quinta-feira, 15 de março de 2018

Liberdades e Limites


Tema do mês: Relações familiares                                 Data: 20 de Agosto 16
Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que a família é fonte de equilíbrio moral e social
Tema da aula: Liberdades e Limites
Objetivo da aula: Fazer o jovem refletir qual a liberdade que tem e quais / o que são os limites impostos por seus pais.
Evangelizador: Cleber Neuman

Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial:

§  Dinâmica Inicial
o   Vc é um jovem livre!!
§  Propor ao jovem refletir no início da aula – O que é liberdade para eles
§  Pedir que escrevam a definição na lousa


Desenvolvimento:

·         Com a definição que deram, pedir que montem uma lista de desejos
o    O que gostariam de fazer / realizar?
o    Propor possível exercício de mímica para exporem aos colegas o que querem fazer
·         Pedir que reflitam se são objetivos factíveis . Há passos intermediários para que possam alcançar os objetivos?
·         Pedir aos tios que façam um pequeno “story telling” de sua adolescência.
o    Quais oportunidades se abriram em sua adolescência?
o    Como foram perseguidas?
o    O que de prejudicial escolheram por não fazer e hoje sabem que vale a penas
Meu story telling:

Na minha adolescência, sempre tive minha família presente.
Meus irmãos me amavam, mas nós brigávamos o dia inteiro. Meus pais sempre nos deram bons exemplos (em sua grande maioria) – Mas claro, não existem seres perfeitos neste mundo, portanto nos mostraram tbm alguns de seus defeitos

Em casa, havia sempre a orientação no sentido de ser o mais correto possível
De trabalhar – Lembro-me, desde a infância, conselhos de minha mãe: “Quando vcs crescerem, tem que trabalhar – Vcs conquistarão as coisas materiais, necessárias para esta vida”

De tanto ouvir estes conselhos, os 3 irmãos fizeram colégio técnico, se preparando para o mercado de trabalho – E depois a faculdade.

Hoje, estamos na faixa de nossos 30 anos – Todos bem estabelecidos, com suas casas (o mais novo casará no ano que vem).

No campo espiritual, tbm começamos a vir no Centro espírita muito novos (eu tinha 3 anos)
Passei por todas as salas da evangelização infantil, mocidade e depois fiz o tomo

Na adolescência, às vezes era um saco ir pro centro de sábado (alguns deles, eu faltava). Mas vinha na grande maioria das aulas – Vcs não imaginam a importância deste apoio.

Eu lhes digo, pequenos amigos, em nossa imperfeição ainda, já é difícil às vezes passar por problemas, provas e tentações, com todo este apoio, imagina se não o tivesse.

Tive inúmeros amigos que se renderam ao mundo das drogas, não tinham um apoio religioso. Nem na família. Pais muito liberais, não conseguiram identificar as más companhias dos filhos, que eles chegavam em casa com olhos vermelhos, muitas vezes sem conseguirem falar pq estava alcoolizados ou drogados.

Estes tem uma vida difícil, alguns se recuperaram – Outros ainda lutam contra vícios.

Com base em frutos plantados na adolescência (Estudo, trabalho, religião), progredi financeiramente – Casei, construi um lar.

Primeiro a esposa. Temos momentos felizes juntos, também temos problemas

Tive 2 filhos – Os quais tive a oportunidade de trazer à reencarnação – Vamos espiar juntos, progredir – Hoje, minha família é meu maior tesouro – Pense que ela surgiu de uma boa base construída na infância / adolescência



Conclusão: Qual tipo de laço quero ter ? 10´

·         Balancear sua liberdade com os limites saudáveis
·         Serem otimistas, terem energia – Mas serem realistas
·         Não existe caminho fácil para o sucesso
o    Devemos tomar o primeiro passo, sermos laboriosos,
o    Não desanimar com os insucessos
o    Perseverar, afim de colher o sucesso
·         As coisas acontecem a seu tempo, não no tempo que queremos
o    Mas temos que trabalhar pelo que queremos
o    Esperar algo acontecer diminui drasticamente suas chances de êxito
Prece final

Bibliografia
ü  Livro Adolescência e vida – Divaldo Pereira Franco

 

  
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O ADOLESCENTE: POSSIBILIDADES E LIMITES
Na quadra primaveril da adolescência tudo parece fácil, exatamente pela falta de vivência da realidade humana. O adolescente examina o mundo através das lentes límpidas do entusiasmo, quando se encontra em júbilo, ou mediante as pesadas manchas do pessimismo que no momento lhe dominam as paisagens emocionais. A realidade, no entanto, difere de uma como de outra percepção, sem os altos vôos do encantamento nem os abismos profundos do existencialismo negativo.
A vida é um conjunto de possibilidades que se apresentam para ser experimentadas, facultando o crescimento intelecto-moral dos seres. A forma como cada pessoa se utiliza desses recursos redunda no êxito ou no desar, não sendo a mesma responsável pela glória ou pelo insucesso daqueles que a buscam e nela se encontram envolvidos.
Para o jovem sonhador, que tudo vê róseo, há muitos caminhos a percorrer, que exigem esforço, bom direcionamento de opção e sacrifício. Toda ascensão impõe inevitável cota de dedicação, como é natural, até que a conquista dos altiplanos delineie novos horizontes ainda mais amplos e fascinantes.
Assim, as possibilidades do adolescente estão no investimento que ele aplica para a conquista do que traça como objetivo. Nesse período, tem-se pressa, porque todas as manifestações são rápidas e os acontecimentos obedecem a um organograma que não pode ser antecipado, esperando que se consumem os mecanismos propiciatórios à sua realização.
Ansioso pelos vôos que pretende desferir, pensa que as suas aspirações podem ser transformadas em realidade de um para outro momento, e, quando isso não ocorre, deixa-se abater por graves frustrações e desânimo. No entanto, através desse vaivém de alegria e desencanto passa a entender que os fenômenos existenciais independem das suas imposições, provindo de muitos fatores que se conjugam para oferecer resultado correspondente.
Nessa sucessão de contrários, amadurece-lhe a capacidade de compreensão e aprimora-se a faculdade de planejar, auxiliando-o a colocar os pés no chão sem a perda do otimismo, que é fator decisivo para o prosseguimento das aspirações e da sua execução contínua.
Face à constituição da vida, não basta anelar e querer, mas produzir e perseverar. Esse meio de levar adiante os planos acalentados demonstra que há limites em todos os indivíduos, que não podem ser ultrapassados, e que se apresentam na ordem social; moral, econômica, cultural, científica, enfim, em todas as áreas dos painéis existenciais.
Os acontecimentos são conforme ocorrem e não consoante se gostaria que sucedessem, isto é, nadar contra a correnteza pode exaurir o candidato que vai atirado à praia, onde chega após grandes conquistas e ali morre sem alcançar a vitória.
A sabedoria, que decorre das contínuas lutas, demonstra que se deve realizar o que é possível, aguardando o momento oportuno para novos cometimentos. Especificamente, cada dever tem o seu lugar e não é lícito assumir diversos labores que não podem ser executados de uma só vez.
A própria organização física constitui limite para todos os indivíduos. Quando se exige do organismo além das suas possibilidades, os efeitos são
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negativos, portanto, desanimadores. Daí, o limite se encontra na capacidade das resistências física, moral e mental, que constituem os elementos básicos do ser humano, e no enfrentamento com os imperativos da sociedade, da época em que se vive, etc.
Certamente, há homens e mulheres que se transformaram em exceção, havendo pago pesados ônus de sacrifício, graças ao qual abriram à História páginas de incomparável beleza. Simultaneamente, também, houve aqueles que mergulharam no fundo abismo do desencanto, deixando-se dominar por terríveis angústias que lhes estiolaram a alegria de viver e os maceraram, levando-os a estados profundamente perturbadores, porque não possuíam essas energias indispensáveis para as conquistas que planejaram.
Ao moço compete o dever de aprender as lições que lhe chegam, impregnando-se das suas mensagens e abrindo novos espaços para o futuro.
Quando arrebatado pelo entusiasmo, considerar que há tempo para semear como o há para colher; quando deprimido, liberar-se das sombras pelo esforço de ascender às regiões onde brilha a luz da esperança, compreendendo que a marcha começa no primeiro passo, assim como o discurso mais inflamado tem início na primeira palavra. Todas as coisas exigem planificação e tentativa. Aquele que se recusa experimentar, já perdeu parte do empreendimento. Não há por que recear o insucesso. Esse medo da experimentação já é, em si mesmo, uma forma de fracasso. Arriscar-se, no bom sentido do termo, é intensificar os esforços para produzir, mesmo que, aparentemente, tudo esteja contra. Não realizando, não tentando, é claro que as possibilidades são infinitamente menores. Sempre vence aquele que se encontra alerta, que labora, que persiste.
A atitude de esperar que tudo aconteça em favor próprio é comodidade injustificável; e deixar-se abater pelos pensamentos pessimistas, assim como pelas heranças auto-depreciativas, significa perder as melhores oportunidades de crescimento interior e exterior, que se encontram na adolescência. Esse é o momento de programar; é o campo de experimentação.
Quando o jovem começa a delinear o futuro não significa que haja logrado a vitória ou perdido a batalha, apenas está traçando rotas que o levarão a um ou a outro resultado, ambos de muito valor na sua aprendizagem, em torno da vida na qual se encontra.
A perseverança e o idealismo sem excesso responderão pelo empreendimento iniciado.
O adolescente não deve temer nunca o porvir, porqüanto isso seria limitar as aspirações, nem subestimar as lições do cotidiano, que lhe devem constituir mensagens de advertência, próprias para ensinar-lhe como conseguir os resultados superiores.
Assim, nesse período de formação, de identificação consigo mesmo, a docilidade no trato, a confiança nas realizações, a gentileza na afetividade, o trabalho constante, ao lado do estudo que aprimora os valores e desenvolve a capacidade de entendimento, devem ser o programa normal de vivência. Os prazeres, os jogos apaixonantes do desejo, as buscas intérminas do gozo cedem lugar aos compromissos iluminativos, que desenham a felicidade na alma e materializam-na no comportamento.
Ser jovem não é, somente, possuir força orgânica, capacidade de sonhar e de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o que precisa ser feito, como executá-lo e para que realizá-lo.
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A escala de valores pessoais necessita ser muito bem considerada, a fim de que o tempo não seja empregado de forma caótica em projetos de secundária importância, em detrimento de outros labores primaciais, que constituem a primeira meta existencial, da qual decorrerão todas as outras realizações.
São infinitas, portanto, as possibilidades da vida, limitadas pelas circunstâncias, pelo estágio de evolução de cada homem e de cada mulher, que devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução e seguir com segurança, etapa a etapa, até o momento de sua auto-realização.


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