Tema do mês: CRIAÇÃO DIVINA Data: 25 de março
17
Objetivo: Reconhecer que a essência divina
está presente em todo o universo.
Tema da aula: Providência Divina
Objetivo da aula: Uma
vez explorado na aula anterior o que é Deus, é hora de falar-lhes sobre
Providência Divina.
Evangelizador: Cleber Neuman
O homem, em seu orgulho e ignorância, mostra-se em sua
maioria impaciente ante os fatos da vida, da natureza, do atraso moral de seu
próximo. Muitas vezes, coloca-se em posição pessimista em relação ao mundo e
mostra com isto a pequena fé que possui. Aos mais abastados materialmente, o
conforto material ludibria seus objetivos e visão. A avareza é observada como
que se fosse uma parede em sua frente, mas ele não a vê. E também não consegue
observar além desta vida e que os bens materiais podem ser retirados por suas
ações e pela vontade de Deus ainda nesta vida, ou ainda serão deixados aqui na
Terra, após o desencarne deste ser.
Mudar o ambiente da sala: Para
concluir a aula com o dizer “Não sai a folha de uma árvore sem o consentimento
de Deus, coletar algumas folhas de árvores e espalhá-las pelo chão da sala.
Prece inicial: 03´
Incentivo
Inicial: 15´
Puxar o gancho da aula anterior – O que é Deus?
Refazer-lhes algumas das perguntas abaixo:
1. O que é Deus ?
2. Ele tem começou e fim ? Por
quê ?
3. Por que alguns duvidam da
Sua existência ?
4. Como sei que Ele existe ?
5. Por que não consigo vê-lo ?
6. Algo diferencia o Criador
das criaturas ? O que ?
7. E para você, no seu coração,
o que é Deus ?
8. Você sente que Ele existe ?
Como se relaciona com Ele ?
Depois de relembrado o que foi discutido na aula anterior, perguntar-lhes:
Pedimos algo a Deus? O que?
Desenvolvimento:35´ O que pedimos a Deus?
Deixar que eles discutam e se manifestem
Então, Pedir-lhes que escrevam em um pedaço de papel
o que eles gostariam de pedir a Deus agora que eles acreditam que seria bom
para suas vidas, sociedade, etc.
Pode ser qq coisa – Material ou não
Mostrar-lhes então o vídeo:
TOMA LÁ DA CÁ? (Humor e
Espiritismo)
https://www.youtube.com/watch?v=qX2EMHXOHVU
Para o que eles pediram no papel, quais seriam as
consequências
Explicar-lhes então sobre o tema da aula,
providência Divina.
O que é isto?
As coisas acontecem pela vontade de Deus. Cabe ao
homem conquistar os avanços através de seu trabalho e esforço
·
Boa aplicação de Riquezas
o
Aplicadas em prol do avanço material e moral dos
indivíduos e por consequências
·
Preservação da criação (Natureza, animais, plantas,
oceanos)
·
Praticando a caridade e amor ao próximo
·
Vencendo os desafios que a providência nos coloca
afim de evoluirmos materialmente e moralmente
o
Desafios cármicos (os quais nós mesmos criamos em
outras encarnações)
o
Desafios coletivos (criados pela Providência para
desenvolvimento do homem ou ainda aqueles próprios criados pelo homem, como
guerras, aonde seres são mortos por motivos vis e banais e depois há um reflexo
de recuperação e superação pelo próprio homem)
Nada vem fácil – A quem muito é dado, muito será
cobrado.
As coisas devem ser conquistadas pelo homem através
de seu trabalho. Ainda sim, depois do esforço do homem, algo apenas acontecerá
por vontade de Deus. E também apenas o que nos é permitido pelo grau de
evolução atual.
Questionamos muitas vezes o porque não recebemos o
que pedimos... Nos achamos merecedores de mais coisas – Com isto, estamos
questionando a Providência Divina?
Qual imperfeição moral nos leva a crer que somos
mais inteligentes que Deus, quando não aceitamos o que a vida nos impõe? Não confundir resiliência com comodismo.
è Contar para
eles sobre minha experiência em realizar o casamento de um amigo
o
O que falei a respeito do casamento
§ Momentos de
amor mantêm a união
§ Momentos de
dificuldade fortalecem a união
è Contar-lhes
sobre uma palestra que assisti em um Centro Esprírita, há vários anos atrás
o
A história de vida de um sujeito, que tinha
conseguido bens materiais com seu trabalho.
o
Tudo estava cômodo como estava. Até se sentia um
pouco acima dos outros
§ Sua esposa
perdeu ao menos duas gravidezes
§ Ele faliu
com sua empresa, de repente não tinha mais dinheiro para suas necessidades mais
básicas.
§ Descobriu
que tinha câncer. Fez vários procedimentos cirúrgicos
§ Depois de
anos, ficou curado. O médico lhe disse que se ele podia atribuir a alguém o
porque foi curado de um câncer tão agressivo, que ele relacionasse isso ao Deus
que tanto ele pregava no Centro Espírita.
è Quantas
situações conhecemos perto de nós, em nossa família, de coisas boas e desafios
(também bons se assim os considerarmos)
Conclusão: Observação do ambiente e reflexão 5´
Pedir que
eles observem as folhas no chão -> Dar-lhes um minuto para refletirem o
porque elas estão lá e o que simbolizam na aula de hoje.
Fazer-lhes
chegarem à conclusão: “Não cai uma única folha de árvore sem a vontade de Deus”
Mostrando-lhes
assim que a Providência Diniva está nas menores coisas. Pois se Deus está em
tudo e em todos os lugares, ele assim influência e tem o conhecimento de tudo.
Prece final
Bibliografia
Livros: O livro dos espíritos Cap.I e II, A
Gênese CAPÍTULO II DEUS
Vídeo
aula:
https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/899/revista-espirita-jornal-de-estudos-psicologicos-1865/5835/setembro/um-egoista
Pergunta. ─ Nosso caro guia poderia dizer-nos se não lhe serão levados em conta
outros defeitos de que se corrigiu por força do Espiritismo e se sua situação
não se abrandou?
Resposta. ─ Sem nenhuma dúvida, essa melhora lhe é levada em conta, pois nada escapa ao olhar perscrutador da divina providência. Mas eis de que maneira cada boa ou má ação tem suas consequências naturais, inevitáveis, segundo estas palavras do Cristo: A cada um segundo as suas obras. Aquele que se corrigiu de algumas falhas se poupa da punição que as mesmas teriam acarretado, e recebe, ao contrário, o prêmio das qualidades que as substituíram, mas não pode escapar às consequências dos defeitos que persistem. Assim, ele não é punido senão na proporção e segundo a gravidade destes últimos. Quanto menos defeitos tiver, melhor sua posição. Uma qualidade não resgata um defeito; ela diminui o número destes e, por conseguinte, a soma das punições.
Aqueles que são corrigidos logo de início são os mais fáceis de extirpar e o mais difícil de desfazer-se é o egoísmo. As pessoas julgam ter feito muito porque moderaram a violência do caráter, se resignaram à sua sorte ou se desfizeram de alguns maus hábitos. Sem dúvida é algo que lhes beneficia, mas não impede de pagarem o tributo de depuração pelo resto.
Resposta. ─ Sem nenhuma dúvida, essa melhora lhe é levada em conta, pois nada escapa ao olhar perscrutador da divina providência. Mas eis de que maneira cada boa ou má ação tem suas consequências naturais, inevitáveis, segundo estas palavras do Cristo: A cada um segundo as suas obras. Aquele que se corrigiu de algumas falhas se poupa da punição que as mesmas teriam acarretado, e recebe, ao contrário, o prêmio das qualidades que as substituíram, mas não pode escapar às consequências dos defeitos que persistem. Assim, ele não é punido senão na proporção e segundo a gravidade destes últimos. Quanto menos defeitos tiver, melhor sua posição. Uma qualidade não resgata um defeito; ela diminui o número destes e, por conseguinte, a soma das punições.
Aqueles que são corrigidos logo de início são os mais fáceis de extirpar e o mais difícil de desfazer-se é o egoísmo. As pessoas julgam ter feito muito porque moderaram a violência do caráter, se resignaram à sua sorte ou se desfizeram de alguns maus hábitos. Sem dúvida é algo que lhes beneficia, mas não impede de pagarem o tributo de depuração pelo resto.
20. A providência
é a solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo
vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação
providencial.
“Como pode Deus,
tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores
ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada
indivíduo?” Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo
por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua
ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de
toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha
submetida na esfera de suas atividades, sem que haja mister a intervenção
incessante da Providência.
21. No estado de
inferioridade em que ainda se encontram, só muito dificilmente podem os homens
compreender que Deus seja infinito. Vendo-se limitados e circunscritos, eles o
imaginam também circunscrito e limitado. Imaginando-o circunscrito, figuram-no quais
eles são, à imagem e semelhança deles. Os quadros em que o vemos com traços
humanos não contribuem pouco para entreter esse erro no espírito das massas,
que nele adoram mais a forma que o pensamento. Para a maioria, é ele um
soberano poderoso, sentado num trono inacessível e perdido na imensidade dos
céus. Tendo restritas suas faculdades e percepções, não compreendem que Deus
possa e se digne de intervir diretamente nas pequeninas coisas.
22. Impotente para
compreender a essência mesma da Divindade, o homem não pode fazer dela mais do
que uma idéia aproximativa, mediante comparações necessariamente muito
imperfeitas, mas que, ao menos, servem para lhe mostrar a possibilidade daquilo
que, à primeira vista, lhe parece impossível.
Suponhamos um
fluido bastante sutil para penetrar todos os corpos. Sendo ininteligente, esse
fluido atua mecanicamente, por meio tão-só das forças materiais. Se, porém, o
supusermos dotado de inteligência, de faculdades perceptivas e sensitivas, ele
já não atuará às cegas, mas com discernimento, com vontade e liberdade: verá,
ouvirá e sentirá.
23. As
propriedades do fluido perispirítico dão-nos disso uma idéia. Ele não é de si
mesmo inteligente, pois que é matéria, mas serve de veículo ao pensamento, às
sensações e percepções do Espírito. Esse fluido não é o pensamento do Espírito;
é, porém, o agente e o intermediário desse pensamento. Sendo quem o transmite,
fica, de certo modo, impregnado do pensamento transmitido. Na impossibilidade
em que nos achamos de o isolar, a nós nos parece que ele, o pensamento, faz
corro com o fluido, que com este se confunde, como sucede com o som e o ar, de
maneira que podemos, a bem dizer, materializá-lo. Assim como dizemos que o ar
se torna sonoro, poderíamos, tomando o efeito pela causa, dizer que o fluido se
torna inteligente.
24. Seja ou não
assim no que concerne ao pensamento de Deus, isto é, quer o pensamento de Deus
atue diretamente, quer por intermédio de um fluido, para facilitarmos a
compreensão à nossa inteligência, figuremo-lo sob a forma concreta de um fluido
inteligente que enche o universo infinito e penetra todas as partes da criação:
a Natureza inteira mergulhada no fluido divino. Ora, em virtude do princípio de
que as partes de um todo são da mesma natureza e têm as mesmas propriedades que
ele, cada átomo desse fluido, se assim nos podemos exprimir, possuindo o
pensamento, isto é, os atributos essenciais da Divindade e estando o mesmo
fluido em toda parte, tudo está submetido à sua ação inteligente, à sua
previdência, à sua solicitude. Nenhum ser haverá, por mais ínfimo que o
suponhamos, que não esteja saturado dele. Achamo-nos então, constantemente, em
presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar;
o nosso pensamento está em contacto ininterrupto com o seu pensamento, havendo,
pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso
coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a
sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da
imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o
espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao
nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os nossos pensamentos são
como os sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar ambiente.
25. Longe de nós a
idéia de materializar a Divindade. A imagem de um fluido inteligente universal
evidentemente não passa de uma comparação apropriada a dar de Deus uma idéia
mais exata do que os quadros que o apresentam debaixo de uma figura humana.
Destina-se ela a fazer compreensível a possibilidade que tem Deus de estar em
toda parte e de se ocupar com todas as coisas.
26. Temos
constantemente sob as vistas um exemplo que nos permite fazer idéia do modo por
que talvez se exerça a ação de Deus sobre as partes mais íntimas de todos os
seres e, conseguintemente, do modo por que lhe chegam as mais sutis impressões
de nossa alma. Esse exemplo tiramo-lo de certa instrução que a tal respeito deu
um Espírito.
27. “O homem é um
pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. Nesse
universo, o corpo representará uma criação cujo Deus seria o Espírito.
(Compreendei bem que aqui há uma simples questão de analogia e não de
identidade.) Os membros desse corpo, os diferentes órgãos que o compõem, os
músculos, os nervos, as articulações são outras tantas individualidades
materiais, se assim se pode dizer, localizadas em pontos especiais do referido
corpo. Se bem seja considerável o número de suas partes constitutivas, de
natureza tão variada e diferente, a ninguém é lícito supor que se possam
produzir movimentos, ou uma impressão em qualquer lugar, sem que o Espírito
tenha consciência do que ocorra. Há sensações diversas em muitos lugares
simultaneamente? O Espírito as sente todas, distingue, analisa, assina a cada
uma a causa determinante e o ponto em que se produziu, tudo por meio do fluido
perispirítico.
“Análogo fenômeno
ocorre entre Deus e a criação. Deus está em toda parte, na Natureza, como o
Espírito está em toda parte, no corpo. Todos os elementos da criação se acham
em relação constante com ele, como todas as células do corpo humano se acham em
contacto imediato com o ser espiritual. Não há, pois, razão para que fenômenos
da mesma ordem não se produzam de maneira idêntica, num e noutro caso.
“Um membro se
agita: o Espírito o sente; uma criatura pensa: Deus o sabe. Todos os membros
estão em movimento, os diferentes órgãos estão a vibrar; o Espírito ressente
todas as manifestações, as distingue e localiza. As diferentes criações, as
diferentes criaturas se agitam, pensam, agem diversamente: Deus sabe o que se
passa e assina a cada um o que lhe diz respeito.
“Daí se pode
igualmente deduzir a solidariedade da matéria e da inteligência, a
solidariedade entre si de todos os seres de um mundo, a de todos os mundos e,
por fim, de todas as criações com o Criador.” (Quinemant, Sociedade de Paris,
1867.)
28. Compreendemos
o efeito: já é muito. Do efeito remontamos à causa e julgamos da sua grandeza
pela do efeito. Escapa-nos, porém, a sua essência íntima, como a da causa de
uma imensidade de fenômenos. Conhecemos os efeitos da eletricidade, do calor,
da luz, da gravitação; calculamo-los e, entretanto, ignoramos a natureza íntima
do princípio que os produz. Será então racional neguemos o princípio divino,
por que não o compreendemos?
29. Nada obsta a
que se admita, para o princípio da soberana inteligência, um centro de ação, um
foco principal a irradiar incessantemente, inundando o Universo com seus
eflúvios, como o Sol com a sua luz. Mas onde esse foco? É o que ninguém pode
dizer. Provavelmente, não se acha fixado em determinado ponto, como não o está
a sua ação, sendo também provável que percorra constantemente as regiões do
espaço sem-fim. Se simples Espíritos têm o dom da ubiqüidade, em Deus há de ser
sem limites essa faculdade. Enchendo Deus o Universo, poder-se-ia ainda
admitir, a título de hipótese, que esse foco não precisa transportar-se, por se
formar em todas as partes onde a soberana vontade julga conveniente que ele se
produza, donde o poder dizer-se que está em toda parte e em parte nenhuma.
30. Diante desses
problemas insondáveis, cumpre que a nossa razão se humilhe. Deus existe: disso
não poderemos duvidar. É infinitamente justo e bom: essa a sua essência. A tudo
se estende a sua solicitude: compreendemo-lo. Só o nosso bem, portanto, pode
ele querer, donde se segue que devemos confiar nele: é o essencial. Quanto ao
mais, esperemos que nos tenhamos tornado dignos de o compreender.
Nenhum comentário:
Postar um comentário