Tema do mês: Família Data: 27
de Agosto 16
Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que a família é
fonte de equilíbrio moral e social
Tema da aula: Conflitos familiares: Perdão
Objetivo da aula: Mostrar
que o lar é a oportunidade que temos evoluir e para aplicar os ensinamentos do
envangélico.
Evangelizador: Kerley Victorino
Prece inicial: 03´
Incentivo
Inicial: 7´
ü
Distribuir
tiras de papel e pedir que eles escrevão o nome das pessoas de sua famíla em
cada um deles.
ü
Colar
esses papeis em um folha maior.
ü
Pedir
para os evangelizados que falem como é sua famíla, de uma forma geral. Exemplo:
festiva, agitada, cada um na sua, etc
Desenvolvimento:30´
Perguntar
a eles se existe uma família ideal
Conforme
o evangelizador receber as resposta mostrar que não existe uma família ideal,
que a família ideal é a sua, aquela que vc escolheu para sua evolução com
conflitos, alegrias etc.
Dinâmica: Abrindo o Coração
Objetivo:
Refletir sobre a importância e a eficácia do perdão.
Material:
01 chave de metal ou confeccionada de cartolina com
tamanho ampliado.
Procedimento:
- Apresentem a chave e perguntem aos alunos: Para
que serve uma chave?
- Aguardem as respostas. Normalmente, apenas é
mencionado o ato de abrir, porém não se esqueçam que também a chave é utilizada
para fechar.
- Falem que o perdão pode ser comparado a uma chave.
- Perguntem: O que a perdão pode abrir ou fechar?
Exemplos:
Abrir: reatar amizade, alívio de um peso, sentimento
de liberdade, perdão de Deus, alegria etc.
Fechar: espaço para brigas, amarguras,
ressentimentos, doenças, mente tranquila etc.
Depois da dinâmica conversar com os alunos sobre a
importância do perdão dentro do ciclo familiar.
Comentar que a falta de perdão nos faz carregar um
fardo muito pesado que não precisamos carregar.
Contar a história Saco de carvão
O pequeno Zeca entra em casa, batendo os pés no assoalho com força.
Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, chama o
menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha
desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter
feito isso comigo. Desejo tudo de ruim pra ele, quero matar esse cara.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria,
escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito isso!
Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir para a escola.
O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um
abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal
e o menino o acompanhou calado. Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que
pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela
camisa limpinha que
está secando no varal é o seu
amigo Juca, e que cada pedaço de carvão
é um mau pensamento seu endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na
camisa, até o último pedaço. Depois eu
volto para ver como ficou.
O menino encarou como uma brincadeira e pôs as mãos
à obra. O varal com a camisa estava longe, e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora depois terminou a tarefa. O pai, retorna e lhe pergunta: - Filho, como
está se sentindo agora?
- Cansado mas
alegre. Acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que não entendeu a razão
daquela brincadeira, e com carinho lhe diz:
- Venha comigo até meu quarto, pois quero
mostrar-lhe uma coisa.
Lá o menino é colocado diante de um espelho, onde vê
todo o seu corpo.
- Que susto!
Disse o menino, enxergando apenas seus dentes e olhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho,você viu que a camisa no varal quase não
ficou suja, mas olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que
lhe aconteceu. Por mais que possamos
atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, os resíduos e a fuligem
ficam sempre em nós mesmos.
Conclusão: Qual tipo de laço quero ter ? 10´
Contando uma outra história
A FÁBULA DO PORCO ESPINHO
Durante uma era glacial,
quando o globo terrestre esteve coberto por grossas camadas de gelo, muitos
animais não resistiram ao frio intenso e morreram, por não se adaptarem ao
clima gelado.
Foi então que uma grande
manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou
a se unir, a juntar-se um pertinho do outro. Assim, um podia aquecer o que
estivesse mais próximo. E todos juntos, bem unidos, aqueciam-se, enfrentando
por mais tempo aquele inverno rigoroso.
Porém, os espinhos de cada
um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes
forneciam mais calor, calor vital, questão de vida ou morte. Na dor das “espinhadas”,
afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.
Dispersaram-se por não
suportar os espinhos dos seus semelhantes. Mas essa não foi a melhor solução:
afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram,
voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma
que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas
suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar
danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram ao gelo. Sobreviveram.
Fazer uma breve analogia
com a família e finalizar
Prece
final
Bibliografia
http://euvoupraebd.blogspot.com.br/2014/02/dinamica-da-licao-09-aprenda-perdoar.html#.V8GBPpgrJdg
O Evangélio Segundo os Espitirismo
ADOLESCÊNCIA
E VIDA DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO
PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS
18 O PERDÃO NO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DO
ADOLESCENTE
Na
transição da adolescência, o jovem saudável é muito susceptível de mudança de
comportamentos e de atitudes mentais. Raramente as mágoas se lhe fazem
profundas, produzindo sulcos perturbadores que se transformam em conflitos para
o futuro, porque tudo parece acontecer com rapidez, cedendo, um fato, lugar a
outro mais recente, dessa forma, não se fixando muito as impressões negativas,
exceto aquelas que se repetem ou que lhe causam choque, estupor ou castração
psicológica. Desse modo, as ocorrências desagradáveis podem ser superadas com
relativa facilidade, desde que haja substitutos para as mesmas, diminuindo as
impressões de descontentamento e mal-estar. Formando a personalidade e
definindo-se na eleição do que lhe apraz aceitar ou rejeitar, o perdão assume
um papel de importância no seu dia-a-dia, abrindo-lhe possibilidades para os
relacionamentos felizes. Há, naturalmente, exceções, quando se trata de
personalidades psicopatas, temperamentos instáveis e vingativos, que acumulam o
resíduo do ressentimento ao invés de coletar as experiências positivas e
substituir aqueloutros que são de natureza desagradável. O perdão aos erros
alheios representa começo de maturidade no jovem, que se revela tolerante,
compreensivo, dando aos outros o direito de equivocarse e abrindo espaço para o
auto-perdão. Mediante essa conduta se renova, não permanecendo em atitudes
depressivas após a constatação do erro, antes se dispondo a seguir em frente,
superando a situação infeliz e recuperando-se ao primeiro ensejo. Com essa
atitude, a vida adquire um sabor agradável e as ocorrências passam a merecer a
consideração produtiva, aquela que soma recursos que podem ser aplicados em
favor do bem comum. É uma forma de superar os melindres e complexos de
inferioridade, porque o adolescente dá-se conta do quanto éimportante a sua
presença no mundo, pelo seu significado existencial, pelo que pode realizar e
pelo próprio sentido de sua vida. Quando perdoa, despoja-se de ondas
perturbadoras que lhe ameaçam a casa mental, ampliando a capacidade de amor sem
exigência, porque percebe que todas as pessoas se equivocam e são credoras de
entendimento, quanto ele próprio o é. Isso lhe proporciona uma empatia
favorável à existência terrestre, que perde as marcas agressivas que lhe
pareciam ameaçar, constatando a fragilidade humana, que lhe cumpre entender e
auxiliar a fortificar-se.. É certamente uma lição preciosa para o seu
desenvolvimento afetivo, emocional e social. Desde que todas as pessoas são
dependentes umas das outras e cometem os mesmos erros com variação de escala e
de gravidade, compreende o desafio que é viver com equilíbrio, intercambiando
fraternidade, que constitui suporte de vitalidade. Ninguém que viaje pelo rumo
da existência terrestre sem o apoio das amizades, sem o intercâmbio fraternal,
que não tombe em terrível alienação. Dessa forma, o perdão, como fenômeno
natural entre os indivíduos, fascina o jovem que desperta para a existência
adulta, descobrindo que a vida 57 é enriquecedora e que errar é experiência
perfeitamente natural, porém levantar-se do erro é compromisso que não pode ser
adiado sob pretexto algum. No entanto, para que a pessoa reconsidere a atitude
e se erga do deslize, é indispensável que lhe seja oferecida oportunidade, que
se lhe distenda a mão amiga sem recriminação ou qualquer outra exigência.
Somente assim a vida se torna digna de ser vivida com elevação. A aprendizagem
do perdão pode ser comparada com a metodologia do ensino, aplicada no
cotidiano. A pessoa que se dispõe a aprender qualquer coisa é levada a errar,
no começo, repetir a tentativa até que as experiências se fixem no inconsciente
e passem espontaneamente à consciência, de onde se irradiam para os hábitos.
Assim, também, as conquistas morais, que são resultados de tentames ora com
êxitos, ora com insucessos, O erro de um momento ensina como não mais se deve
proceder, dessa maneira adquirindose o automatismo para agir com correção. Essa
tarefa educadora é reflexo do perdão que se dá e do que se recebe. Ninguém, no
mundo, que não necessite de oferecê-lo, tanto quanto de recebê- lo. Concedê-lo,
porém, é sempre melhor, porque expressa enriquecimento interior e disposição de
auxiliar-crescendo, enquanto consegui-lo traduz equívoco que poderia ser
evitado. A aprendizagem, todavia, em qualquer circunstância, oferece valioso
contributo para uma existência tranqüila. Todas as criaturas necessitam pensar
profundamente no perdão. Quando alguém é ofendido, o seu agressor tomba em
nível vibratório e a vítima prossegue no padrão em que se encontra. Se reage,
devolvendo o insulto, a agressão, igualmente, desce à condição de
inferioridade; se permanece em tranqüilidade, demora-se no mesmo patamar.
Entretanto, quando perdoa, ascende e localiza-se emocional e psiquicamente em
situação melhor do que o seu opositor. Não foi por outra razão que Jesus, como
Psicoterapeuta Invulgar, proclamou a necessidade do perdão como condição de
plenitude para o ser. O adolescente, descomprometido com ressentimentos
anteriores, aberto às novas lições da vida, sempre encontrará, no ato de
perdoar, uma forma de realizar-se, preenchendo os vazios do sentimento e
superando as constrições de uma família-problema, um lar difícil,
circunstâncias perturbadoras que passam a dar significado diferente à sua
existência, liberando-o das reminiscências amargas e dos traumas que, por
acaso, teimem por permanecer-lhe no ser. Essa atitude de perdoar é resultado
também de exercícios. Ao analisar a situação do agressor, compreendendo que ele
se encontra infeliz e exterioriza essa situação mediante a agressividade, torna
mais fácil a atitude da desculpa, que se encoraja em olvidar a ofensa, perdoar
sinceramente. Inicia-se nas pequenas conjunturas desagradáveis que vão sendo
ultrapassadas sem vínculos de mágoas, na necessidade pessoal também de ser
compreendido, e, portanto, perdoado, criando um clima de legítima fraternidade
que permite ao outro ser aceito conforme se apresenta, entendendo-lhe as
dificuldades de amadurecimento e de atitude, dessa forma ajudando-o sem
impor-lhe percalços pelo caminho. O verdadeiro e compensador período da
adolescência é aquele que guarda melhores recordações, responsáveis pela
estruturação do caráter e da personalidade, devendo ser a fase na qual ocorrem
as expressões de amadurecimento psicológico, superando a criança caprichosa que
não sabe desculpar e abrindo campo para o desenvolvimento do indivíduo
compassivo e 58 fraterno, que está disposto a contribuir com valiosos tesouros
para a dignificação humana. Quando se ama, portanto, o perdão é um fenômeno
natural, que se exterioriza como conseqüência da atitude aberta de aceitar o
próximo na condição em que se apresenta, porém, exigir-se ser melhor cada dia,
e mais nobre em cada oportunidade que surge.
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