quinta-feira, 15 de março de 2018

Conflitos familiares: Perdão


Tema do mês: Família                               Data: 27 de Agosto 16

Objetivo Formativo: Conscientizar-se de que a família é fonte de equilíbrio moral e social

Tema da aula: Conflitos familiares: Perdão

Objetivo da aula: Mostrar que o lar é a oportunidade que temos evoluir e para aplicar os ensinamentos do envangélico.
Evangelizador: Kerley Victorino


Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: 7´
ü  Distribuir tiras de papel e pedir que eles escrevão o nome das pessoas de sua famíla em cada um deles.
ü  Colar esses papeis em um folha maior.
ü  Pedir para os evangelizados que falem como é sua famíla, de uma forma geral. Exemplo: festiva, agitada, cada um na sua, etc

Desenvolvimento:30´
Perguntar a eles se existe uma família ideal
Conforme o evangelizador receber as resposta mostrar que não existe uma família ideal, que a família ideal é a sua, aquela que vc escolheu para sua evolução com conflitos, alegrias etc.
Dinâmica: Abrindo o Coração
Objetivo:
Refletir sobre a importância e a eficácia do perdão.
Material:
01 chave de metal ou confeccionada de cartolina com tamanho ampliado.
Procedimento:
- Apresentem a chave e perguntem aos alunos: Para que serve uma chave?
- Aguardem as respostas. Normalmente, apenas é mencionado o ato de abrir, porém não se esqueçam que também a chave é utilizada para fechar.
- Falem que o perdão pode ser comparado a uma chave.
- Perguntem: O que a perdão pode abrir ou fechar?
Exemplos:
Abrir: reatar amizade, alívio de um peso, sentimento de liberdade, perdão de Deus, alegria etc.
Fechar: espaço para brigas, amarguras, ressentimentos, doenças, mente tranquila etc.
Depois da dinâmica conversar com os alunos sobre a importância do perdão dentro do ciclo familiar.
Comentar que a falta de perdão nos faz carregar um fardo muito pesado que não precisamos carregar.
Contar a história Saco de carvão
O pequeno Zeca entra em  casa, batendo os pés no assoalho com força. Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito isso comigo. Desejo tudo de ruim pra ele, quero matar esse cara.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na  frente dos meus amigos. Não aceito isso! Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir para a escola.
O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou calado. Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que  aquela  camisa  limpinha  que  está secando no varal  é o seu amigo Juca, e  que cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu endereçado a ele.
Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço.  Depois eu volto para ver como ficou.
O menino encarou como uma brincadeira e pôs as mãos à obra. O varal com a camisa estava longe, e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora depois terminou a tarefa. O pai, retorna e lhe pergunta: - Filho, como está se sentindo agora?
- Cansado mas  alegre. Acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que não entendeu a razão daquela brincadeira, e com carinho lhe diz:
- Venha comigo até meu quarto, pois quero mostrar-lhe uma coisa.
Lá o menino é colocado diante de um espelho, onde vê todo o seu corpo.
- Que susto!  Disse o menino, enxergando apenas seus dentes e olhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:
- Filho,você viu que a camisa no varal quase não ficou suja, mas olhe só para você. O mal que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos  atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
Conclusão: Qual tipo de laço quero ter ? 10´
Contando uma outra história

A FÁBULA DO PORCO ESPINHO
Durante uma era glacial, quando o globo terrestre esteve coberto por grossas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, por não se adaptarem ao clima gelado.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se um pertinho do outro. Assim, um podia aquecer o que estivesse mais próximo. E todos juntos, bem unidos, aqueciam-se, enfrentando por mais tempo aquele inverno rigoroso.

Porém, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, calor vital, questão de vida ou morte. Na dor das “espinhadas”, afastaram-se, feridos, magoados, sofridos.

Dispersaram-se por não suportar os espinhos dos seus semelhantes. Mas essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram, voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas suficiente para conviver sem ferir, para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, aprendendo a amar, resistiram ao gelo. Sobreviveram.
Fazer uma breve analogia com a família e finalizar
Prece final



Bibliografia

http://euvoupraebd.blogspot.com.br/2014/02/dinamica-da-licao-09-aprenda-perdoar.html#.V8GBPpgrJdg




O Evangélio Segundo os Espitirismo

ADOLESCÊNCIA E VIDA  DIVALDO PEREIRA FRANCO DITADO PELO ESPÍRITO JOANNA DE ÂNGELIS 


18 O PERDÃO NO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DO ADOLESCENTE

 Na transição da adolescência, o jovem saudável é muito susceptível de mudança de comportamentos e de atitudes mentais. Raramente as mágoas se lhe fazem profundas, produzindo sulcos perturbadores que se transformam em conflitos para o futuro, porque tudo parece acontecer com rapidez, cedendo, um fato, lugar a outro mais recente, dessa forma, não se fixando muito as impressões negativas, exceto aquelas que se repetem ou que lhe causam choque, estupor ou castração psicológica. Desse modo, as ocorrências desagradáveis podem ser superadas com relativa facilidade, desde que haja substitutos para as mesmas, diminuindo as impressões de descontentamento e mal-estar. Formando a personalidade e definindo-se na eleição do que lhe apraz aceitar ou rejeitar, o perdão assume um papel de importância no seu dia-a-dia, abrindo-lhe possibilidades para os relacionamentos felizes. Há, naturalmente, exceções, quando se trata de personalidades psicopatas, temperamentos instáveis e vingativos, que acumulam o resíduo do ressentimento ao invés de coletar as experiências positivas e substituir aqueloutros que são de natureza desagradável. O perdão aos erros alheios representa começo de maturidade no jovem, que se revela tolerante, compreensivo, dando aos outros o direito de equivocarse e abrindo espaço para o auto-perdão. Mediante essa conduta se renova, não permanecendo em atitudes depressivas após a constatação do erro, antes se dispondo a seguir em frente, superando a situação infeliz e recuperando-se ao primeiro ensejo. Com essa atitude, a vida adquire um sabor agradável e as ocorrências passam a merecer a consideração produtiva, aquela que soma recursos que podem ser aplicados em favor do bem comum. É uma forma de superar os melindres e complexos de inferioridade, porque o adolescente dá-se conta do quanto éimportante a sua presença no mundo, pelo seu significado existencial, pelo que pode realizar e pelo próprio sentido de sua vida. Quando perdoa, despoja-se de ondas perturbadoras que lhe ameaçam a casa mental, ampliando a capacidade de amor sem exigência, porque percebe que todas as pessoas se equivocam e são credoras de entendimento, quanto ele próprio o é. Isso lhe proporciona uma empatia favorável à existência terrestre, que perde as marcas agressivas que lhe pareciam ameaçar, constatando a fragilidade humana, que lhe cumpre entender e auxiliar a fortificar-se.. É certamente uma lição preciosa para o seu desenvolvimento afetivo, emocional e social. Desde que todas as pessoas são dependentes umas das outras e cometem os mesmos erros com variação de escala e de gravidade, compreende o desafio que é viver com equilíbrio, intercambiando fraternidade, que constitui suporte de vitalidade. Ninguém que viaje pelo rumo da existência terrestre sem o apoio das amizades, sem o intercâmbio fraternal, que não tombe em terrível alienação. Dessa forma, o perdão, como fenômeno natural entre os indivíduos, fascina o jovem que desperta para a existência adulta, descobrindo que a vida 57 é enriquecedora e que errar é experiência perfeitamente natural, porém levantar-se do erro é compromisso que não pode ser adiado sob pretexto algum. No entanto, para que a pessoa reconsidere a atitude e se erga do deslize, é indispensável que lhe seja oferecida oportunidade, que se lhe distenda a mão amiga sem recriminação ou qualquer outra exigência. Somente assim a vida se torna digna de ser vivida com elevação. A aprendizagem do perdão pode ser comparada com a metodologia do ensino, aplicada no cotidiano. A pessoa que se dispõe a aprender qualquer coisa é levada a errar, no começo, repetir a tentativa até que as experiências se fixem no inconsciente e passem espontaneamente à consciência, de onde se irradiam para os hábitos. Assim, também, as conquistas morais, que são resultados de tentames ora com êxitos, ora com insucessos, O erro de um momento ensina como não mais se deve proceder, dessa maneira adquirindose o automatismo para agir com correção. Essa tarefa educadora é reflexo do perdão que se dá e do que se recebe. Ninguém, no mundo, que não necessite de oferecê-lo, tanto quanto de recebê- lo. Concedê-lo, porém, é sempre melhor, porque expressa enriquecimento interior e disposição de auxiliar-crescendo, enquanto consegui-lo traduz equívoco que poderia ser evitado. A aprendizagem, todavia, em qualquer circunstância, oferece valioso contributo para uma existência tranqüila. Todas as criaturas necessitam pensar profundamente no perdão. Quando alguém é ofendido, o seu agressor tomba em nível vibratório e a vítima prossegue no padrão em que se encontra. Se reage, devolvendo o insulto, a agressão, igualmente, desce à condição de inferioridade; se permanece em tranqüilidade, demora-se no mesmo patamar. Entretanto, quando perdoa, ascende e localiza-se emocional e psiquicamente em situação melhor do que o seu opositor. Não foi por outra razão que Jesus, como Psicoterapeuta Invulgar, proclamou a necessidade do perdão como condição de plenitude para o ser. O adolescente, descomprometido com ressentimentos anteriores, aberto às novas lições da vida, sempre encontrará, no ato de perdoar, uma forma de realizar-se, preenchendo os vazios do sentimento e superando as constrições de uma família-problema, um lar difícil, circunstâncias perturbadoras que passam a dar significado diferente à sua existência, liberando-o das reminiscências amargas e dos traumas que, por acaso, teimem por permanecer-lhe no ser. Essa atitude de perdoar é resultado também de exercícios. Ao analisar a situação do agressor, compreendendo que ele se encontra infeliz e exterioriza essa situação mediante a agressividade, torna mais fácil a atitude da desculpa, que se encoraja em olvidar a ofensa, perdoar sinceramente. Inicia-se nas pequenas conjunturas desagradáveis que vão sendo ultrapassadas sem vínculos de mágoas, na necessidade pessoal também de ser compreendido, e, portanto, perdoado, criando um clima de legítima fraternidade que permite ao outro ser aceito conforme se apresenta, entendendo-lhe as dificuldades de amadurecimento e de atitude, dessa forma ajudando-o sem impor-lhe percalços pelo caminho. O verdadeiro e compensador período da adolescência é aquele que guarda melhores recordações, responsáveis pela estruturação do caráter e da personalidade, devendo ser a fase na qual ocorrem as expressões de amadurecimento psicológico, superando a criança caprichosa que não sabe desculpar e abrindo campo para o desenvolvimento do indivíduo compassivo e 58 fraterno, que está disposto a contribuir com valiosos tesouros para a dignificação humana. Quando se ama, portanto, o perdão é um fenômeno natural, que se exterioriza como conseqüência da atitude aberta de aceitar o próximo na condição em que se apresenta, porém, exigir-se ser melhor cada dia, e mais nobre em cada oportunidade que surge.

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