Tema
do mês: Cristianismo Data: 26
de Novembro 16
Objetivo Formativo: Reconhecer a
importância de alguns personagens biblícos na consolidação do cristianismo ao
longo do tempo.
Tema da aula: Jesus e sua missão
Objetivo da aula: Proporcionar
aos jovens a importância sobre o encontro com Jesus em seus corações e vidas.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto
Fiquei
buscando ideias em como trabalhar o tripé Pensar, Sentir e Agir ao falar sobre
o Mestre Jesus. Um espírito tão puro e magnânimo como Ele causa impactos
inesquecíveis em todos, até mesmo os que se diziam ateus.
A
proposta da aula será mexer com os sentimentos de cada um, transportando-os à
Galiléia e se imaginando naquele momento ímpar de um homem rico, poderoso,
orgulhoso, inteligente que tinha tudo, mas não conseguia salvar a filha da
lepra, não acreditava no Messias, mas não tinha outra alternativa diante do
quadro grave de saúde da pequena Flávia.
Através
deste encontro marcante, vou colocar o áudio narrado pelo próprio senador
Publio Lentulus para que eles possam se soltar e ouvir o que um espírito desta
magnitude podia fazer e fez com qualquer um de nós.
Após
este aúdio, vou pedir para que eles contem o que mais os marcou ao ouvir esta
história: palavras, fatos, sentimentos.
Após
esta conversa, pedirei para que completemos a palavra JESUS CRISTO como numa
cruzadinha para representar Sua missão. E daí vamos discutindo cada uma delas
posicionada.
A
conclusão da aula se dará diante de uma reflexão onde pedirei para cada um
escrever qual foi o momento que se encontrou com Jesus. Eles lembram de algo
marcante em suas vidas ?
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial: – 8´
Trecho do capítulo V do livro Há dois mil
anos que narra o encontro de Públio Lentulus com Jesus Cristo.
Vídeo 0m48 – 8m10
Desenvolvimento
(35´): “ Qual a missão deste
espírito puro ?”
1. Após ouvir o áudio, pedir que
eles contem o que mais lhes chamou atenção: uma palavra, frase, situação
2. Escrever as palavras JESUS
CRISTO e pedir para que eles completem a cruzadinha com palavras que descrevam
a missão de Jesus
3. A cada palavra descrita,
correlacioná-la com Sua missão
Conclusão (10´): Eu também tenho uma história com Jesus...
Qual
foi o momento que você se encontrou com Jesus ? Como você descreveria este
encontro inolvidável ?
Entregar
para eles a carta oficial escrita pelo Senador ao Imperador Tibério sobre a
pessoa de Jesus.
Prece
final
Trecho do capítulo V - O MESSIAS DE
NAZARÉ do livro Há dois mil anos
Dando curso às idéias que lhe fluíam
da mente incendiada e abatida, Públio Lentulus considerou dificílima a hipótese
do seu encontro com o mestre de Nazaré. Como se entenderiam? Não lhe
interessara o conhecimento minucioso dos dialetos do povo e, certamente, Jesus
lhe falaria no aramaico comumente usado na bacia de Tiberíades.
Profundas cismas entornavam-lhe do
cérebro para o coração, como as sombras do crepúsculo que precediam a noite. O
céu, porém, àquela hora, era de um azul maravilhoso, enquanto as claridades
opalinas do luar não haviam esperado o fechamento absoluto do leque imenso da
noite.
O senador sentiu o coração perdido num
abismo de cogitações infinitas, ouvindo-lhe o palpitar descompassado no peito
opresso. Dolorosa emoção lhe compungia agora as fibras mais íntimas do
espírito. Apoiara-se, insensivelmente, num banco de pedras enfeitado de silvas,
e deixara-se ali ficar, sondando o ilimitado do pensamento. Nunca experimentara
sensação idêntica, senão no sonho memorável, relatado unicamente a Flamínio.
Recordava-se dos menores feitos da sua vida terrestre, afigurandose-lhe haver
abandonado, temporariamente, o cárcere do corpo material. Sentia
profundo êxtase, diante da Natureza e das suas maravilhas, sem saber como
expressar a admiração e reconhecimento aos poderes celestes, tal a clausura em
que sempre mantivera o coração insubmisso e orgulhoso.
Das águas mansas do lago de Genesaré
parecia-lhe emanarem suavíssimos perfumes, casando-se deliciosamente ao aroma
agreste da folhagem. Foi nesse instante que, com o espírito como se estivesse
sob o império de estranho e suave
magnetismo, ouviu passos brandos de alguém que buscava aquele sítio.
Diante de seus olhos ansiosos, estacara personalidade
inconfundível e única. Tratava-se de um homem
ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível.
Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o
semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados
por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo
tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e
majestosa figura uma fascinação irresistível.
Públio Lentulus não teve dificuldade em identificar aquela criatura impressionante, mas, no seu coração
marulhavam ondas de sentimentos que, até então, lhe eram ignorados. Nem a sua
apresentação a Tíbério, nas
magnificências de Capri, lhe havia imprimido
tal emotividade ao coração. Lágrimas ardentes
rolaram-lhe dos olhos, que raras vezes haviam chorado, e força misteriosa e
invencível fê-lo ajoelhar-se na relva lavada em luar.
Desejou falar, mas tinha o peito sufocado e opresso. Foi quando, então, num gesto de doce e soberana bondade, o meigo Nazareno caminhou para ele,
qual visão concretizada de um dos deuses de suas antigas crenças, e, pousando carinhosamente a destra em sua fronte, exclamou em linguagem
encantadora, que Públio entendeu perfeitamente,
como se ouvisse o idioma patrício, dando-lhe a inesquecível
impressão de que a palavra era de espírito para espírito, de coração para
coração:
- Senador, porque me procuras? - e,
espraiando o olhar profundo na paisagem, como se desejasse que a sua voz fosse
ouvida por todos os homens do planeta, rematou com serena nobreza:
- Fôra melhor que me procurasses
publicamente e na hora mais clara do dia, para que pudesses adquirir, de uma só
vez e para toda a vida, a lição sublime da fé e da humildade...
Mas, eu não vim ao mundo para derrogar as leis supremas da
Natureza
e venho ao encontro do teu coração desfalecido!...
Públio Lentulus nada pôde exprimir,
além das suas lágrimas copiosas, pensando amargamente na filhinha; mas o
profeta, como se prescindisse das suas palavras articuladas, continuou:
- Sim... não
venho buscar o homem de Estado, superficial e orgulhoso, que só os séculos de sofrimento podem encaminhar ao
regaço de meu Pai; venho atender às súplicas de um coração desditoso e
oprimido e, ainda assim, meu amigo, não
é o teu sentimento que salva a filhinha leprosa e desvalida pela ciência do
mundo, porque tens ainda a razão egoística e humana; é, sim, a fé e o amor de tua mulher, porque a fé é divina... Basta um raio só de suas energias poderosas para que se
pulverizem todos os monumentos das vaidades da Terra...
Comovido e magnetizado,
o senador considerou, intimamente, que seu espírito pairava numa atmosfera de sonho,
tais as comoções desconhecidas e imprevistas
que se lhe represavam no coração, querendo crer que os seus sentidos reais se
achavam travados num jogo incompreensível de completa ilusão.
- Não, meu amigo, não estás
sonhando... - exclamou meigo e enérgico o Mestre, adivinhando-lhe
os pensamentos.
- Depois
de longos anos de desvio do bom caminho, pelo sendal dos erros clamorosos,
encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida. Está, porém, no teu querer o aproveitá-lo agora,
ou daqui a alguns milênios...
Se o desdobramento da vida humana está
subordinado às circunstâncias, és obrigado a considerar que elas existem de
toda a natureza, cumprindo às criaturas a obrigação de exercitar o poder da
vontade e do sentimento, buscando aproximar seus destinos das correntes do bem
e do amor aos semelhantes. Soa para teu
espírito, neste momento, um minuto glorioso, se
conseguires utilizar tua liberdade para que seja ele, em teu coração, doravante,
um cântico de amor, de humildade e de fé, na hora indeterminável da redenção,
dentro da eternidade...
Mas, ninguém poderá agir contra a tua própria
consciência, se quiseres desprezar indefinidamente este minuto ditoso!
Pastor das almas humanas, desde a
formação deste planeta, há muitos milênios venho
procurando reunir as ovelhas tresmalhadas, tentando trazer-lhes ao coração as
alegrias eternas do reinado de Deus e de sua justiça!
Públio fitou aquele homem
extraordinário, cujo desassombro provocava admiração e espanto. Humildade? que
credenciais lhe apresentava o profeta para lhe falar assim, a ele senador do
Império, revestido de todos os poderes diante de um vassalo?
Num minuto, lembrou a cidade dos
césares, coberta de triunfos e glórias, cujos monumentos e poderes acreditava,
naquele momento, fossem imortais.
- Todos
os poderes do teu império são bem fracos e todas as suas riquezas bem
miseráveis. As magnificências dos césares são ilusões efêmeras de um dia,
porque todos os sábios, como todos os guerreiros, são chamados no momento
oportuno aos tribunais da justiça de meu Pai que está no Céu.
Um dia, deixarão de
existir as suas águias poderosas, sob um punhado de cinzas misérrimas. Suas
ciências se transformarão ao sopro dos esforços de outros trabalhadores mais
dignos do progresso, suas leis iníquas serão tragadas no abismo tenebroso
destes séculos de impiedade, porque só uma lei existe e sobreviverá aos escombros da
inquietação do homem - a lei do amor, instituída por meu Pai, desde o princípio
da criação...
Agora,
volta ao lar, consciente das responsabilidades do teu destino... Se a fé instituiu na tua casa o que consideras a alegria
com o restabelecimento de tua filha,
não te esqueças que isso representa um agravo de deveres para o teu coração,
diante de nosso Pai, TodoPoderoso!...
O senador quis falar, mas a voz
tornara-se-lhe embargada de comoção e de profundos sentimentos. Desejou
retirar-se, porém, nesse momento, notou que o
profeta de Nazaré se transfigurava, de olhos fitos no céu...
Aquele sítio deveria ser um santuário de suas meditações e de suas preces, no
coração perfumado da Natureza, porque Públio adivinhou que ele orava intensamente, observando que lágrimas copiosas lhe lavavam o
rosto, banhado então por uma claridade branda, evidenciando a sua beleza serena
e indefinível melancolia..
Nesse instante, contudo, suave torpor
paralisou as faculdades de observação do patrício, que se aquietou estarrecido.
Deviam ser vinte e uma horas, quando o senador sentiu que despertava. Leve
aragem acariciava-lhe os cabelos e a Lua entornava seus raios argênteos no
espelho carinhoso e imenso das águas. Guardando na memória os mínimos
pormenores daquele minuto inesquecível, Públio sentiu-se humilhado e diminuído,
em face da fraqueza de que dera testemunho diante daquele homem extraordinário.
Carta de Publius Lentulus Cornelius
Foi encontrada uma carta do senador
Publius Lentulus Cornelius nos arquivos do Duque de Cesadini na cidade de Roma,
enviada pelo senador em Jerusalém na época de Jesus, que havia sido endereçada
ao imperador romano Tibério César.
Nela, há uma descrição física e
moral de Jesus feita pelo senador. A carta é a seguinte:
“Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos
nossos tempos um homem,
o qual vive atualmente de
grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade,
e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de
todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó
César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas
desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um
homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no
rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos
da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as
espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.
Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na
forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno,
nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca
são irrepreensíveis.
A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa,
mas separada pelo meio, seu olhar é muito
afetuoso e grave; tem os olhos
expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto
como os raios do sol, porém ninguém pode olhar
fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora,
e quando
ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com
gravidade.
Diz-se que nunca ninguém o viu
rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na
palestra, contenta muito, mas o faz
raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na
presença e na pessoa. É o mais belo homem que
se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza,
não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a
majestade tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me
ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.
De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada.
Ele caminha descalço e sem coisa alguma na
cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e
admiram.
Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em
verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos,
de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e
muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou
grandemente molestado por estes malignos hebreus.
Diz-se que este Jesus nunca fez mal
a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm
praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde,
porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será
cumprido.”
Para a Doutrina Espírita há o relato constante
do livro “Há Dois Mil Anos” escrito através da psicografia de Francisco Cândido
Xavier pelo autor espiritual Emmanuel.
Bibliografia
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