Tema
do mês: Relações
familiares Data: 20
de Agosto 16
Objetivo Formativo: Conscientizar-se
de que a família é fonte de equilíbrio moral e social
Tema da aula: Liberdades
e Limites
Objetivo da aula: Fazer
o jovem refletir qual a liberdade que tem e quais / o que são os limites
impostos por seus pais.
Evangelizador: Cleber Neuman
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial:
§
Dinâmica Inicial
o
Vc é um jovem livre!!
§
Propor ao jovem refletir no início da aula – O que é
liberdade para eles
§
Pedir que escrevam a definição na lousa
Desenvolvimento:
·
Com
a definição que deram, pedir que montem uma lista de desejos
o O que gostariam de fazer / realizar?
o Propor possível exercício de mímica para exporem aos colegas o que querem
fazer
·
Pedir
que reflitam se são objetivos factíveis . Há passos intermediários para que
possam alcançar os objetivos?
·
Pedir
aos tios que façam um pequeno “story telling” de sua adolescência.
o Quais oportunidades se abriram em sua
adolescência?
o Como foram perseguidas?
o O que de prejudicial escolheram por não fazer e
hoje sabem que vale a penas
Meu story telling:
Na minha adolescência, sempre tive minha família
presente.
Meus irmãos me amavam, mas nós brigávamos o dia
inteiro. Meus pais sempre nos deram bons exemplos (em sua grande maioria) – Mas
claro, não existem seres perfeitos neste mundo, portanto nos mostraram tbm
alguns de seus defeitos
Em casa, havia sempre a orientação no sentido de ser
o mais correto possível
De trabalhar – Lembro-me, desde a infância,
conselhos de minha mãe: “Quando vcs crescerem, tem que trabalhar – Vcs
conquistarão as coisas materiais, necessárias para esta vida”
De tanto ouvir estes conselhos, os 3 irmãos fizeram
colégio técnico, se preparando para o mercado de trabalho – E depois a
faculdade.
Hoje, estamos na faixa de nossos 30 anos – Todos bem
estabelecidos, com suas casas (o mais novo casará no ano que vem).
No campo espiritual, tbm começamos a vir no Centro
espírita muito novos (eu tinha 3 anos)
Passei por todas as salas da evangelização infantil,
mocidade e depois fiz o tomo
Na adolescência, às vezes era um saco ir pro centro
de sábado (alguns deles, eu faltava). Mas vinha na grande maioria das aulas –
Vcs não imaginam a importância deste apoio.
Eu lhes digo, pequenos amigos, em nossa imperfeição
ainda, já é difícil às vezes passar por problemas, provas e tentações, com todo
este apoio, imagina se não o tivesse.
Tive inúmeros amigos que se renderam ao mundo das
drogas, não tinham um apoio religioso. Nem na família. Pais muito liberais, não
conseguiram identificar as más companhias dos filhos, que eles chegavam em casa
com olhos vermelhos, muitas vezes sem conseguirem falar pq estava alcoolizados
ou drogados.
Estes tem uma vida difícil, alguns se recuperaram –
Outros ainda lutam contra vícios.
Com base em frutos plantados na adolescência
(Estudo, trabalho, religião), progredi financeiramente – Casei, construi um
lar.
Primeiro a esposa. Temos momentos felizes juntos,
também temos problemas
Tive 2 filhos – Os quais tive a oportunidade de
trazer à reencarnação – Vamos espiar juntos, progredir – Hoje, minha família é
meu maior tesouro – Pense que ela surgiu de uma boa base construída na infância
/ adolescência
Conclusão: Qual tipo de laço quero ter ? 10´
·
Balancear sua liberdade
com os limites saudáveis
·
Serem otimistas, terem
energia – Mas serem realistas
·
Não existe caminho fácil
para o sucesso
o
Devemos tomar o primeiro
passo, sermos laboriosos,
o
Não desanimar com os
insucessos
o
Perseverar, afim de
colher o sucesso
·
As coisas acontecem a
seu tempo, não no tempo que queremos
o
Mas temos que trabalhar
pelo que queremos
o
Esperar algo acontecer
diminui drasticamente suas chances de êxito
Prece
final
Bibliografia
ü
Livro Adolescência e vida – Divaldo Pereira Franco
6
O ADOLESCENTE: POSSIBILIDADES E LIMITES
Na quadra primaveril da adolescência tudo
parece fácil, exatamente pela falta de vivência da realidade humana. O
adolescente examina o mundo através das lentes límpidas do entusiasmo, quando
se encontra em júbilo, ou mediante as pesadas manchas do pessimismo que no
momento lhe dominam as paisagens emocionais. A realidade, no entanto, difere de
uma como de outra percepção, sem os altos vôos do encantamento nem os abismos
profundos do existencialismo negativo.
A vida é um conjunto de possibilidades que se
apresentam para ser experimentadas, facultando o crescimento intelecto-moral
dos seres. A forma como cada pessoa se utiliza desses recursos redunda no êxito
ou no desar, não sendo a mesma responsável pela glória ou pelo insucesso
daqueles que a buscam e nela se encontram envolvidos.
Para o jovem sonhador, que tudo vê róseo, há
muitos caminhos a percorrer, que exigem esforço, bom direcionamento de opção e
sacrifício. Toda ascensão impõe inevitável cota de dedicação, como é natural,
até que a conquista dos altiplanos delineie novos horizontes ainda mais amplos
e fascinantes.
Assim, as possibilidades do adolescente estão
no investimento que ele aplica para a conquista do que traça como objetivo.
Nesse período, tem-se pressa, porque todas as manifestações são rápidas e os
acontecimentos obedecem a um organograma que não pode ser antecipado, esperando
que se consumem os mecanismos propiciatórios à sua realização.
Ansioso pelos vôos que pretende desferir,
pensa que as suas aspirações podem ser transformadas em realidade de um para
outro momento, e, quando isso não ocorre, deixa-se abater por graves
frustrações e desânimo. No entanto, através desse vaivém de alegria e
desencanto passa a entender que os fenômenos existenciais independem das suas
imposições, provindo de muitos fatores que se conjugam para oferecer resultado
correspondente.
Nessa sucessão de contrários, amadurece-lhe a
capacidade de compreensão e aprimora-se a faculdade de planejar, auxiliando-o a
colocar os pés no chão sem a perda do otimismo, que é fator decisivo para o
prosseguimento das aspirações e da sua execução contínua.
Face à constituição da vida, não basta anelar
e querer, mas produzir e perseverar. Esse meio de levar adiante os planos
acalentados demonstra que há limites em todos os indivíduos, que não podem ser
ultrapassados, e que se apresentam na ordem social; moral, econômica, cultural,
científica, enfim, em todas as áreas dos painéis existenciais.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e não
consoante se gostaria que sucedessem, isto é, nadar contra a correnteza pode
exaurir o candidato que vai atirado à praia, onde chega após grandes conquistas
e ali morre sem alcançar a vitória.
A sabedoria, que decorre das contínuas lutas,
demonstra que se deve realizar o que é possível, aguardando o momento oportuno
para novos cometimentos. Especificamente, cada dever tem o seu lugar e não é
lícito assumir diversos labores que não podem ser executados de uma só vez.
A própria organização física constitui limite
para todos os indivíduos. Quando se exige do organismo além das suas
possibilidades, os efeitos são
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negativos, portanto, desanimadores. Daí, o
limite se encontra na capacidade das resistências física, moral e mental, que
constituem os elementos básicos do ser humano, e no enfrentamento com os
imperativos da sociedade, da época em que se vive, etc.
Certamente, há homens e mulheres que se
transformaram em exceção, havendo pago pesados ônus de sacrifício, graças ao
qual abriram à História páginas de incomparável beleza. Simultaneamente,
também, houve aqueles que mergulharam no fundo abismo do desencanto,
deixando-se dominar por terríveis angústias que lhes estiolaram a alegria de
viver e os maceraram, levando-os a estados profundamente perturbadores, porque
não possuíam essas energias indispensáveis para as conquistas que planejaram.
Ao moço compete o dever de aprender as lições
que lhe chegam, impregnando-se das suas mensagens e abrindo novos espaços para
o futuro.
Quando arrebatado pelo entusiasmo, considerar
que há tempo para semear como o há para colher; quando deprimido, liberar-se
das sombras pelo esforço de ascender às regiões onde brilha a luz da esperança,
compreendendo que a marcha começa no primeiro passo, assim como o discurso mais
inflamado tem início na primeira palavra. Todas as coisas exigem planificação e
tentativa. Aquele que se recusa experimentar, já perdeu parte do
empreendimento. Não há por que recear o insucesso. Esse medo da experimentação
já é, em si mesmo, uma forma de fracasso. Arriscar-se, no bom sentido do termo,
é intensificar os esforços para produzir, mesmo que, aparentemente, tudo esteja
contra. Não realizando, não tentando, é claro que as possibilidades são
infinitamente menores. Sempre vence aquele que se encontra alerta, que labora,
que persiste.
A atitude de esperar que tudo aconteça em
favor próprio é comodidade injustificável; e deixar-se abater pelos pensamentos
pessimistas, assim como pelas heranças auto-depreciativas, significa perder as
melhores oportunidades de crescimento interior e exterior, que se encontram na
adolescência. Esse é o momento de programar; é o campo de experimentação.
Quando o jovem começa a delinear o futuro não
significa que haja logrado a vitória ou perdido a batalha, apenas está traçando
rotas que o levarão a um ou a outro resultado, ambos de muito valor na sua
aprendizagem, em torno da vida na qual se encontra.
A perseverança e o idealismo sem excesso
responderão pelo empreendimento iniciado.
O adolescente não deve temer nunca o porvir,
porqüanto isso seria limitar as aspirações, nem subestimar as lições do
cotidiano, que lhe devem constituir mensagens de advertência, próprias para
ensinar-lhe como conseguir os resultados superiores.
Assim, nesse período de formação, de
identificação consigo mesmo, a docilidade no trato, a confiança nas
realizações, a gentileza na afetividade, o trabalho constante, ao lado do
estudo que aprimora os valores e desenvolve a capacidade de entendimento, devem
ser o programa normal de vivência. Os prazeres, os jogos apaixonantes do
desejo, as buscas intérminas do gozo cedem lugar aos compromissos iluminativos,
que desenham a felicidade na alma e materializam-na no comportamento.
Ser jovem não é, somente, possuir força
orgânica, capacidade de sonhar e de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o
que precisa ser feito, como executá-lo e para que realizá-lo.
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A escala de valores pessoais necessita ser
muito bem considerada, a fim de que o tempo não seja empregado de forma caótica
em projetos de secundária importância, em detrimento de outros labores
primaciais, que constituem a primeira meta existencial, da qual decorrerão
todas as outras realizações.
São infinitas, portanto, as possibilidades da
vida, limitadas pelas circunstâncias, pelo estágio de evolução de cada homem e
de cada mulher, que devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução
e seguir com segurança, etapa a etapa, até o momento de sua auto-realização.
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