Tema
do mês: Aprofundando-se
na Doutrina Espírita Data: 22
de Outubro 16
Objetivo Formativo: Reconhecer que
os pressupostos espíritas tem como base os ensinamentos de Jesus.
Tema da aula: Intervenção dos espíritos nas nossas vidas: é
possível ?
Objetivo da aula: Refletir
sobre a importância da nossa sintonia com o bem em nossas vidas.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto
“Somos responsáveis pela
nossa ligação com as forças construtivas do bem ou com as forças perturbadoras
do mal” – Emmanuel
No livro Pensamento e
Vida, Emmanuel nos esclarece de forma bastante sucinta e objetiva sobre o papel
da vontade na nossa mente e consequentemente, na vida.
Ele compara nossa mente a
um espelho da vida que reflete alguns departamentos;montei um esquema abaixo
para organizar as ideias.
Vontade é responsável por governar todos os setores da ação mental,
é considerada a mais adequada, preparada e forte para sustentar a harmonia do
espírito. Portanto, ela impõe disciplina para os outros “departamentos” se
manterem coesos na sintonia do BEM.
O Desejo é a força
que movimenta aspirações e propósitos, que nos liga ao que damos importância,
nos sintoniza com o que somos e pensamos. Pode nos elevar ou afundar.
Inteligência é a forma como evoluimos culturalmente, ajuda a alavancar o
intelecto ou a nos comprometer para o mal.
Imaginação tem dois gumes poderosos para nos movimentar em prol dos
nossos desejos, sejam eles para o bem ou para o mal; depende das nossas
escolhas.
Memória é o nosso cofre eterno, arquiva nossos aprendizados. É tão
importante que para evoluirmos, recebemos a bênção do esquecimento, a fim de
evitar que fiquemos nos culpando ou simplesmente nos acomodemos com a
misericórdia divina e paremos no tempo e espaço.
O livro dos espíritos
esclarece que toda e qualquer ligação é feita pela mente, afinal somos todos
uma rede incomensurável de espíritos encarnados e desencarnados, seja no orbe
terrestre ou em outros cantos do Universo. Não existe isto de um espírito
“entrar” no meu corpo; nos conectamos pela mente, um “entra no psiquismo” do
outro
Cabe à nós decidirmos com
qual tipo de vibração queremos sintonizar, com qual “turma” vamos nos ligar,
falar, agir, pensar. Não somos fantoches da vida, nem tampouco fazemos dos
outros fantoches; cada um de nós tem a total liberdade para pensar, decidir e agir.
Vou propor uma aula que
marque mentes e corações com exemplos deles, do dia a dia, para entenderem que
o fato de sermos espíritos nos dá todo o poder de nos conectarmos com várias
faixas vibratórias que nossas condições morais nos permitem. Desmistificar que
somos fantoches, até pode acontecer nos casos de possessão, fascinação; mas
além deles estarem “fora deste mundo”, não temos tempo hábil para explicar e
corremos o risco de colocar coisas negativas na cabeça desnecessariamente para
a faixa etária.
Também pretendo falar que
o tal “ditado popular” que macumba, mal feito pegam é uma verdade abasoluta.
Tudo depende no que eu vibro, acredito e acolho para mim. Chico Xavier tinha
uma frase simples e amorosa “já viu o que acontece com parede furada ? Entra
bicho. Assim é o nosso coração e mente. Se tiver buraco sem proteção, vai
entrar de tudo um pouco.”
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial: – 7´
Será que ajo como um fantoche ?
Pegar os fantoches e contar duas pequenas
estórias.
1ª eram dois irmãos que frequentemente
brigavam por qualquer coisa. Tudo era motivo para um bate-boca em voz alta de
forma grosseira.
2ª nesta mesma casa aconteceu algo diferente,
a irmã deles começou a namorar e o rapaz era super bacana, frequentava uma grupo
de jovens, tocava violão, gostava de ler e sempre observava o jeito que sua
namorada chegava após presenciar ou participar destes momentos “quentes” na sua
casa: cansada, falando alto, esquisita, implicante. Daí bastava ele contar uma
estória ou cantarolar uma música, ela já acalmava e mudava seu astral.
Desenvolvimento
(35´): “ Qual a sua sintonia ?”
1. Entregar um “kit Sintonia” para
cada aluno e para começar a aula pedir para eles preencherem alguns pontos:
ü Na base da torre: escrever 2
sentimentos que eles se sentem fortalecidos por cultivarem nas suas ações,
pensamentos e palavras.
ü Depois colocar na torre 1
sentimento que ainda não conseguem ou sentem firme e que acham improtante para
sua vida imortal.
ü No coração: um desejo
espiritual e um desejo material
2. Entregar uma frase que contém
respostas prontas. Pedir para que eles digam ao que aquela resposta se refere.
1.
“SEMELHANTE ATRAI SEMELHANTE”
2.
“Todos nós possuímos, ao nosso redor, uma
multidão de Espíritos que, por sua vez, é atraída por nossos pensamentos,
palavras e atos.”
3.
Eles frequentemente conhecem
até mesmo os pensamentos que gostarias de esconder de vós mesmos.
4.
Sua influência é maior do
que podeis imaginar, muitas vezes são eles que vos dirigem.
5.
O pensamento sugerido é como
uma voz falando e os pensamentos próprios são em geral os do primeiro momento.
6.
Os bons Espíritos apenas
aconselham o bem; cabe a cada um fazer a distinção.
7.
Sim, depende somente de
nossa vontade, pensamentos, palavras e atos ser influenciado pelo bem ou pelo
mal. Somos livres e responsáveis pelo nosso destino.
8.
Se estivermos em dúvida,
inseguros, a oração, a fé e a confiança em Deus são sempre o melhor remédio.
“Não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal”
3. Para concluir: pedir para eles
escreverem do lado direito: SINTONIA POSITIVA que eles já têm hoje. E do lado
esquerdo as sintonias que eles precisam melhorar para viver bem, no bem e pelo bem.
Conclusão (10´): Eu quero ser uma antena...
Pedir para eles montarem o diagrama da
sintonia do seu coração e mente; enquanto isto, colocar a música do Coração
Palpita “Tente começar com um sorriso, dizendo bom dia, dizendo olá... E não
desista, não desista todo dia é dia de recomeçar...
Mude o pensamento, troque de atitude, seja
uma pessoa melhor!!!!
Prece
final
Bibliografia
ü Livro dos Espíritos Cap. IX Capítulo 9 Intervenção
dos espíritos no mundo corporal
ü
Livro Pensamento e Vida
Capítulo 2 Vontade
ü
Vídeo: Programa
Transição de Espiritismo no 203 “A influência dos espíritos em nossas vidas”
https://www.youtube.com/watch?v=tJgOLOKPtfY
O Livro dos
Espíritos Parte Segunda – Capítulo 9
Intervenção dos
espíritos no mundo corporal
Como os Espíritos podem penetrar nossos pensamentos – Influência
oculta dos Espíritos sobre nossos pensamentos e nossas ações
Como os
Espíritos podem penetrar nossos pensamentos
456 Os Espíritos vêem tudo o que
fazemos?
– Eles podem ver, porque vos
rodeiam incessantemente. Cada um vê apenas as coisas sobre as quais dirige sua
atenção. Não se preocupam com o que lhes é indiferente.
457 Os Espíritos podem conhecer
nossos mais secretos pensamentos?
– Freqüentemente conhecem o que
gostaríeis de esconder de vós mesmos. Nem atos, nem pensamentos lhes podem ser
ocultados.
457 a Assim, é mais fácil
esconder uma coisa de uma pessoa viva do que fazer isso a essa mesma pessoa
após a morte?
– Certamente, e, quando
acreditais estarem bem escondidos, tendes muitas vezes uma multidão de
Espíritos ao vosso lado que vos observam.
458 O que pensam de nós os
Espíritos que estão ao nosso redor e nos observam?
– Isso depende. Os Espíritos
levianos riem dos pequenos aborrecimentos que vos causam e zombam de vossas
impaciências. Os Espíritos sérios lamentam vossos defeitos e se empenham em vos
ajudar.
Influência
oculta dos Espíritos sobre nossos pensamentos e nossas ações
459 Os Espíritos influem sobre
nossos pensamentos e ações?
– A esse respeito, sua influência
é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes são eles que vos dirigem.
460 Temos pensamentos próprios e
outros que são sugeridos?
– Vossa alma é um Espírito que
pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem às vezes ao mesmo tempo sobre
um mesmo assunto e freqüentemente bastante contrários uns aos outros; pois bem,
nesses pensamentos há sempre os vossos e os nossos. Isso vos coloca na
incerteza, porque, então, tendes duas idéias que se combatem.
461 Como distinguir os
pensamentos próprios daqueles que são sugeridos?
– Quando um pensamento é
sugerido, é como uma voz falando. Os pensamentos próprios são em geral os do
primeiro momento. Além de tudo, não há para vós um grande interesse nessa
distinção e muitas vezes é útil não sabê-lo: o homem age mais livremente. Se
decidir pelo bem, o faz voluntariamente; se tomar o mau caminho, há nisso
apenas maior responsabilidade.
462 Os homens de inteligência e
de gênio tiram suas idéias de sua natureza íntima?
– Algumas vezes as idéias vêm de
seu próprio Espírito, mas freqüentemente são sugeridas por outros Espíritos que
os julgam capazes de compreendê-las e dignos de transmiti-las. Quando não as
encontram em si, apelam à inspiração. Fazem, assim, uma evocação sem o
suspeitar.
☼ Se nos fosse útil distinguir claramente nossos próprios
pensamentos dos que nos são sugeridos, Deus nos teria dado o meio de o fazer,
como nos deu o de distinguir o dia da noite. Quando uma coisa é vaga, é porque
convém que assim seja.
463 Diz-se, a respeito do
pensamento, que o primeiro impulso é sempre bom; isso é exato?
– Pode ser bom ou mau, de acordo
com a natureza do Espírito encarnado que o recebe. É sempre bom para aquele que
ouve as boas inspirações.
464 Como distinguir se um
pensamento sugerido vem de um bom ou de um mau Espírito?
– Estudai o caso. Os bons
Espíritos apenas aconselham o bem; cabe a vós fazer a distinção.
465 Com que objetivo os Espíritos
imperfeitos nos conduzem ao mal?
– Para vos fazer sofrer como
eles.
465 a Isso diminui seus
sofrimentos?
– Não, mas fazem isso por inveja,
por saber que há seres mais felizes.
465 b Que natureza de sofrimentos
querem impor aos outros?
– Os mesmos que sentem os
Espíritos inferiores afastados de Deus.
466 Por que Deus permite que
Espíritos nos excitem ao mal?
– Os Espíritos imperfeitos são
instrumentos que servem para pôr à prova a fé e a constância dos homens na
prática do bem. Vós, como Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, e
por isso passais pelas provas do mal para atingir o bem. Nossa missão é vos colocar
no bom caminho e, quando as más influências agem sobre vós, é que as atraístes
pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm vos auxiliar no mal,
quando tendes a vontade de praticá-lo; eles não podem vos ajudar no mal senão
quando quereis o mal.
Se sois inclinados ao homicídio,
pois bem! Tereis uma multidão de Espíritos que alimentarão esse pensamento em
vós. Mas tereis também outros Espíritos que se empenharão para vos influenciar
ao bem, o que faz restabelecer o equilíbrio e vos deixa o comando dos vossos
atos.
☼ É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha do
caminho que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das
influências contrárias que se exercem sobre nós.
467 Pode o homem se libertar da
influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?
– Sim, porque apenas se ligam
àqueles que os solicitam por seus desejos ou os atraem pelos seus pensamentos.
468 Os Espíritos cuja influência
é repelida pela vontade do homem renunciam às suas tentativas?
– O que quereis que façam? Quando
não há nada a fazer, desistem da tentativa; entretanto, aguardam o momento
favorável, como o gato espreita o rato.
469 Como se pode neutralizar a
influência dos maus Espíritos?
– Fazendo o bem e colocando toda
a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o
domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que
vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más
paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho,
porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na
oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do
mal!”
470 Os Espíritos que procuram nos
induzir ao mal e colocam assim à prova nossa firmeza no bem receberam a missão
de fazê-lo? E se é uma missão, têm responsabilidade por isso?
– Nenhum Espírito recebe a missão
de fazer o mal. Quando o faz, é de sua própria vontade e sofre as
conseqüências. Deus pode deixá-lo fazer isso para vos pôr à prova, mas não
ordena que o faça, e cabe a vós rejeitá-lo.
471 Quando experimentamos um
sentimento de angústia, de ansiedade indefinível ou de satisfação interior sem
causa conhecida, isso decorre unicamente de uma disposição física?
– São quase sempre, de fato,
comunicações que tendes inconscientemente com os Espíritos, ou que tivestes com
eles durante o sono.
472 Os Espíritos que querem nos
induzir ao mal apenas se aproveitam das circunstâncias ou podem também
criá-las?
– Aproveitam as circunstâncias,
mas freqüentemente as provocam, oferecendo-vos ou levando-vos inconscientemente
ao objeto de vossa cobiça. Assim, por exemplo, um homem encontra no caminho uma
quantia de dinheiro; não acrediteis que os Espíritos levaram o dinheiro para
esse lugar, mas podem dar ao homem o pensamento de se dirigir a esse ponto e,
então, sugerir o pensamento de se apoderar dele, enquanto outros lhe sugerem o
de restituir o dinheiro a quem pertence. O mesmo acontece com todas as outras
tentações.
Possessos
473 Um Espírito pode
momentaneamente entrar no corpo de uma pessoa viva, isto é, se introduzir num
corpo animado e agir no lugar daquele que está encarnado?
– O Espírito não entra num corpo
como entrais numa casa. Ele se identifica com um Espírito encarnado que tem os mesmos
defeitos e as mesmas qualidades para agir conjuntamente; mas é sempre o
Espírito encarnado que age como quer, sobre a matéria em que está. Um Espírito
não pode substituir o que está encarnado, porque o Espírito e o corpo estão
ligados até o tempo marcado para o fim da existência material.
474 Se não há possessão
propriamente dita, ou seja, coabitação de dois Espíritos num mesmo corpo, a
alma pode se encontrar na dependência de outro Espírito, de maneira a estar por
ele subjugada ou obsediada, a ponto de sua vontade ficar, de algum modo,
paralisada?
– Sim, e esses são os verdadeiros
possessos. Mas é preciso entender que essa dominação nunca ocorre sem a
participação daquele que a sofre, seja por sua fraqueza, seja por seu desejo.
Têm-se tomado freqüentemente por possessos os epilépticos ou os loucos, que têm
mais necessidade de médico do que de exorcismo.
☼ A palavra possesso, na sua significação comum, supõe a
existência de demônios, ou seja, de uma categoria de seres de natureza má, e a
coabitação de um desses seres com a alma no corpo de um indivíduo. Uma vez que
não existem demônios nesse sentido e que dois Espíritos não podem
habitar simultaneamente o mesmo corpo, não existem possessos de acordo com a
significação dada a essa palavra. A palavra possesso deve ser entendida
como sendo a dependência absoluta em que a alma pode se encontrar em relação a
Espíritos imperfeitos exercendo sobre ela o seu domínio.
475 Pode-se por si mesmo afastar
os maus Espíritos e se libertar de sua dominação?
– Sempre se pode libertar de um
domínio quando se tem vontade firme.
476 Poderá acontecer que a
fascinação exercida pelo mau Espírito seja tal que a pessoa subjugada não se
aperceba disso? Então, uma terceira pessoa pode fazer cessar essa influência e,
nesse caso, que condições ela deve ter?
– Se é um homem de bem, sua
vontade pode ajudar ao pedir a cooperação dos bons Espíritos, porque quanto
mais se é um homem de bem, mais se tem poder sobre os Espíritos imperfeitos
para afastá-los e sobre os bons Espíritos para atraí-los. Entretanto, resultará
inútil qualquer tentativa se aquele que está subjugado não consentir nisso. Há
pessoas que gostam de sentir uma dependência que satisfaça seus gostos e seus
desejos. Em qualquer caso, aquele cujo coração não é puro não pode fazer nada;
os bons Espíritos o desprezam e os maus não o temem.
477 As fórmulas de exorcismo têm
alguma eficácia sobre os maus Espíritos?
– Não; quando esses Espíritos
vêem alguém levá-las a sério, riem e se tornam birrentos, teimosos.
478 Existem pessoas que, embora
tenham boas intenções, não são menos obsediadas; qual o melhor meio de se
livrar dos Espíritos obsessores?
– Cansar sua paciência, não ligar
para suas sugestões, mostrar-lhes que perdem seu tempo; então, quando vêem que
nada mais têm a fazer, se afastam.
479 A prece é um meio eficaz para
curar a obsessão?
– A prece é em tudo um poderoso
auxílio. Mas, acreditai, não basta murmurar algumas palavras para obter o que
se deseja. Deus assiste aqueles que agem e não aqueles que se limitam a pedir.
É preciso que o obsediado faça, por seu lado, o necessário para destruir em si
mesmo a causa que atrai os maus Espíritos.
480 O que pensar da expulsão dos
demônios de que fala o Evangelho?
– Isso depende da interpretação.
Se chamais de demônio um Espírito mau que subjuga um indivíduo, quando sua
influência for destruída terá sido verdadeiramente expulso. Se atribuís a causa
de uma doença ao demônio, quando curardes a doença também direis que
expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa de acordo com o
sentido que se der às palavras. As maiores verdades podem parecer absurdas
quando se olha apenas a forma e se toma a alegoria pela realidade. Compreendei
bem isso e guardai-o: é de aplicação geral.
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