Tema do mês: CRIAÇÃO DIVINA
Data: 16 março 18
Objetivo: Reconhecer que a essência divina está presente em todo o universo.
Tema da aula: Providência divina
Objetivo da
aula: identificar a manifestação providencial de
Deus em tudo e despertar a necessidade de estabelecer um elo com Deus para
sentir-se parte da criação, um ser amado, respeitado e capaz de usar o livre
arbítrio para progresso e felicidade.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto
“A
providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas, a ação
providencial se manifesta porque [...] Deus
está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais
insignificantes
[...]. Allan Kardec: A gênese, cap. 2, item 20.
A proposta da aula é acender a
chama de Deus em nós, no Deus do nosso coração, no Pai que nos ama
infinitamente e que tudo provê para que nós sejamos os protagonistas das nossas
vidas e do nosso progresso.
É fundamental desfazer os mitos
de que Deus fica jogando dados e reagindo diante das nossas atitudes; que
estamos pré destinados a sofrer, “pagar” por males causados, condenados até o
fim. Também pretendo desconstruir a forma antropomórfica de Deus sobre sua
existência e sentimentos, Ele não age, não sente, não vibra como seres imaturos
e embrionários que somos. Ele não é previsível, Ele é absoluto, é todo amor,
sabedoria, bondade, inteligência e supremacia das virtudes!
Para facilitar a compreensão,
vou utilizar frases de domínio popular para descontruir as abordagens supracitadas
e depois desenvolver tanto a racionalidade como o sentimento de que Deus tudo
provê, prevê e vê para a harmonia, evolução e felicidade do todo.
Para concluir, vamos desenhar
ou construir algo que simbolize a conexão com o Deus que habita em cada um.
Material a utilizar:
Papel sulfite, lápis de cor, caixa de som.
Prece inicial: 03´
Incentivo
Inicial: 5´ A voz do
povo é a voz de Deus mesmo?
Será que a
voz do povo é mesmo a voz de Deus? Você concorda com estas frases?
“Deus
tarda, mas não falha” e “Deus escreve certo por linhas tortas”
Desenvolvimento: 30´ E Deus
com isto???
Uma vez
lançada a provocação sobre a sabedoria incomensurável de Deus, vamos construir
juntos nossa compreensão e sentimentos sobre como Deus tudo provê, utilizando
como ferramenta elucidativa as frases de Kardec, Emmanuel e León Denis.
Vou lançar
esta frase de Kardec na sala para iniciar o assunto:
Y “Como pode Deus, tão grande,
tão poderoso, tão superior a tudo, intrometer-se em pormenores sem importância,
preocupar-se com os menores atos da nossa vida e com os mais ínfimos
pensamentos de cada indivíduo? ” Kardec
Diante
desta frase, despertar a
chama do
sentimento de amor que
Deus, nosso Pai
soberanamente Bom e justo, tem por cada criatura e tentar desenvolver esta conexão com a vida de
forma individual, universal e com o Deus que habita em nós.
Deus
conhece nossas necessidades, nossos sonhos, medos, valores, sentimentos, nossas
potencialidades de vir a ser melhor e perfectível. Mas exatamente por Ele ser
Deus, criou as Leis da Liberdade e Progresso e nos dá o direito de fazer
escolhas, agir conforme nossa vontade e evoluir por mérito próprio. Muitas
vezes “brigamos” com Deus e ficamos tristes, chateados, magoados porque aquilo
que tanto queremos não acontece ou “demora” para acontecer; talvez possamos
compreender em algum momento desta vida que existia um motivo especial para
atingirmos ou não aquele objetivo. Na maioria das vezes somos protegidos do
nosso próprio querer “torto” ou inadequado.
Portanto,
cabe a nós a conexão mental, espiritual, de coração, mente a mente com Ele que
vai nos ajudar no nosso processo de autodesenvolvimento e progresso dia a dia,
com fé, perseverança, humildade e coragem de vir a ser melhor. Através de
renovação de sentimentos conosco mesmo, com nossos pais, irmãos, familiares e
amigos, na escola, na sociedade; vivendo um dia de cada vez, confiando sempre
que tudo acontece em meu favor nas mais pequenas e singelas atitudes,
atividades de cada dia. Lembremos que Deus está em tudo!
Y “A providência é a
solicitude de Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê,
a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação
providencial” Kardec
Y “A providência divina é o
farol aceso no meio da noite, para a salvação dos que erram sobre o mar
tempestuoso da vida. ” Leon Denis
Y “ A alma, aqui ou alhures,
receberá sempre de acordo com o trabalho da edificação de si mesma. É o próprio
espírito que inventa o seu inferno ou cria as belezas do seu céu”. Emmanuel
Conclusão: 10´Eu tenho um IP com Deus e você?
Para
concluir a aula, lançar esta reflexão para que eles possam demonstrar através
de um desenho, uma frase ou música, seu IP com Deus. Lembrá-los que enquanto
nós em plena era da modernidade somos localizados pelos aparelhos de
smartphone, GPS, Google pelo código identificador; David, à sua época antes de
Jesus, descobriu que Deus sabia da sua existência e compôs um salmo que era
como uma prece para relembrá-lo todos os dias da sua vida, Salmo 139 que estará
fixado na parede.
Enquanto
eles refletem, colocar a música “Assim seja” de fundo, bem baixinho.
Encerrar
a aula pedindo para alguém ler a letra da música e utilizá-la como prece de
encerramento.
Assim Seja
(Gladstone Lage e Tim)
Senhor,
esta noite eu não te peço o tempo de fazer isto ou de fazer aquilo.
Apenas te
peço a graça de fazer, conscienciosamente, o que queres que eu faça."
Seja na
Terra como é no Céu
Feita a
Vossa vontade sem acusador, nem réu
Só justiça
em claridade
Se és por nós, quem será contra
nós?
A toda
criatura Deus chama pelo nome
Pra
despertar o ser e ser um anjo-homem
Não existem
potestades, não existem mal algum que nos possa apartar
do amor de Deus
És pai e
nosso, de todos nós
Bendito
sejas que ouviu nossa voz
Hosana!
Aleluia! Oh-um assim seja! Oh-um, amém!
Prece final
Bibliografia
Curso Estudo aprofundado da Doutrina Espírita. Livro IV - Espiritismo, o Consolador
Prometido por Jesus. Módulo I, Roteiro 2: A providência divina
Livro O que é o espiritismo, pergunta 134
Música: Assim seja – Gladstone Lage e Tim
Vídeo aula: FEB ESDE A providência divina https://youtu.be/0Ak2-R6KGNA
Momento espírita FEP: A providência divina
Curso Estudo aprofundado da Doutrina Espírita.
Livro IV - Espiritismo, o Consolador Prometido por Jesus.
Módulo I, Roteiro 2: A providência
divina
Tendo como
base o princípio de que a providência é a “solicitude de Deus para com as suas
criaturas”, a ação providencial se manifesta porque [...] Deus
está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais
insignificantes [...]. Allan Kardec: A gênese,
cap. 2, item 20.
• O
Espiritismo explica que [...] quer o pensamento de Deus atue
diretamente, quer por
intermédio de um fluido, representemo-lo, para facilitar a nossa
compreensão, sob a forma concreta de um fluido inteligente preenchendo o
Universo infinito, e penetrando todas as partes da Criação: a Natureza inteira mergulhada no
fluido divino. Ora, em virtude do princípio de que as partes de um todo
são da mesma natureza e têm as mesmas propriedades que ele, cada áLIVRO desse
fluido, se assim nos podemos exprimir, possuindo o pensamento, isto é, os
atributos essenciais da Divindade e estando o mesmo fluido em toda parte, tudo está submetido à sua ação
inteligente, à sua previdência, à sua solicitude. Não haverá nenhum ser,
por mais ínfimo que o suponhamos, que de algum modo não esteja saturado dele.
Allan Kardec: A gênese, cap. 2, item 24.
Com o
advento do Consolador prometido por Jesus, a compreensão a respeito da divindade
ganha uma nova dimensão, visto que o Espiritismo vem nos revelar que a ação
divina se manifesta por meio da aplicação de
leis
naturais e imutáveis, criadas por Deus. A ação do Criador na criação é o que
chamamos de providência divina, conforme nos esclarece Kardec, em A Gênese: “A providência é a solicitude de
Deus para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às
coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial. [...].” (1)
Perante o simbolismo e poesia de Léon Dennis, a
providência divina: [...] “é o Espírito superior, é o anjo velando sobre o infortúnio, é o consolador invisível,
cujas inspirações reaquecem
o coração gelado pelo desespero, cujos fluidos vivificantes sustentam o
viajor prostrado pela fadiga; é o farol aceso no meio da noite, para a salvação dos que erram
sobre o mar tempestuoso da vida. [...].” (2)
A respeito, assevera Emmanuel: (3)
São tão grandes as expressões da Misericórdia Divina que nos cercam o
espírito, em qualquer plano da vida, que basta um olhar à natureza física ou invisível,
para sentirmos, em
torno de nós, uma aluvião
de graças. O favor divino, porém, como o homem pretende receber no seu
antropomorfismo, não se
observa no caminho da vida, pois Deus não pode assemelhar-se a um monarca humano,
cheio de preferências pessoais ou subornado por motivos de ordem inferior. A alma, aqui ou alhures, receberá sempre de acordo com o
trabalho da edificação de si mesma. É o próprio espírito que inventa o seu inferno ou cria as belezas do seu céu. E tal seja o
seu procedimento, acelerando o processo de evolução pelo esforço próprio,
poderá Deus dispensar na Lei, em seu favor, pois a Lei é uma só e Deus o seu
Juiz Supremo e Eterno.
1. A ação
da providência divina
Para entender
aos mecanismos de ação da providência divina é preciso ter alguma compreensão
das leis que regem os fluidos, os tipos e frequências das vibrações
energéticas, pois são estes elementos materiais que servem de veiculo à
manifestação da vontade do Criador, e de todos os Espíritos, ainda que em escala
bem reduzida. Assim, Kardec faz a seguinte reflexão: (1)
“Como pode Deus, tão grande, tão poderoso,
tão superior a tudo, intrometer-se em pormenores sem importância, preocupar-se
com os menores atos da nossa vida e com os mais ínfimos pensamentos de cada
indivíduo?”
Tal a
interrogação que o incrédulo dirige a si mesmo, concluindo por dizer que,
admitida a existência de Deus, só se pode aceitar, quanto à sua ação, que ela
se exerça sobre as leis gerais do Universo; que o Universo funcione de toda a
eternidade, em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na
esfera de suas atividades, sem
que seja preciso a intervenção incessante da Providência.
Ainda que
os fluidos e energias sirvam de manifestação da ação providencial, não são
dotados de inteligência, por mais poderosos que sejam, mesmo em se tratando dos
fluidos etéreos ou de vibrações sutilíssimas. Para melhor entender o assunto, o
Codificador recorda como se expressam a propriedades do perispírito, já
conhecidas pelos espíritas:
As propriedades do fluido perispirítico dão-nos disso uma ideia. Ele
não é inteligente de si mesmo porque é matéria, mas serve de veículo ao
pensamento, às sensações e percepções do Espírito. O fluido perispiritual
não é o pensamento do Espírito, mas o agente e o intermediário desse
pensamento. Sendo ele quem o transmite, fica, de certo modo, impregnado do
pensamento transmitido. [...]. (4)
Neste
sentido, o fluido que serve de veículo à ação mental simula algum efeito
inteligente (apenas simula!), uma vez que está impregnado de elementos inteligentes
oriundos da mente emissora.
Seja ou não assim no que respeita ao pensamento de
Deus, isto é, quer o pensamento de Deus atue diretamente, quer por intermédio
de um fluido, representemo-lo, para facilitar a compreensão, sob a forma
concreta de um fluido inteligente preenchendo o Universo infinito e penetrando
todas as partes da Criação: a Natureza inteira mergulhada no fluido divino.
Ora, em virtude do princípio de que as partes de um todo são da mesma natureza e
têm as mesmas propriedades que ele, cada áLIVRO desse fluido, se assim nos
podemos exprimir, possuindo o pensamento, isto é, os atributos essenciais da
Divindade e estando o mesmo fluido em toda parte, tudo está submetido à sua
ação inteligente, à sua previdência, à sua solicitude. Não haverá nenhum ser,
por mais ínfimo que o suponhamos, que de algum modo não esteja saturado dele.
Achamo-nos assim, constantemente, em presença da Divindade; não lhe podemos
subtrair ao olhar nenhuma de nossas ações; o nosso pensamento está em contato
incessante com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê
os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos
nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo. [...]. (5)
Fica,
pois, evidente a forma como age a providência
divina, utiliza os elementos materiais (fluídicos e energéticos) existentes na Natureza para se manifestar.
Para estender a sua solicitude a todas as
criaturas, Deus não precisa lançar o olhar do Alto
da imensidade. Para que as nossas preces sejam ouvidas, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com
voz retumbante, porque, estando Deus
continuamente ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele. Os nossos pensamentos são como os
sons de um sino, que fazem vibrar todas as moléculas do ar ambiente (6)
Essas
explicações são tanto mais esclarecedoras quanto maior for o nosso entendimento
a respeito de Deus. Se o entendimento que temos de Deus ainda é o de natureza
antropomórfica, dificilmente
iremos compreender como acontece a providência divina. É preciso, por outro lado, agir com humildade e,
também coragem para
rever a concepção
que, usualmente, temos de
Deus, escapando das armadilhas das opiniões pessoais, dos dogmas
fornecidos pelas religiões ou conclusões filosóficas apressadas, as quais se
restringem, em geral, a meros palpites, destituídos de cunho filosófico ou
embasamento religioso mais aprofundado.
No estado de inferioridade em que ainda se encontram,
só com muita dificilmente podem os homens compreender que Deus seja infinito,
visto que, sendo eles mesmos limitados e circunscritos, imaginam também que
Deus seja circunscrito e limitado, figurando-o à imagem e semelhança deles.
[...] Para a maioria, Ele
é um soberano poderoso, sentado num trono inacessível e perdido na imensidade
dos céus. Como suas faculdades e percepções são limitadas, não
compreendem que Deus possa ou se digne de intervir diretamente nas pequeninas
coisas. (7)
Há,
contudo, um fato concreto que não podemos ignorar: a providência divina existe
e somos dela beneficiários, cotidianamente, no plano físico e no espiritual.
Eis o que Emmanuel tem a dizer: (8)
Seja onde for, recorda que Deus está sempre em nós
e agindo por nós. Para assegurarnos, quanto a isso, bastar-nos-á a prática da oração, mesmo
ligeira ou inarticulada, que desenvolverá em nós outros a convicção da presença
divina, em todas as faixas da existência.
Certamente, a prece não se fará seguida de demonstrações espetaculares,
nem de transformações
externas imprevistas. Pensa, todavia, no
amparo de Deus e, em todos os episódios
da estrada, senti-lo-ás contigo no
silêncio do coração. Nos obstáculos de ordem material, esse apoio não te
chegará na obtenção do dinheiro fácil que te solva os compromissos, mas na força para trabalhar a fim de que os recursos necessários te venham às mãos; nas horas de dúvida, não te virá em fórmulas verbais diretas que te anulem o livre arbítrio
e sim na inspiração exata que te ajude
a tomar as decisões indispensáveis à paz da
própria consciência; nos momentos de inquietação, não surgirá em acontecimentos especiais que te
afastem dos testemunhos de fé, mas percebê-los-ás contigo em forma de segurança e bom ânimo, na travessia da aflição; nos dias em que o
mal te pareça derrotar a golpes de incompreensão ou de injúria, não se te expressará configurado em favores de
exceção que te retirem dos ombros a carga das provas redentoras e sim na energia bendita da fé viva que te restaure a esperança, revestindo-te de coragem, a fim de que não esmoreças na rude jornada, em direção à vida nova. Seja qual for a dificuldade em que te vejas ou a provação
que experimentes, recorda que Deus está
contigo e nada te faltará, nos domínios do socorro
e da bênção, para que atravesses todos os túneis de tribulação e de
sombra, ao encontro da paz e a caminho da luz.
2. As bênçãos
da providência divina
O
indivíduo materialista ou pouco espiritualizado ignora a ação providencial de
Deus em sua vida; que só é percebida à medida em que ele aprende a se libertar
das influências da vida material e desenvolve aprendizado espiritual.
No começo
desse aprendizado, visualiza apenas os benefícios mais patentes: as boas
condições do corpo físico, da inteligência, da vida em família, de acesso ao
conhecimento, de sobrevivência material por meio de profissão digna, entre outros.
Mais
tarde, tendo adquirido outros conhecimentos, que o eleva em termos espirituais,
consegue identificar inúmeros outros benefícios que lhe abençoam a existência.
Nessa fase da evolução, o Espírito realmente se renova: empenha-se no combate
aos vícios e imperfeições que ainda possui, e se esforça no propósito de
desenvolver virtudes.
Vemos,
então, que a existência da providência divina, e o seu consequente aproveitamento,
acompanha o amadurecimento espiritual do ser humano:
Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em
particular com os indivíduos. As gerações têm sua infância, sua juventude e sua
maturidade. Cada coisa
deve vir a seu tempo; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina.” (9)
Esse é o principal motivo
porque “[...] em sua previdente sabedoria, a Providência não revela as verdades
senão gradualmente, sempre as desvenda à medida que a Humanidade está
amadurecida para recebê-las. [...].” (9)
Os ensinamentos de Jesus
que seguem fornecem maiores esclarecimentos a respeito da providência divina.
Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a
traça e o caruncho os corroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai
para vós tesouros no céu, onde nem a traça, nem o caruncho corroem e onde os
ladrões não arrombam nem roubam; pois onde está teu tesouro aí estará também
teu coração.
A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se teu olho estiver são todo teu corpo ficará
iluminado; mas se teu olho estiver doente todo teu corpo ficará escuro. Pois
se a luz que há em ti são trevas, quão grandes serão as trevas!
Ninguém pode servir a dois senhores. Com efeito, ou
odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo.
Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.
Por isso vos digo: não vos preocupeis com a vossa
vida quanto ao que haveis de comer, nem com o vosso corpo quanto ao que haveis
de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? Olhai as aves do céu: não
semeiam, nem colhem, nem ajuntam em celeiros. E, no entanto, vosso Pai celeste as
alimenta. Ora, não valeis vós mais do que elas? Quem dentre vós, com as suas preocupações,
pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida? E com a
roupa, por que andais preocupados? Observai os lírios do campo,
como crescem, e não trabalham e nem fiam. E, no entanto, eu vos asseguro que nem Salomão, em toda a sua
glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do
campo, que existe hoje e amanhã será lançada ao forno, não fará ele muito mais
por vós, homens fracos na fé? Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que
iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir? De fato, são os gentios
que estão à procura de tudo isso: vosso Pai celeste sabe que tendes necessidade de todas essas
coisas. Buscai, em
primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão
acrescentadas. Não vos preocupeis, portanto, com o dia de amanhã, pois o
dia de amanhã se preocupará consigo mesmo. A cada dia basta o seu mal. (Mateus,
6: 19-34. Bíblia de Jerusalém)
A providência divina nos
concede bens favoráveis ao nosso progresso intelectual e moral. Alguns destes bens são
transitórios, úteis à vida no plano físico, durante a reencarnação. Outros são
eternos, imprescindíveis à felicidade do Espírito, independentemente do plano
de existência onde ele se encontre.
A sabedoria está em sabermos utilizar os primeiros,
sem nos escravizarmos a eles, mas priorizar a aquisição dos segundos.
Infelizmente, são
características da imperfeição espiritual apreciamos a aquisição de
bens materiais, sempre de caráter transitórios, e às sensações que eles nos
proporcionam, mesmo
estando cientes que o acúmulo de bens materiais jamais poderá ser considerado
processo de felicidade. Ao contrário, pode estimular o egoísmo e o orgulho, retardando o
progresso individual.
Sendo assim, é importante
destacamos os principais ensinamentos presentes no texto evangélico, anteriormente
citado (Mateus, 6: 19-34. Bíblia de Jerusalém):
• Aprender a acumular bens
ou tesouros imperecíveis, imortais, não sujeitos à destruição por efeito dos
elementos da natureza (“traça e ferrugem”) ou que possam ser retirados
(“roubados”). Esses tesouros
são as virtudes e as conquistas intelectuais edificantes.
• É preciso estar atentos à
aquisição de valores
imperecíveis ao Espírito, aprendendo a distinguir o supérfluo do
necessário, o bom do ruim, o superior do inferior, educando a conduta, pois,
onde está o “nosso tesouro
aí estará o nosso coração”.
O ser humano feliz conhece com clareza o significado
dos verbos “ter” e “ser”.
• Os olhos percebem o
mundo, as pessoas e as coisas, mas só teremos luz espiritual se transformarmos
os olhos em “candeias”, isto é, olhos que enxergam a vida verdadeira e os
valores eternos que promovem a melhoria do Espírito. Combatendo as imperfeições
ou “trevas” que existem em nosso íntimo, veremos o mundo e as pessoas sob nova
ótica.
• O homem espiritualizado
conhece o valor relativo dos bens materiais e o peso que eles representam. Esforça-se, então, para dominar e não ser dominado
pelas paixões inferiores. Conduz seu destino, discernindo o certo do
errado e fazendo escolhas mais acertadas.
• O ser espiritualizado, ou que já possui alguma evolução espiritual,
esforça-se para levar uma
vida mais simples, conduzindo-se com prudência ao longo do processo ascensional, evitando excessos de
qualquer natureza: no vestir, no alimentar, na acumulação de bens, no
desfrutamento de prazeres etc. Trabalha para ter o necessário à existência, não
entorpecendo os sentidos com os excessos que a vida material oferece. Por este motivo
não se preocupa em demasia com o que beber, comer e vestir, sabendo que “a vida
é mais do que o alimento” e o “corpo mais do que a vestimenta”, sobretudo
porque, “se Deus veste a erva do campo com admirável beleza, que existe hoje e
amanhã será lançada ao fogo, que não tecem nem fiam”, o que o Pai Celestial não
fará em benefício dos seres inteligentes da sua Criação?
• A inquietação sobre os dias futuros revela falta de fé na bondade e
misericórdia divinas. Ser prudente é uma coisa. Ser inquieto ou
estressado é outra, bem diferente. O homem angustiado está sempre aflito (e
sempre doente: doente do espírito). O homem materialista é, notadamente, infeliz,
pois desconhece o valor da fé, o poder da prece, não percebe o amparo que os
benfeitores espirituais lhe endereçam. O Pai
Celestial sabe do que precisamos, efetivamente. E nos concederá as suas bênçãos, pois a felicidade faz parte da nossa destinação espiritual.
• A condição única para alcançarmos a felicidade verdadeira é,
primeiramente, “buscarmos o reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais
nos será concedido em acréscimo”. Enquanto não estivermos conscientes desta verdade, entraremos e
sairemos das reencarnações em processo de sofrimento, sob o peso de
expiações que parecem não ter fim. Enquanto não buscarmos o reino dos céus e
sua justiça (pela reparação dos erros cometidos) estaremos presos aos processos
expiatórios determinados pela lei de causa e efeito. Esta é a realidade.
• Praticando o bem, desenvolvendo virtudes e combatendo as imperfeições
estaremos, por certo, edificando o reino de Deus
em nós mesmos. Cada dia, na
reencarnação, é único. Saibamos aproveitá-lo!
Cada dia reflete
uma oportunidade de
crescimento espiritual, cujo aproveitamento depende da nossa vontade e do nosso
esforço em superar os obstáculos do caminho. Cada dia é uma lição, que deve ser
lida no livro da vida, analisada e assimilada para ser bem aproveitada como
aprendizado. Assim, não devemos “nos inquietar com o dia de amanhã”, pois o dia de hoje é o que merece destaque e atenção,
por ser o momento de vivenciar a lição que nos é reservada. O amanhã pertence a Deus e às consequências dos
nossos atos. “Basta a cada dia o seu mal”!
1. KARDEC, Allan. A
gênese. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1 ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2009. Cap.
II, item 20, p. 78.
2. DENNIS, Léon. Depois
da morte. 1 edição especial. Rio de Janeiro: FEB,
2008. Parte quarta. Cap.
XL, p. 328.
3. XAVIER, Francisco
Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 28.
ed. Rio de Janeiro: FEB,
2008. Questão 227, pg. 185-186.
4. KARDEC, Allan. A
gênese. Op. Cit. Cap. II, item 23, p.79-80.
5. ______. Item 24, p. 80-81.
6. ______. p. 81.
7. ______. Item 21, p. 79.
8. XAVIER, Francisco
Cândido. Rumo certo. Pelo Espírito Emmanuel. 11. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2008.
Cap. 5, pg. 27-28.
9. KARDEC, Allan. O
evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Evandro
Noleto Bezerra. 1 ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2008. Cap. XXIV, item 4, p.
429.
SENHOR,
tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
Ó Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir.
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;
Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia.
E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles!
Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo.
Ó Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue.
Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão.
Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti?
Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.
A PROVIDÊNCIA DIVINA
Você já se deu conta que o não de Deus é a melhor resposta?
Já percebeu
quantas vezes você pediu alguma coisa ao Criador e não obteve êxito?
De um modo
geral, não apreciamos a resposta negativa.
Porém, passado
um tempo, concluímos que o que Ele nos enviou foi o melhor.
O adágio
popular diz que Deus escreve certo por linhas tortas.
A verdade é que
Deus escreve certo por linhas certas.
Lemos, há algum
tempo, a história de uma americana que relaciona muitas situações de sua vida
em que a Providência Divina se apresentou de forma diversa à solicitada.
Por exemplo, a
filha chegou muito chorosa da escola porque não conseguira um papel para a peça
de final de ano.
Era o que ela
mais queria, mais ansiava.
Por alguns
dias, permaneceu tristonha. Até irromper portas adentro do lar, eufórica.
Recebera um
convite para um curso muito importante em outra cidade. Era necessário se
apresentar imediatamente.
Se ela fizesse
parte do elenco da peça da escola, não poderia agora cursar o que lhe era
decisivo para a carreira profissional.
Em outro
momento, o marido foi transferido para uma outra cidade.
Veio o impasse.
Seguir a família também ou não? As crianças teriam problemas na escola?
Ela, Beti,
precisaria deixar o emprego. Como conciliar tudo?
Acreditando que
seria terrível viverem separados, oraram muito pedindo para que a transferência
do marido não se concretizasse. Em vão.
Oraram para que
ela conseguisse um emprego para si e escola para os filhos, na outra
localidade. Também em vão.
O marido passou
a vir para casa só nos finais de semana.
Então, quando
ninguém esperava, uma reviravolta administrativa, uma tarefa que se findou
antes do previsto e eis todos juntos, sem mudança.
O não de Deus
para os seus pedidos fora mesmo providencial.
Até quando o
pai de Beti, já idoso, adoeceu, Deus não atendeu o que lhe foi pedido.
Todos oravam
para que se curasse das mazelas. Beti se lembrou de uma frase do marido: Tenha
fé na resposta de Deus, querida.
Descobriu que
estava orando incorretamente.
Pediu
então: Meu Deus, sei o que desejo, mas pode não ser essa a melhor
resposta para meu pai.
Ele também é
uma das Tuas criaturas. Seja feita a Tua vontade e não a minha.
O pai morreu
duas semanas depois. Ela pensou nos anos de invalidez que o adorado pai teria
de suportar, se tivesse sobrevivido.
Disse
baixinho: Foi a resposta de Deus.
Por tudo isso,
no aniversário de casamento, ela entregou ao marido um cartão com os
dizeres: Você não é o marido que eu esperava...
Colocou uns
pontinhos para dar um ar de suspense e concluiu: Mas com certeza é o
melhor que Deus escolheu para mim. Ele sorriu e entendeu.
* * *
Analisar o que
nos ocorre é importante.
A resposta
Divina sempre chega, embora de um modo geral, não exatamente como se quer.
Assim é o
concurso que hoje não se consegue vencer.
O imóvel cuja
negociação não dá certo, até o casamento idealizado e que acaba no noivado.
Tudo tem sua
razão de ser. Razão que a Divindade conhece e que devemos buscar entender.
* * *
Deus te ama e
tu percebes. Sua ternura te rocia a face e Suas mãos te sustentam.
Seu hálito te
vitaliza e Sua voz silenciosa chega até teus ouvidos, com bênçãos, com
esperanças e com orientações.
Deus vive,
manifesta e dilata o Seu amor através de ti. Tu o sabes... e onde estiveres Ele
estará sempre contigo.
Pensa nisso,
mas pensa agora!
Redação do
Momento Espírita com base em história de autoria desconhecida e no cap. 31, do
livro Filho
de Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.
Em 11.01.2010.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.
Em 11.01.2010.
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