A criança deverá se conscientizar de que a adoração a Deus é ato íntimo,
decorrente de sentimento inato no Espírito, que se manifesta em todos os
povos. Deverá, também, concluir que o ato mais
legítimo de adoração a Deus é a prece e que a maior oferenda é o
serviço ao próximo.
Incentivo Inicial/Mobilização (15`):
Apresentar às crianças fotos ou gravuras de “ídolos”, por
exemplo: artistas da televisão, jogadores de futebol, políticos, etc.
Elas deverão responder:
· O que é um
ídolo para você?
· O que ele
faz por você?
· Ele sabe
que você existe?
· Como ele
te ajuda?
· O que você
ganha tendo ele por ídolo?
· Se você
precisar da ajuda dele, ele te ajuda?
· Se você
procurar por ele, ele te recebe?
· Etc. (O
Evangelizador deve usar sua criatividade para formular as perguntas e conduzir
o assunto com os interesses das crianças).
Desenvolvimento (20´):
Explicação sobre o tema
O que é adoração a Deus?
· Kardec
inicia esse capítulo perguntando aos Espíritos em que consiste a adoração a
Deus (649). E os Espíritos respondem que é simplesmente a elevação do
pensamento a Deus, buscando aproximar-se dEle.
A adoração a Deus decorre de um sentimento natural do homem, ou
é adquirido pela cultura?
· (L.E.650 e
651), ensinam os Espíritos que a adoração a Deus é sentimento inato no homem e
que jamais houve povos que não tivessem a ideia de que acima de tudo há um Ente
Supremo, concluindo que a adoração, conquanto se apresente sob formas
diferentes, decorre de uma lei natural e não de um costume
adquirido pelo homem através de ensino.
A adoração deve ter manifestações exteriores, como cânticos,
rituais, oferendas, etc.?
· (L.E.
653), aquilo que chamamos de “adoração exterior”, ou manifestações exteriores
são formas que o homem criou para se relacionar com Deus. Os Espíritos ensinam
que “a adoração verdadeira é aquela do coração”, e que se faz também através da
boa maneira de proceder em relação ao seu semelhante, ou seja, servindo a Deus
através de Seus filhos, o próximo.
Têm algum mérito, perante Deus, aqueles que se afastam do
convívio com as demais criaturas para se dedicarem à vida contemplativa e às
orações?
· Algumas
religiões têm grupos de pessoas que se dedicam exclusivamente à oração e à
contemplação, afastadas do convívio social. Mas “se é certo que não
fazer o mal, também o é que não fazer o bem e são inúteis.” Não fazer
o bem já é um mal. "Deus quer que o homem pense nele, mas não quer que só
nele pense, pois que lhe impôs deveres a cumprir na Terra. Quem passa todo o
tempo na meditação e na contemplação nada faz de meritório aos olhos de Deus,
porque vive uma vida toda pessoal e inútil à Humanidade e Deus lhe pedirá
contas do bem que não houver feito”.
O que é a prece?
· (L.E.
659), É o relacionamento da criatura com o Criador. “Orar a Deus é pensar nEle;
é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunicação com Ele.” Essa resposta simples,
que tira toda a ideia de solenidades, rituais, oferendas, locais especiais,
faz-nos lembrar da recomendação de Jesus, dada no Sermão da Montanha: “Mas tu,
quando orares, entra no teu aposento, e, fechando a tua porta, ora a teu Pai
que está em oculto; e teu Pai, que vê secretamente, te recompensará.” (Mat., 6:
6). Além desse ensinamento, os Espíritos dizem que “a três coisas podemos
propor-nos por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.”.
· Até a
época de Jesus, era muito difundida a ideia da existência de muitos deuses. O
povo judeu constituía exceção, destacando-se pela crença no Deus único.
· (L.E.
667). A ideia da unicidade de um Poder Criador foi se tornando uma crença comum
entre todos os povos.
· “A
concepção de um Deus único não poderia existir no homem, senão como resultado
do desenvolvimento de suas ideias. Incapaz, pela sua ignorância, de conceber um
ser imaterial, sem forma determinada, atuando sobre a matéria, conferiu-lhe o
homem atributos da natureza corpórea, isto é uma forma e um aspecto e, desde
então, tudo o que parecia ultrapassar os limites da inteligência comum era,
para ele, uma divindade. Tudo o que não compreendia devia ser obra de uma
potência sobrenatural.”
· (L.E. 668)
“A palavra deus tinha, entre os antigos, acepção muito ampla. Não indicava,
como presentemente, uma personificação do Senhor da Natureza. Era uma
qualificação genérica, que se dava a todo ser existente fora das condições da
Humanidade.”.
· Seres
incorpóreos (Espíritos desencarnados) se comunicavam através de médiuns,
demonstrando atuarem como potências da Natureza, recebendo, por isso, o nome de
deuses, como lhes damos hoje o nome de Espíritos.
· Se
estudarmos atentamente os diversos atributos das divindades pagãs,
reconheceremos que esses Espíritos pertencem às várias classificações que hoje
podemos ver na escala espírita.
· Os
sacrifícios a que as pessoas se entregam, ainda hoje, no intuito de agradar a
Deus, eram mais comuns na Antiguidade. No passado, muitos grupos religiosos
praticavam sacrifícios humanos em homenagem aos deuses. O Mestre e seus
discípulos, entretanto, jamais ofereceram sacrifícios. Ainda hoje, há pessoas
que se entregam a privações alimentares, à autoflagelação com chicotes, às
peregrinações em que carregam cruzes, pedras, ou se condenam a subir, de
joelhos, escadas de templos.
Remonta a mais alta antiguidade o uso dos sacrifícios humanos.
Como se explica que o homem tenha sido levado a crer que tais coisas pudessem
agradar a Deus?
· “Primeiramente,
porque não compreendia Deus como sendo fonte de bondade. Nos povos primitivos a
matéria sobrepujava o espírito; eles se entregam ao instinto do animal
selvagem.” As oferendas de vidas humanas a Deus não se originavam de um
sentimento de crueldade. Apenas imaginavam que quanto mais valiosa fosse a
vítima, maior seria o valor da oferenda, mais agradável a Deus.
A oferenda feita a Deus, de frutos da terra, tinha a seus olhos
mais mérito que o sacrifício dos animais?
· (L.E.
672), Deus julga segundo a intenção da criatura. Sendo, é claro, mais agradável
a oferenda de frutos da terra, em vez do sangue das vítimas. Mas a prece
proferida do fundo da alma é cem vezes mais agradável a Deus do que todas as
oferendas.
Esse capítulo, que trata da Lei de Adoração, é encerrada com a
resposta dos Espíritos a Kardec (673), que deveria servir como lição a todos
aqueles que ainda não entenderam o verdadeiro modo de ser agradável a Deus, em
consonância com os ensinamentos de Jesus:
· "Deus
abençoa sempre os que fazem o bem. O melhor meio de honrá-Lo consiste em
minorar os sofrimentos dos pobres e dos aflitos. Não quero dizer com isto que
ele desaprove as cerimônias que praticais para lhe dirigirdes as vossas preces.
Muito dinheiro, porém, aí se gasta que poderia ser empregado mais utilmente do
que o é. Deus ama a simplicidade em tudo. O homem que se atém
às exterioridades e não ao coração é um Espírito de vistas acanhadas. Dizei, em
consciência, se Deus deve atender mais à forma do que ao fundo."
Fixação/Sistematização (15´):
1
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U
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1. Não fazer o bem já
é um ........
2. Qual adoração é a
mais verdadeira?
3. A .....
contemplativa é um desperdício.
4. A prece funciona
como um ....... contra o mal.
5. Muitos povos da
antiguidade eram politeístas por sua .......
6. A adoração a Deus
se faz através do ....
7. O melhor sacrifício
aos olhos de Deus é o .......
8. A prece torna o
homem mais ........
9. A prece é um ato de
.........
10. Jesus disse que Deus é um ..... amoroso,
justo e bom.
11. Pela prece Deus envia os bons
............ para nos ajudar.
12. A prece ...... para louvar, pedir e
agradecer.
Respostas:
1.
Mal
2.
Interior
3.
Vida
4.
Escudo
5.
Ignorância
6.
Amor
7.
Trabalho
8.
Humilde
9.
Adoração
10. Pai
11. Espíritos
12. Serve
Finalização: (5’)
Prece Final com a Oração que Jesus nos ensinou.
Bibliografia:
· LE, 2ª
parte, cap. 2; ESE, cap. 27;
· 50 Anos
Depois (Emmanuel / F. C. Xavier), cap. 6;
· Opinião
Espírita (Emmanuel - André Luiz / F. C. Xavier - Waldo Vieira), cap. 59;
· Entre a
Terra e o Céu (André Luiz / F. C. Xavier), cap. 1.