Tema do mês: Educando os sentimentos Data: 1 de Abril
17
Objetivo: ajudar os
evangelizandos a lidar com os sentimentos que eles citaram ter mais
dificuldades nas aulas de Fevereiro sobre autoconhecimento.
Tema da aula: Medo x Coragem
Objetivo da aula: trazer
à tona o sentimento de medo que tanto os preocupa e despertar os recursos
existentes em cada um para se fortalecer e desenvolver a confiança e fé.
Evangelizador: Wilma Maria Roberto
No mês de fevereiro o
sentimento mais falado e relatado com dificuldade dos evangelizandos foi o medo.
Mas o que será este “gigante” que ora tira a capacidade de agir e ora me
preserva e mantém vivo ?
O medo faz parte da
nossa vida ainda, se apresentando como um dos desafios espirituais para
desenvolver o relacionamento verdadeiro com Deus e consigo próprio,pois uma vez
que tenho total liberdade de escolher, decidir e agir; tenho o direito de
vivenciar as consequências e também de poder recomeçar, corrigir, fazer de
outra forma diante do Pai infinitamente bom e justo.
Trazemos em nós alguns
medos destas experiências de espírito milenar que somos, muitas vezes não
sabemos explicar de onde vem alguns sentimentos angustiosos em relação à
pessoas, situações e/ou lugares. No entanto também corremos o risco de termos
sido ensinados a ter medo, dependendo do meio em que vivemos. Por exemplo:
muitos adultos usam de artifícios não sábios e positivos para conter o ímpeto
infantil e criam medos sobre escuro, animais peçonhentos, bichos imaginários,
pessoas, situações.
Também existem os
medos nas mais diversas matizes que podem representar o nosso instinto de
conservação como medo de adoecer, de envelhecer, de morrer.
O medo de perder
algúem, de ser abandonado, de não ser aceito, de não ser amado, de ficar
sozinho. Alguns mascarados pelo orgulho, ciúme, insegurança, controle.
E assim ele vai dando
vazão ao medo da vida, do futuro, do que vai ou não acontecer porque não
sabemos se fizemos a escolha certa...
Daí dói a cabeça, dá
dor na barriga, esqueço as coisas, fico tenso, nervoso, chato !?!?
Nossa, é muita coisa
pulando no peito e eu aqui ora berrando, gritando, fingindo que não está
acontecendo nada, mas na verdade quero chorar, quero colo, quero ajuda, quero
alguém que me garanta que vai dar tudo certo, mesmo que eu faça tudo errado.
Calma, respira, mais
uma vez, feche os olhos e lembra daquele lugar que te faz se sentir seguro,
forte, corajoso, feliz e em paz ?
Sim, ele existe. Está
aí dentro de você e pode ser acessado a qualquer momento.
E lembra daquele ser
que tem o poder de tirar das maiores encrencas ?
Sim, ele também
existe. Estará com você para todo o sempre. Você mesmo. Opa, mas tem reforço. E
aquela aula sobre o Pai super amigo que eu posso confiar, que sempre vai me dar
uma ajuda ?
Em cada um de nós
existem recursos infinitos para nos ajudar a compreender quando este sentimento
nos ajuda e por outro lado, nos paralisa e prejudica.
Parar uma vez ao dia,
asserenar seu pensamento e coração para poder olhar para dentro de si e
entender os motivos que estão te amendrontando tanto. Lembra do espelho ?
Então, repita “Eu sou maior que qualquer sentimento que me torne importente,
frágil, covarde. Eu sou forte, corajoso, alegre, confio em mim, na vida e no
meu Deus e sei que tudo sempre acontece em meu favor, que saberei tomar as
melhores decisões para o meu bem”.
Portanto, use e abuse
de boas leituras, ouça boa música, assista bons filmes, tudo que contribua para
fortalecer seus sentimentos de esperança, de alegria, de bom ânimo. E
obviamente, tome doses inúmeras de bate papo com seu anjo de guarda.
Prece inicial: 03´
Incentivo
Inicial: 7´ Dá pra
desenhar ?
Distribuir
uma folha de papel em branco e pedir para eles desenharem o que é medo para
você ?
Desenvolvimento:35´ Vamos
desvendar este mosquito e mostrar quem manda aqui ?
Colocar no flip chart em folhas separadas a palavra
MEDO e a palavra CORAGEM, escritas em tamanhos distintos; sendo o medo em
letras menores de uma única cor e CORAGEM com letras fortes, grandes e
coloridas. E formar um acróstico com o resultado da nossa conversa e ao final
da aula todos vamos assinar na folha da CORAGEM.
Pedir para cada um falar sobre seu desenho e
adentrar o tema:
1.
O que é medo para você ?
2.
Qual cor, tamanho, cheiro ele tem ?
3.
Você consegue identificar do que, de quem, quando
você sente medo ?
4.
Será que este sentimento existe mesmo ou é fruto da
sua imaginação?
5.
Quem é maior: eu ou ele?
6.
Como você acha que pode se libertar deste medo ?
7.
Quais “remédios” poderia tomar para transformar este
“gigante” num mosquito ?
Conclusão: “Ter fé é assinar uma folha em
branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser” – Santo Agostinho ... 10´
Entregar uma folha em branco para
eles e pedir para eles escreverem uma frase que eles gostariam que Deus
assinasse nesta folha.
Cada um vai pegar esta folha e
dobrar, pedir para eles fecharem os olhos e faremos um momento de meditação por
alguns minutos.
Fazer uma ideoplastia de um lugar
que os remete àquele que os deixa tranquilos, seguros, em paz e felizes.
Imaginar que eles estão encontrando com seus mentores individuais que os encontra,
os abraça fortemente e os coloca em seu colo. Nos sentimos acolhidos, seguros,
amados. E antes de irmos embora, retribuimos este momento com outro abraço
fraterno e sentimos no nosso coração a certeza de que tudo sempre está certo,
de que se tivermos a fé do tamanho do grão de mostarda, removeremos as
montanhas do medo, da insegurança, da tristeza e seremos cada dia mais felizes.
Ir retornando calmamente à sala,
sentindo o corpo e encerrar com a prece coletiva onde cada um fala uma frase
que vem à mente.
Prece final
Bibliografia
Livro: O ESE – Cap.XIX A fé remove montanhas
Livro Adolescência e Vida por Joanna de Ângelis: trechos
do Cap.6 O adolescente: Possibilidades e Limites
Vídeo :
O amor
e o medo – Alberto Almeida na FEBTV https://www.youtube.com/watch?v=5pL7XD6yiK4
Medo e
ansiedade – RossandroKlinjev na FEBTV https://www.youtube.com/watch?v=YrtZ2k5foTM
Bibliografia
pesquisada
Trechos do Cap.6 O adolescente: Possibilidades e Limites – Livro
Adolescência e Vida por J. Ângelis
“O adolescente não deve temer nunca o porvir, porquanto isso seria
limitar as aspirações, nem subestimar as lições do cotidiano, que lhe devem
constituir mensagens de advertência, próprias para ensinar-lhe como conseguir
os resultados superiores.
Assim,
nesse período de formação, de identificação consigo mesmo, a docilidade no
trato, a confiança nas realizações, a gentileza na afetividade, o trabalho
constante, ao lado do estudo que aprimora os valores e desenvolve a capacidade
de entendimento, devem ser o programa normal de vivência. Os prazeres, os jogos
apaixonantes do desejo, as buscas intérminas do gozo cedem lugar aos
compromissos iluminativos, que desenham a felicidade na alma e materializam-na
no comportamento.
Ser jovem não é, somente, possuir força orgânica, capacidade de sonhar e
de produzir, mas, sobretudo, poder discernir o que precisa ser feito, como
executá-lo e para que realizá-lo.
(...)
São infinitas, portanto, as possibilidades da vida, limitadas pelas
circunstâncias, pelo estágio de evolução de cada homem e de cada mulher, que
devem, desde adolescentes, programar o roteiro da evolução e seguir com
segurança, etapa a etapa, até o momento de sua auto realização.
ESE
– Capítulo XIX: A fé remove montanhas
O
poder da fé
1. Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. – Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. – E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. – Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? – Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, 17:14 a 20.)
2. No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. Aqui, porém, unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.
3. Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que setem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
4. Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.
5. O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.
1. Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. – Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. – E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. – Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? – Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, 17:14 a 20.)
2. No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. Aqui, porém, unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.
3. Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que setem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.
4. Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.
5. O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.
Instruções dos Espíritos
A fé: mãe da esperança da caridade
11. Para
ser proveitosa, a fé tem de ser ativa;
não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus,
cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.
A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar, que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.
A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do fim que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé. – José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?
Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar, que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.
A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.
Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do fim que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé. – José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
A fé humana e a divina
12. No
homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que
ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio
em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação
da sua vontade.
Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?
A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.
O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.
Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. – Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)
Até ao presente, a fé não foi compreendida senão pelo lado religioso, porque o Cristo a exalçou como poderosa alavanca e porque o têm considerado apenas como chefe de uma religião. Entretanto, o Cristo, que operou milagres materiais, mostrou, por esses milagres mesmos, o que pode o homem, quando tem fé, isto é, a vontade de querer e a certeza de que essa vontade pode obter satisfação. Também os apóstolos não operaram milagres, seguindo-lhe o exemplo? Ora, que eram esses milagres, senão efeitos naturais, cujas causas os homens de então desconheciam, mas que, hoje, em grande parte se explicam e que pelo estudo do Espiritismo e do Magnetismo se tornarão completamente compreensíveis?
A fé é humana ou divina, conforme o homem aplica suas faculdades à satisfação das necessidades terrenas, ou das suas aspirações celestiais e futuras. O homem de gênio, que se lança à realização de algum grande empreendimento, triunfa, se tem fé, porque sente em si que pode e há de chegar ao fim colimado, certeza que lhe faculta imensa força. O homem de bem que, crente em seu futuro celeste, deseja encher de belas e nobres ações a sua existência, haure na sua fé, na certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda aí se operam milagres de caridade, de devotamento e de abnegação. Enfim, com a fé, não há maus pendores que se não chegue a vencer.
O Magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos singulares, qualificados outrora de milagres.
Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. – Um Espírito Protetor. (Paris, 1863.)
[1] Kardec
escreveu essas palavras no século XIX. Hoje, o espírito humano tornou-se ainda
mais exigente: a fé cega está abandonada; reina descrença nas Igrejas que a
impunham. As massas humanas vivem sem ideal, sem esperança em outra vida e
tentam transformar o mundo pela violência. As lutas econômicas
engendraram as mais exóticas doutrinas de ação e reação. Duas guerras mundiais
assolaram o planeta, numa ânsia furiosa de predomínio econômico.
Toda a esperança da Humanidade hoje se apóia no Espiritismo, na restauração do Cristianismo, baseada em fatos que demonstram os princípios básicos da Doutrina cristã: eternidade da vida, responsabilidade ilimitada de pensamentos, palavras e atos.
Toda a esperança da Humanidade hoje se apóia no Espiritismo, na restauração do Cristianismo, baseada em fatos que demonstram os princípios básicos da Doutrina cristã: eternidade da vida, responsabilidade ilimitada de pensamentos, palavras e atos.
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