar as respostas que os Espíritos deram...”; “idéias desenvolvidas nesta obra, algumas delas são pessoais, outras hipotéticas, outras são esboços...”; “essa descrição (dada por um Espírito sobre Vênus), sem dúvida, não tem nenhum dos caracteres de uma autenticidade absoluta, e também não a damos senão a título condicional...”.
2° – Assim, lecionando cautela e sabedoria, Kardec, ao tratar da habitabilidade nos diversos mundos, foi econômico quanto a detalhes da vida material neles, trilhando quase que exclusivamente pelo perfil moral dos seus habitantes.
3° – Imaginamos que é por essa causa que não há especificidade na Codificação do Espiritismo (feita por Kardec) sobre as condições físicas da vida nos diferentes mundos. O que temos ali é sempre o enfoque do comportamento, no bem ou no mal, endereçando cada espírito para um mundo consentâneo com seu histórico vivencial-moral, consubstanciando débito e crédito. Em razão desse patrimônio moral, edificado em multiplicadas existências, o espírito terá passaporte para o mundo cuja vida e habitantes se lhe adeqüem em sintonia, e onde, por bondade de Deus, lá o aguardam meios e novas oportunidades de crescimento moral.
Agora, despedindo-nos de Kardec, mas ainda nos trilhos espíritas, vamos caminhar com outras companhias.

Obras Psicografadas

De início, pela abençoada mediunidade de Francisco Cândido Xavier, poderemos “ir a outros mundos” e ver como é a vida (física e moral) por lá.

Cartas de Uma Morta

Livro do espírito Maria João de Deus (mãe de F.C.Xavier), de 1935, cuja segunda edição, de 1937, aparenta ser “edição própria”. Desse livro há uma 8ª edição, de 1978, da LAKE, SP/SP, a cargo do Departamento Editorial Caminheiros do Bem. Nessa obra encontramos dois capítulos referentes a Saturno e a Marte.
Saturno:
  • saturninos são incontestavelmente superiores aos terrestres; não há vícios, nem guerras; utilizam a eletricidade na sua plena possibilidade;
  • têm habitações de estilo gracioso;
  • a autora espiritual viu seres estranhos, extraordinariamente feios, evolucionando-se nos ares, em “gracis movimentos”;
  • os habitantes dedicam-se mais à espiritualidade;
  • as moléstias incuráveis lhes são desconhecidas;
  • a vegetação: é diferente da terrena, pois é azulada;
  • os mares são rosados.
Marte:
  • habitantes: têm grande espiritualidade: sem guerras, só vibrações de paz;
  • os homens são mais ou menos semelhantes aos terrícolas, mas os seus organismos possuem diferenças apreciáveis: além dos braços, têm ao longo das espáduas umas ligeiras protuberâncias, à guisa de asas, que lhes prodigalizam interessantes faculdades volitivas;
  • o ar é muitíssimo mais leve; conhecem os enigmas profundos da eletricidade, que usam com maestria;
  • as edificações são análogas às da Terra;
  • a vida em Marte é mais aérea – poderosas máquinas;
  • embora existam oceanos, há pouca água; sistemas de canalização; poucas montanhas.

Emmanuel

Livro do autor espiritual cujo nome é o título da obra (1938, Ed. FEB, RJ/RJ). Consta no prefácio:
"(...) assim como Marte ou Saturno já atingiram um estado mais avançado em conhecimentos, melhorando as condições de suas coletividades, o vosso orbe (a Terra) tem, igualmente, o dever de melhorar-se, avançando, pelo aperfeiçoamento das suas leis, para um estágio superior, no quadro universal”.

Novas Mensagens

1939, Ed. FEB, RJ/RJ
O autor espiritual (Humberto de Campos) traz um capítulo inteiro sobre visita (em espírito) que fez a Marte:
  • Marte tem cidades fantásticas pela sua beleza inaudita: avenidas extensas e amplas, sendo as construções análogas às da Terra; a vegetação, de tonalidade vermelha, é muito mais exuberante do que a terrena;
  • Marte é “um irmão mais velho e mais experimentado na vida; seus habitantes sempre oram ao Senhor do Universo, em benefício da humanidade terrena”;
  • habitantes têm arcabouço físico algo diferente do terrestre;
  • alimentação: através das forças atmosféricas;
  • (viu) máquinas aéreas possantes que se balouçavam no pé das nuvens; muitas dessas nuvens são produzidas artificialmente, para atender reinos mais fracos da natureza.

Ainda outro espírito, por outro médium, discorreu profusamente sobre Marte:
A Vida no Planeta Marte pelo Espírito Ramatís, em psicografia de Hercílio Maes, é autor desse livro (1ª Ed. 1955, Livraria Freitas Bastos, RJ/RJ), que já no nascedouro se tornou polêmico, eis que traz um fantástico leque de detalhes sobre a vida em Marte, em caminho oposto ao registrado por Allan Kardec, como já vimos anteriormente (em O Livro dos Espíritos e na Revista Espírita). Diz-nos esse autor espiritual:
  • a humanidade que habita Marte (de um a um e meio milhões de habitantes) é mais evoluída que a terrestre: não há violência, vícios ou paixões inferiores; seus habitantes possuem faculdades de telepatia e psicometria. Assim, a linguagem, quase sempre, ocorre por telepatia; têm cabelos poéticos e resplendentes, quais anjos; têm protuberâncias semelhantes a asas, ao longo das espáduas; na velhice, o espírito parte para o espaço, antes do aniquilamento vital;
  • alimentação: inteiramente vegetariana;
  • migrantes: vários seres que viveram algum tempo em Marte não se adaptaram e, em conseqüência, migraram para mundos “aquém de Marte”; alguns perambulam na Terra;
  • relações conjugais no matrimônio: o encontro sexual se dá pelos “plexus abdominais”, sem impurezas do sexo orgânico; as mulheres estão livres da délivrance (delivramento);
  • moralmente, Marte está mil anos à frente da Terra; no campo científico, quinhentos anos;
  • transportes: 75% são feitos por via aérea, absolutamente em segurança; existem aeronaves para viagens interplanetárias, tripuladas ou não.

Autor Encarnado - Às Margens do Rio Sagrado

Livro de autoria de Edgard Armond (1ª Ed. 1979, Editora Aliança, SP/SP). Num capítulo inteiramente dedicado a Saturno, diz-nos o autor:
  • Saturno é um mundo de paz;
  • habitantes: seres evangelizados; seus órgãos de percepção são mais elevados; seus corpos são eterizados, suportando longos períodos de atividades sem alimentação (esta, feita de sucos vegetais e respiração);
  • atividade religiosa: intensa, em comunhão com o Plano Espiritual Superior;
  • casas não têm portas; “arquitetura” espiritual; construções, em geral, são de material translúcido e flexível (em muitos casos são edificadas construções por mentalização de técnicos selecionados);
  • tráfego intenso, silencioso e suave.

Ensaios Científicos de Pensadores Consagrados

Antes, devemos refletir que nós, seres humanos, só podemos discorrer sobre aquilo que os sentidos nos mostrem, possibilitando-nos, por analogia e pela lógica, comparar e deduzir. Daí, partindo do conhecido temos chegado ao desconhecido. É assim que através dos séculos o homem vem edificando seu aprendizado terreno, aplicável à vida física.
Agora, como falar da vida em outros mundos? Para tanto, melhor será nos equiparmos da razão, de parelha com a fé, e analisarmos o que alguns cientistas ensaiaram a respeito. Eis alguns exemplos:
Nicolas Camille Flammarion (1847-1925), célebre astrônomo francês.

A Pluralidade dos Mundos Habitados

Essa obra (1ª Ed. Na França, em 1862, traduzida da 23ª edição e publicada em português pela Livraria Garnier Irmãos, RJ/RJ) trata das condições de habitabilidade das terras celestes, discutidas do ponto de vista da Astronomia e da Fisiologia, fazendo abstração do Espiritismo, daí advindo que seu caráter eminentemente científico dirige-se aos incrédulos.
Obs.: Kardec, em duas ocasiões, elogiou esse livro (na RE de Jan/1863, e na de Set/1864). Fica o convite para o leitor que queira pesquisá-la. É obra de fôlego.

Uranie

Livro escrito provavelmente em 1864, cuja primeira edição em português é de 1951, pela Federação Espírita Brasileira, sob o título Urânia. Nessa obra, muito descritiva, Flammarion ensaia:
  • o número de universos é infinito;
  • Marte e Vênus têm habitantes pensantes;
  • Júpiter está em período primário de preparação orgânica;
  • Saturno será habitado por seres incompatíveis com os organismos terrestres;
  • Marte é semelhante à Terra, mais adiantado na senda do progresso;
  • habitantes são muito superiores aos da Terra; são maiores e mais leves que os terrestres; transportam-se por navegação aérea (frotas movidas pela eletricidade); são de origem sextúpede: bípedes, bimanos e bialados (duas asas); têm doze sentidos, que lhes permitem comunicação direta com o universo;
  • não há alimentação: sua nutrição se dá por renovação celular, através de respiração similar à das árvores terrestres;
  • construções são edificadas pelo pensamento;
  • todos os trabalhos materiais são executados por máquinas e sob direção de algumas raças aperfeiçoadas de animais;
  • concepções e nascimentos lembram mais algo parecido com a fecundação das flores;
  • a luz sobre os habitantes de Marte não produz a respectiva sombra;
  • Marte já mandou sinais para a Terra, mas sem resposta;
  • Vênus é um mundo análogo à Terra e menos privilegiado ainda; as estações rápidas produzem bruscas variações de temperatura.
Pierre Simon (1749-1827), dito marquês de Laplace. Célebre astrônomo, matemático e físico francês.

Exposição do Sistema do Mundo

Livro editado na França, em 1796. No Capítulo VI o autor analisa e reflete:
“A ação benfazeja do Sol faz desabrochar os animais e as plantas que cobrem a Terra, e a analogia nos leva a crer que ela produz efeitos semelhantes sobre os outros planetas: porque não é natural pensar que a matéria da qual vemos a fecundidade se desenvolver de tantas maneiras, seja estéril sobre um tão grande planeta como Júpiter que, como o globo terrestre, tem seus dias, suas noites, seus anos, e sobre o qual as observações indicam as mudanças que supõem forças muito ativas... O homem, feito para a temperatura de que ele goza sobre a Terra, não poderia, segundo toda a aparência, viver sobre os outros planetas. Porém, não deve haver aí uma infinidade de organizações relativas às diversas temperaturas dos globos e dos universos? Se a única diferença dos elementos e dos climas põe tanta variedade nas produções terrestres, quanto mais devem diferir as dos planetas e dos satélites!”

Muitas Moradas

Vemos que vários foram os pronunciamentos sobre a vida em outros mundos, havendo evidente contradição entre Kardec e eles, especialmente no que diz respeito a Marte.
A questão se faz espinhosa. Deixamos ao leitor a análise, reflexão e aceitação, ou não, de tudo aquilo que trouxemos para este texto.
De nossa parte, do pouco que aprendemos daquilo que a vida tem para nos ensinar, consideramos integralmente válidas as assertivas escritas em O Livro dos Espíritos. Quanto às opiniões que com elas possam colidir, não as invalidamos, a priori: nós as deixamos no "armário da razão", cujo senhor é o Tempo, para que ele, quando estivermos em patamar espiritual bem mais elevado, nos mostre se elas devem ser alocadas na "prateleira dos devaneios" ou na da Verdade.
E, finalizando, para balbuciar tímida resposta à pergunta que abre essa leitura, refletimos na grandeza da natureza, que aqui mesmo na Terra nos leva a um profundo respeito e amor filial ao Criador, deduzindo que sim: há vida pujante em outros mundos (são muitos: bilhões, trilhões, quem sabe?).
Para nossa dedução, socorremo-nos do mais poderoso aval que qualquer ser humano terrestre pode avocar – o de Jesus, quando afirmou: “Há muitas moradas na casa do meu Pai”.

O Espirito Humberto de Campos apresenta esclarecimentos sobre o planeta Marte em seu livro Novas mensagens.
Sendo assim, Emmanuel analisa:
Enquanto o homem se encaminha para a Lua, estudando-a de perto, comove-nos pensar que a Doutrina Espirita se referia a pluralidade dos mundos habitados, precisamente há mais de um século. Acresce notar, ainda, que os veneráveis orientadores da Nova Revelação, guiando o pensamento de Allan Kardec, fizeram-no escrever a sábia declaração: “Deus povoou de seres vivos todos os mundos, concorrendo esses seres ao objetivo final da Providencia.”
Sabemos hoje que moramos na Via-Láctea – galáxia comparável a imensa cidade nos domínios universais. Essa cidade possui mais de duzentos milhões de sois, transportando consigo planetas, asteroides, cometas, meteoros, aluviões de poeira e toda uma infinidade de turbilhoes energéticos.
[...] Mas os espelhos telescópicos do homem já conseguem assinalar a existência de milhões e milhões de outras galáxias, mais ou menos semelhantes a nossa, a se espraiarem na vastidão do Universo. Até agora, neste breve lembrete, nos reportarmos simplesmente ao campo físico observável pelos homens encarnados, atreitos, como é natural, ao raio reduzido da percepção que lhes é própria, sem nos referirmos as esferas espirituais mais complexas que rodeiam cada planeta, quanto cada sistema. Nesse critério, vamos facilmente encontrar, em todos os círculos cósmicos, os seres vivos da asserção de Kardec, embora a instrumentação do homem não os divise a todos. Eles se desenvolvem através de inimagináveis graus evolutivos, cabendo-nos reconhecer que, em aludindo a pluralidade dos mundos habitados, não se devera olvidar a gama infinita das vibrações e os estados múltiplos da matéria. Temos, assim, no Espaço Incomensurável, mundos-berços e mundos-experiências, mundos-universidades e mundos-templos, mundos-oficinas e mundos-reformatórios, mundos-hospitais e mundos-prisões.”

A busca pela vida extraterrestre faz parte de vários projetos científicos. Há investimentos financeiros maciços em instituições e em projetos voltados para estudos ou pesquisas exobiólogas, como o Instituto SETI que desenvolve o Projeto Fenix, nos EUA. A palavra SETI e formada pelas iniciais de “Search for ExtraTerrestrial Inteligence”.
Por que será que a humanidade terrestre busca por vidas extraterrenas em outros planetas?
Para que investir tanto $$$ se os espíritos já nos trouxeram várias mensagens constatando a existência de outras vidas.