Tema do mês: QUEM SOU EU ? Objetivos de vida, sonhos e dificuldades Data: 24 fev 18
Objetivo: integração social e afetiva com o mundo em que o adolescente vive.
Tema da aula: Eu enquanto espírito
Objetivo da aula: reconhecimento
de ser espírito eterno, fortalecer as potencialidades latentes capazes de
transformar vicissitudes em virtudes, bem como a fé em si mesmo, na vida e em
Deus.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto
“… tudo se encadeia na natureza, desde o átomo
primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo”. Q540 –L.E.
“O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro
ao último, tendes, no fundo do coração, esse fogo sagrado” – Fenelon E.S.E.
A proposta da aula é acessar
mais os sentimentos do que focar em formar conhecimento; haja vista bastar
neste momento saber que somos seres criados por Deus na célula mais primitiva
para atingir a perfeição. Portanto, pretendo tocar corações e mentes para que
de coração fortalecido na fé de que um dia seremos “anjos” (assim o espírito
mais perfeito que esteve entre nós, Jesus, afirmou que se seguíssemos suas
recomendações, faríamos o que Ele fez e muito mais), na condição de cocriadores
da nossas existência, poderemos de coração aberto ao Pai se aproximar dele,
sentir sua presença na nossa vida nas mais diversas manifestações cotidianas,
entregar nosso coração e confiar que se estiver seguindo os passos do bem, tudo
caminhará a meu favor. E mesmo que minhas opções dificultem minha trajetória,
sempre terei a possibilidade de me corrigir, aprender e recomeçar.
Utilizaremos desenhos à mão
livre e música como instrumento de sensibilização ao longo da aula.
Material a utilizar:
Papel sulfite, lápis de cor, caixa de som.
Prece inicial: 03´
Incentivo
Inicial: 5´ Quem é você
?
Iniciar a
aula pegando o gancho das três anteriores para retomar o tema do quem sou eu
nas diversas formas e ambientes discutidos.
ü Quem é você? E diante da
resposta deles, perguntar: isto é o suficiente para te conhecer?
Desenvolvimento: 30´ Meu
autorretrato visto de dentro
Distribuir
uma folha sulfite para cada um, dispor os lápis de cor para eles usarem à vontade.
Nós vamos nos comunicar de
maneira diferente, vamos usar a nossa potência espiritual chamada MENTE e daí
vamos deixar a nossa mente funcionar e vamos desenhar aquilo que gostaríamos de
falar.
A proposta é fazer um autorretrato conforme minhas
perguntas. Preparados???
ü Que
espírito é você?
ü Qual
a sua forma, seu tom, sua densidade?
ü Qual
sua sintonia?
ü Qual
sua memória?
ü Qual
sua potência?
Que tal
falar de nós usando os desenhos?
ð
Espírito:
resultado do ser que passou pelos reinos mineral, vegetal, animal e agora humano.
ð
Forma,
tom, densidade e sintonia: ligar aos sentimentos, vibrações que estou em
contato, minhas escolhas diárias sobre tudo que está ao meu redor
ð
Memória:
acesso limitado enquanto ser encarnado, mas enquanto espírito eterno, acesso
sentimentos, conhecimento.
ð Potência: lembra de Jesus? Vós
sois deuses, depende de nós!
Após conversar sobre cada
pergunta, concluir na lousa com uma frase da música “Sou um espírito”
Sou Um Espírito - Denis Soares
A
tentativa de no mundo eu me entender
É mais
segura se mais longe eu enxergar
Se eu
buscar com acuidade perceber que eu não sou só isso aqui
Há
muito por trás das cortinas, desse véu que me explica, me define bem melhor
E eu
não me culpo se não sou como pensei, pois sou obra da ação de Deus
Sou um
espírito que anda pelo universo a procurar
O Pai
me deu a vida pra eu me melhorar
Sou um
espírito e sempre busco aprender, me educar
Agradeço
porque existo, por poder lutar nessa trilha que me eleva, que me faz poder amar
Conclusão: 10´”O Pai me deu a vida para eu me melhorar”
Após
identificarmos a maravilhosa aventura de ser um espírito eterno em constante
aprendizado e caminhando rumo à luz, ao amor e à perfeição de acordo com o
nosso tempo e vontade; podemos afirmar que realmente o poder está em nossas
mãos de transformar nossas vidas em felicidade possível ?
Somos
cocriadores? Somos deuses? Somos potência de luz, de saúde, de alegria, de
amizade, de paciência, de coragem, de carinho?
Então,
vamos nos embalar ao som do violão do tio Cléber e cantarolar vibrando gratidão
à mais uma oportunidade linda desta vida?
Semente do Amanhã - Gonzaguinha
Ontem um
menino que brincava me falou que hoje é
semente do amanhã...
Para não
ter medo que este tempo vai passar...
Não se
desespere não, nem pare de sonhar
Nunca se
entregue, nasça sempre com as manhãs...
Deixe a luz
do sol brilhar no céu do seu olhar!
Fé na vida
Fé no homem, fé no que virá!
Nós podemos
tudo
Nós podemos
mais
Vamos lá
fazer o que será
Prece final
Bibliografia
O livro dos espíritos – capítulo II
ESE – Cap.11 - Amai ao próximo como a ti mesmo, Cap.
17 Sede perfeitos
Músicas: Sou um espírito – Denis Soares, Semente do Amanhã - Gonzaguinha
I – A Lei do Amor: Lázaro, Paris 1862
8 –
O amor resume toda a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e
os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No
seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só
tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o amor é o
requinte do sentimento. Não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol
interior, que reúne e condensa em seu foco ardente todas as aspirações e todas
as revelações sobre-humanas. A lei do amor substitui a personalidade pela fusão
dos seres e extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, sobrelevando-se à
humanidade, ama com imenso amor os seus irmãos em sofrimento! Feliz aquele que
ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são
leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou
essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios
de esperança, desceram ao circo.
O
Espiritismo, por sua vez, vem pronunciar a segunda palavra do alfabeto divino.
Ficai atentos, porque essa palavra levanta a lápide dos túmulos vazios, e
a reencarnação, vencendo a morte, revela
ao homem deslumbrado o seu patrimônio intelectual. Mas já não é mais aos
suplícios que ela conduz, e sim à conquista do seu ser, elevado e
transfigurado. O sangue resgatou o Espírito, e o Espírito deve agora resgatar o
homem da matéria.
Disse
que o homem, no seu início, tem apenas instintos. Aquele, pois, em que os
instintos dominam, está mais próximo do ponto de partida que do alvo.
Para avançar em direção ao alvo, é necessário vencer os instintos a favor dos
sentimentos, ou seja, aperfeiçoar a estes, sufocando os germes latentes da
matéria. Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem
consigo o progresso, como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados
são os que, libertando-se lentamente de sua crisálida, permanecem subjugados
pelos instintos.
O
Espírito deve ser cultivado como um campo. Toda a riqueza futura depende
do trabalho atual. E mais que os bens terrenos, ele vos conduzirá à gloriosa
elevação. Será então que, compreendendo a lei do amor, que une a todos os
seres, nela buscareis os suaves prazeres da alma, que são o prelúdio das
alegrias celestes
*
FÉNELON Bordeaux, 1861
9 – O amor é de essência
divina. Desde o mais elevado até o mais humilde, todos vós possuís, no fundo do
coração, a centelha desse fogo sagrado. É um fato que tendes podido constatar
muitas vezes: o homem mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser
ou um objeto qualquer uma afeição viva e ardente, à prova de todas as
vicissitudes, atingindo freqüentemente alturas sublimes.
Disse
por um ser ou um objeto qualquer, porque existem, entre vós, indivíduos que
dispensam tesouros de amor, que lhes transbordam do coração, aos animais, às
plantas, e até mesmo aos objetos materiais. Espécies de misantropos a se
lamentarem da humanidade em geral, resistem à tendência natural da alma, que
busca em seu redor afeição e simpatia. Rebaixam a lei do amor à condição do
instinto. Mas, façam o que quiserem, não conseguirão sufocar o germe vivaz que
Deus depositou em seus corações, no ato da criação. Esse germe se desenvolve e
cresce com a moralidade e a inteligência, e embora freqüentemente comprimido
pelo egoísmo, é a fonte das santas e doces virtudes que constituem as afeições
sinceras e duradouras que vos ajudam a transpor a rota escarpada e árida da
existência humana.
Há
algumas pessoas a quem repugna a prova da reencarnação, pela idéia de que
outros participarão das simpatias afetivas de que são ciosas. Pobres irmãos! O
vosso afeto vos torna egoísta. Vosso amor se restringe a um círculo estreito de
parentes ou de amigos, e todos os demais vos são indiferentes. Pois bem: para
praticar a lei do amor, como Deus a quer, é necessário que chegueis a amar,
pouco a pouco, e indistintamente, a todos os vossos irmãos. A tarefa é longa e
difícil, mas será realizada. Deus o quer, e a lei do amor é o primeiro e o
mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que deve um dia
matar o egoísmo, sob qualquer aspecto em que se apresente, pois além do egoísmo
pessoal, há ainda o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Jesus
disse: “Amai ao vosso próximo como a vós mesmos”; ora, qual é o limite do
próximo? Será a família, a seita, a nação? Não: é toda a humanidade! Nos mundos
superiores, é o amor recíproco que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados
que os habitam. E o vosso planeta, destinado a um progresso que se aproxima,
para a sua transformação social, verá seus habitantes praticarem essa lei
sublime, reflexo da própria Divindade.
Os
efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a
felicidade durante a vida terrena. Os mais rebeldes e os mais viciosos
deverão reformar-se, quando presenciarem os benefícios produzidos pela prática
deste princípio: “Não façais aos outros os que não quereis que os outros vos
façam, mas fazei, pelo contrário, todo o bem que puderdes”.
Não
acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano, que cederá,
mesmo de malgrado, ao verdadeiro amor. Este é um imã a que ele não poderá
resistir, e o seu contato vivifica e fecunda os germes dessa virtude, que estão
latentes em vossos corações. A Terra, morada de exílio e de provas, será
então purificada por esse fogo sagrado, e nela se praticarão a caridade, a
humildade, a paciência, a abnegação, a resignação, o sacrifício, todas essas
virtudes filhas do amor. Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de
João Evangelista. Sabeis que, quando a doença e a velhice interrompem o curso
de suas pregações, ele repetia apenas estas doces palavras: “Meus filhinhos,
amai-vos uns aos outros!”.
Queridos
irmãos, utilizai com proveito essas lições: sua prática é difícil, mas
delas retira a alma imenso benefício. Crede-me, fazei o sublime esforço que vos
peço: “Amai-vos”, e vereis, muito em breve, a Terra modificada tornar-se um
novo Eliseu, em que as almas dos justos virão gozar o merecido repouso.
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