Tema
do mês: MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS Data:
21 Junho 14
Objetivo
Formativo: Reconhecer a
interdependência entre o mundo espiritual e material.
Objetivo
Informativo: Identificar os
fenômenos espíritas como parte integrante da vida.
Tema da aula: Tipos de médiuns
Objetivo da aula: esclarecer quais os principais tipos de
mediunidade e suas manifestações.
Evangelizador: Wilma Maria
Roberto
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial: O que é mediunidade
mesmo ? 5´
Fazer uma revisão do
que aprendemos na aula passada. Passar o vídeo “Mediunidade” a partir do 1´25
min até 5´05 min http://www.kardec.tv/video/transicao-tv/437/transicao-237-mediunidade
Desenvolvimento: Passa e Repassa: vamos desvendar a mediunidade
e seus tipos ? 35´
Dividir a sala em dois
grandes grupos e sortear as perguntas dando 30 segundos para o grupo responder,
se não souber, repassa para o outro que terá o mesmo tempo para responder.
1.
Você acha que existe algum tipo de manual
para a Mediunidade ? Em caso positivo,
onde ?
Sim. No Livro dos Médiuns ditado pelos espíritos à Allan Kardec.
2.
Você sabe explicar o que é ser um Médium? “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é,
por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui,
portanto, um privilégio exclusivo. (...) Pode, pois, dizer-se que todos são,
mais ou menos, médiuns. (AKardec, OLM cap XIV).
3.
Você acha que a mediunidade se manifesta da mesma maneira em todos os
médiuns ? Por que ?
Não. Porque
depende da aptidão de cada um.
4. Quantos e quais
os tipos de mediunidade existem ?
São 8 a saber: Médiuns
de EFEITOS FÍSICOS, SENSITIVOS, AUDIENTES, FALANTES, VIDENTES, SONÂMBULOS, CURADORES e PNEUMATÓGRAFOS.
5.
O que são Médiuns de EFEITOS FÍSICOS ?
Médiuns de EFEITOS FÍSICOS são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais, como os
movimentos dos corpos inertes, ou ruídos etc.
Trazer exemplos
como o caso das Irmãs Fox, mesas girantes.
6.
O que são Médiuns SENSITIVOS ?
São pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma
impressão vaga, por uma
espécie de leve
roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar.
Esta variedade não apresenta caráter bem definido.
7.
O que são Médiuns AUDIENTES ?
São aqueles que ouvem a voz dos Espíritos; apenas transmitem o que ouvem,
não são, a bem dizer, médiuns falantes É, como dissemos ao falar da
pneumatofonia, algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo;
doutras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva.
Os médiuns audientes podem, assim, travar conversação com os Espíritos.
8.
O que são Médiuns FALANTES ?
Os
médiuns falantes, na maioria das vezes nada ouvem, neles, o Espírito atua sobre
os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes. Querendo
comunicar-se, o Espírito se serve do órgão que se lhe depara mais flexível no
médium. A um, toma da mão; a outro, da palavra; a um terceiro, do ouvido. O
médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas
vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus
conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência.
9.
O que são Médiuns VIDENTES ?
Os médiuns videntes são dotados
da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado
normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que
viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo.
10. O que são Médiuns SONÂMBULOS ?
O médium é
instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem de si.
Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, enquanto que o médium
exprime o de outrem.
11. O que são Médiuns CURADORES ?
São aqueles que
têm o dom de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o
concurso de qualquer medicação.
12. O que são Médiuns PNEUMATÓGRAFOS
São aqueles que têm aptidão para obter a escrita direta, o que não é
possível a todos os médiuns escreventes.
Fixação: O que eu
aprendi hoje tem influência na minha vida ? – 10´
Diante das últimas duas aulas que tivemos sobre
mediunidade, debater com eles o quanto estes conhecimentos têm impacto sobre
suas vidas em relação aos mitos existentes, aos medos sobre fenômenos espíritas
ou possíveis sintomas ao seu redor.
O mais importante é sempre relembrá-los que caso
exista algum tipo de manifestação mediúnica seja com eles ou com alguém que
eles conheçam e tenham intimidade, algumas ações devem ser tomadas:
1.
Rezar
e pedir ao seu anjo de guarda orientação para saber lidar com aquele momento e
encaminhar o espírito que quer se manifestar para o local correto.
2.
Passar
por entrevista na casa espírita e procurar orientação: tratamento espiritual,
encaminhamento para estudo.
3.
Realizar
sempre Evangelho no Lar
4.
Evitar
manifestações espíritas em locais inapropriados ou fora da casa espírita
Prece Final: dos
evangelizandos.
Bibliografia
Livro
dos Médiuns: capítuo XIV
Vídeos do Programa
Transição de Espiritismo
CAPÍTULO XIV Dos médiuns
•
Médiuns de efeitos físicos • Pessoas elétricas • Médiuns sensitivos ou
impressionáveis • Médiuns audientes • Médiuns falantes • Médiuns videntes •
Médiuns sonambúlicos • Médiuns curadores • Médiuns pneumatógrafos
Sem
título-1 23413/04/05, 16:20
DOS MÉDIUNS
Dão
especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam
tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são:
a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis;
a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos
pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.
1. MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS
160.
Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos
materiais, como os movimentos dos corpos inertes, ou ruídos, etc. Podem
dividir-se em médiuns facultativos e médiuns involuntários. (Veja-se a 2ª parte, caps. II e IV.)
Os
médiuns facultativos são os que têm consciência do seu poder e que produzem
fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Conquanto inerente à espécie
humana, conforme já dissemos, semelhante faculdade longe está de existir em
todos no mesmo grau. Porém, se poucas pessoas há em quem ela seja absolutamente
nula, mais raras ainda são as capazes de produzir os grandes efeitos tais como
a suspensão de corpos pesados, a translação aérea e, sobretudo, as aparições.
Os efeitos mais simples são a rotação de um objeto, pancadas produzidas
mediante o levantamento desse objeto, ou na sua própria substância. Embora não
demos importância capital a esses fenômenos, recomendamos, contudo, que não
sejam desprezados. Podem proporcionar ensejo a observações interessantes e
contribuir para a convicção dos que os observem. Cumpre, entretanto, ponderar
que a faculdade de produzir efeitos materiais raramente existe nos que dispõem
de mais perfeitos meios de comunicação, quais a escrita e a palavra. Em geral,
a faculdade diminui num sentido à proporção que se desenvolve em outro.
161.
Os médiuns involuntários ou naturais são aqueles cuja influência se exerce a seu
mau grado. Nenhuma consciência têm do poder que possuem e, muitas vezes, o que
de anormal se passa em torno deles não se lhes afigura de modo algum
extraordinário. Isso faz parte deles, exatamente como se dá com as pessoas que,
sem o suspeitarem, são dotadas de dupla vista. São muito dignos de observação
esses indivíduos e ninguém deve descuidar-se de recolher e estudar os fatos
deste gênero que lhe cheguem ao conheci- mento. Manifestam-se em todas as
idades e, frequentemente, em crianças ainda muito novas. (Veja-se acima, o
capítulo V, Das manifestações físicas espontâneas.)
Tal
faculdade não constitui, em si mesma, indício de um estado patológico,
porquanto não é incompatível com uma saúde perfeita. Se sofre aquele que a
possui, esse sofrimento é devido a uma causa estranha, donde se segue que os
meios terapêuticos são impotentes para fazê-la desaparecer. Nalguns casos, pode
ser consequente de uma certa fraqueza orgânica, porém, nunca é causa eficiente.
Não seria, pois, razoável tirar dela um motivo de inquietação, do ponto de
vista higiênico. Só poderia acarretar inconveniente, se aquele que a possui
abusasse dela, depois de se haver tornado médium facultativo, porque então se
verificaria nele uma emissão demasiado abundante de flui- do vital e, por
conseguinte, enfraquecimento dos órgãos.
162.
A razão se revolta à lembrança das torturas morais e corporais a que a ciência
tem por vezes sujeitado criaturas fracas e delicadas, para se certificar da
existência de fraude da parte delas. Tais experimentações, amiúde feitas
maldosamente, são sempre prejudiciais às organizações sensitivas, podendo mesmo
dar lugar a graves desordens na economia orgânica. Fazer semelhantes
experiências é brincar com a vida. O observador de boa-fé não precisa lançar
mão desses meios. Aquele que está familiarizado com os fenômenos desta espécie
sabe, aliás, que eles são mais de ordem moral, do que de ordem física e que
será inútil procurar-lhes uma solução nas nossas ciências exatas.
Por
isso mesmo que tais fenômenos são mais de ordem moral, deve-se evitar com
escrupuloso cuidado tudo o que possa sobre excitar a imaginação. Sabe-se que de
acidentes pode o medo ocasionar e muito menos imprudências se cometiam, se se
conhecessem todos os casos de loucura e de epilepsia, cuja origem se encontra
nos contos de lobisomens e papões. Que não será, se se generalizar a persuasão
de que o agente dos aludidos fenômenos é o diabo? Os que espelham semelhantes ideias não sabem
a responsabilidade que assumem: podem matar. Ora, o perigo não existe apenas
para o paciente, mas também para os que o cercam, os quais podem ficar
aterrorizados, ao pensarem que a casa onde moram se tornou um covil de
demônios. Esta crença funesta é que foi causa de tantos atos de atrocidade nos
tempos de ignorância. Entretanto, se houvesse um pouco mais de discernimento,
teria ocorrido aos que os praticaram que não queimavam o diabo, por queimarem o
corpo que supunham possesso do diabo. Desde que do diabo é que queriam
livrar-se, ao diabo é que era preciso matassem. Esclarecendo-nos sobre a
verdadeira causa de todos esses fenômenos, a Doutrina Espírita lhe dá o golpe
de misericórdia. Longe, pois, de concorrer para que tal idéia se forme, todos
devem, e este é um dever de moralidade e de humanidade, combatê-la onde exista.
O que
há a fazer-se, quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve
espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso
natural: a Natureza é mais prudente do que os homens. Acresce que a Providência
tem seus desígnios e aos maiores destes pode servir de instrumento a mais
pequenina das criaturas. Porém, forçoso é convir, o fenômeno assume por vezes
proporções fatigantes e importunas para toda gente1. Eis, então, o que
1 Um
dos fatos mais extraordinários desta natureza, pela variedade e singularidade
dos fenômenos, é, sem contestação, o que ocorreu em 1852, no Palatinado
(Baviera renana), em Bergzabern, perto de Wissemburg. É tanto mais notável,
quanto denota, reunidos no mesmo indivíduo, quase todos os gêneros de
manifestações espontâneas: estrondos
de abalar a casa, derribamento dos móveis arremesso de objetos
ao longe por mãos invisíveis, visões e aparições, sonambulismo, êxtase,
catalepsia, atração elétrica, gritos e sons aéreos, instrumentos tocando sem
contato, comunicações inteligentes, etc. e, o que não é de somenos importância,
a comprovação destes fatos, durante quase dois anos, por inúmeras testemunhas
oculares, dignas de crédito pelo saber e pelas posições sociais que ocupavam. A
narração autêntica dos aludidos fenômenos foi publicada, naquela época, em
muitos jornais alemães e, especialmente, numa brochura hoje esgotada e
raríssima. Na Revue Spirite de 1858 se encontra a tradução completa dessa
brochura, com os comentários e explicações indispensáveis. Essa, que saibamos,
é a única publicação feita em francês do folheto a que nos referimos. Além do
empolgante interesse que tais fenômenos despertam, eles são eminentemente
instrutivos, do ponto de vista do estudo prático do Espiritismo.
Em
todos os casos importa fazer-se. No capítulo V — Das manifestações físicas espontâneas, já
demos alguns conselhos a este respeito, dizendo ser preciso entrar em
comunicação com o Espírito, para dele saber-se o que quer. O meio seguinte
também se funda na observação.
Os
seres invisíveis, que revelam sua presença por efeitos sensíveis, são, em
geral, Espíritos de ordem inferior e que podem ser dominados pelo ascendente
moral. A aquisição deste ascendente é o que se deve procurar.
Para
alcançá-lo, preciso é que o indivíduo passe do estado de médium natural ao de
médium voluntário. Produz-se, então, efeito análogo ao que se observa no
sonambulismo. Como se sabe, o sonambulismo natural cessa geralmente, quando
substituído pelo sonambulismo magnético. Não se suprime a faculdade, que tem a
alma, de emancipar-se; dá-se-lhe outra diretriz. O mesmo acontece com a faculdade
mediúnica. Para isso, em vez de pôr óbices ao fenômeno, coisa que raramente se
consegue e que nem sempre deixa de ser perigosa, o que se tem de fazer é
concitar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse
meio, chega o médium a sobrepujá-lo e, de um dominador às vezes tirânico, faz
um ser submisso e, não raro, dócil. Fato digno de nota e que a experiência
confirma é que, em tal caso, uma criança tem tanta e, por vezes, mais
autoridade que um adulto: mais uma prova a favor deste ponto capital da
Doutrina, que o Espírito só é criança pelo corpo; que tem por si mesmo um
desenvolvi- mento necessariamente anterior à sua encarnação atual,
desenvolvimento que lhe pode dar ascendente sobre Espíritos que lhe são
inferiores.
A
moralização de um Espírito, pelos conselhos de uma terceira pessoa influente e
experiente, não estando o mé- dium em estado de o fazer, constitui freqüentemente
meio muito eficaz. Mais tarde voltaremos a tratar dele.
163.
Nesta categoria parece, à primeira vista, se deviam incluir as pessoas dotadas
de certa dose de eletricidade natural, verdadeiros torpedos* humanos, a produzirem, por simples contacto, todos os
efeitos de atração e repulsão. Errado, porém, fora considerá-las médiuns,
porquanto a vera mediunidade supõe a intervenção direta de um Espíri-
to. Ora, no caso de que falamos, concludentes experiências hão provado que a
eletricidade é o agente único desses fe- nômenos. Esta estranha faculdade, que
quase se poderia considerar uma enfermidade, pode às vezes estar aliada à
mediunidade, como é fácil de verificar-se na história do Espírito batedor de
Bergzabern. Porém, as mais das vezes, de todo independe de qualquer faculdade
mediúnica. Con- forme já dissemos, a única prova da intervenção dos Espíri- tos
é o caráter inteligente das manifestações. Desde que este caráter não exista,
fundamento há para serem atribuídas a causas puramente físicas. A questão é
saber se as pes- soas elétricas estarão ou não mais aptas, do que quaisquer
outras, a tornar-se médiuns de efeitos físicos. Cremos que sim, mas só a
experiência poderia demonstrá-lo.
2. MÉDIUNS SENSITIVOS, OU
IMPRESSIONÁVEIS
164.
Chamam-se assim às pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por
uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus
membros, sensação que elas não podem explicar. Esta variedade não apresenta
caráter bem definido. Todos os médiuns são necessariamente impressionáveis,
sendo assim a impressionabilidade mais uma qualidade geral do que especial. É a
faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras.
Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual preciso é
não seja confundida, porquanto, pessoas há que não têm nervos delicados e que
sentem mais ou menos o efeito da presença dos Espíritos, do mesmo modo que
outras, muito irritáveis, absolutamente não os pressentem.
Esta
faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele
que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa
ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas até a sua individualidade, como o
cego reconhece, por um certo não sei quê, a aproximação de tal ou tal pessoa.
Torna-se, com relação aos Espíritos, verdadeiro sensitivo. Um bom Espírito
produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, ao
contrário, é penosa, angustiosa, desagradável. Há como que um cheiro de
impureza.
3. MÉDIUNS AUDIENTES
165.
Estes ouvem a voz dos Espíritos. É, como dissemos ao falar da pneumatofonia,
algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo; doutras vezes,
é uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes
podem, assim, travar conversação com os Espíritos. Quando têm o hábito de se
comunicar com determinados Espíritos, eles os reconhecem imediatamente pela
natureza da voz. Quem não seja dotado desta faculdade pode, igualmente,
comunicar com um Espírito, se tIver, a auxiliá-lo, um médium audiente, que
desempenhe a função de intérprete.
Esta
faculdade é muito agradável, quando o médium só ouve Espíritos bons, ou
unicamente aqueles por quem chama. Assim, entretanto, já não é, quando um
Espírito mau se lhe agarra, fazendo-lhe ouvir a cada instante as coisas mais
desagradáveis e não raro as mais inconvenientes. Cumpre-lhe, então, procurar
livrar-se desses Espíritos, pelos meios que indicaremos no capítulo da
Obsessão.
4. MÉDIUNS FALANTES
166.
Os médiuns audientes, que apenas transmitem o que ouvem, não são, a bem dizer,
médiuns falantes. Estes últimos, as mais das vezes, nada ouvem. Neles, o
Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns
escreventes. Querendo comunicar-se, o Espírito se serve do órgão que se lhe
depara mais flexível no médium. A um, toma da mão; a outro, da palavra; a um
terceiro, do ouvido. O médium falante geralmente se exprime sem ter consciência
do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias
habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência.
Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda
lembrança do que diz. Em suma, nele, a palavra é um instrumento de que se serve
o Espírito, com o qual uma terceira pessoa pode comunicar-se, como pode com o
auxilio de um médium audiente.
Nem
sempre, porém, é tão completa a passividade do médium falante. Alguns há que
têm a intuição do que dizem, no momento mesmo em que pronunciam as palavras.
Voltaremos a ocupar-nos com esta espécie de médiuns, quando tratarmos dos
médiuns intuitivos.
5. MÉDIUNS VIDENTES
167.
Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam
dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam
lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou
próximo do sonambulismo. Raro é que esta faculdade se mostre permanente; quase
sempre é efeito de uma crise passageira. Na categoria dos médiuns videntes se
podem incluir todas as pessoas dotadas de dupla vista. A possibilidade de ver
em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediunidade,
mas não constitui, propriamente falando, o que se chama médium vidente.
Explicamos esse fenômeno em o capítulo VI — Das manifestações visuais.
O
médium vidente julga ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista;
mas, na realidade, é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os
olhos fechados, como com os olhos abertos; donde se conclui que um cego pode
ver os Espíritos, do mesmo modo que qual- quer outro que tem perfeita a vista.
Sobre este último ponto caberia fazer-se interessante estudo, o de saber se a
faculdade de que tratamos é mais freqüente nos cegos. Espíritos que na Terra
foram cegos nos disseram que, quando vivos, tinham, pela alma, a percepção de
certos objetos e que não se encontravam imersos em negra escuridão.
168.
Cumpre distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade
propriamente dita de ver os Espíritos. As primeiras são freqüentes, sobretudo
no momento da morte das pessoas que aquele que vê amou ou conheceu e que o vêm
prevenir de que já não são deste mundo. Há inúmeros exemplos de fatos deste
gênero, sem falar das visões durante o sono. Doutras vezes, são, do mesmo modo,
parentes, ou amigos que, conquanto mortos há mais ou menos tempo, aparecem, ou
para avisar de um perigo, ou para dar um conselho, ou, ainda, para pedir um
serviço. O serviço que o Espírito pode solicitar é, em geral, a execução de uma
coisa que lhe não foi possível fazer em vida, ou o auxílio das preces. Estas
aparições constituem fatos isolados, que apresentam sempre um caráter
individual e pessoal, e não efeito de uma faculdade propriamente dita. A
faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito
freqüente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja
absolutamente estranho ao vidente. A posse desta faculdade é o que constitui,
propriamente falando, o médium vidente.
Entre
esses médiuns, alguns há que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição
podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades,
os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até,
os sentimentos de que parecem animados. Outros há em quem a faculdade da
vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente a se mover em todos os sentidos, cuidando,
poder-se-ia dizer, de seus afazeres.
169.
Assistimos uma noite à representação da ópera Oberon, em companhia de um médium
vidente muito bom. Havia na sala grande número de lugares vazios, muitos dos
quais, no entanto, estavam ocupados por Espíritos, que pareciam interessar-se
pelo espetáculo. Alguns se colocavam junto de certos espectadores, como que a
lhes escutar a conversação. Cena diversa se desenrolava no palco: por detrás
dos atores muitos Espíritos, de humor jovial, se divertiam em arremedá-los,
imitando-lhes os gestos de modo grotesco; outros, mais sérios, pareciam
inspirar os cantores e fazer esforços por lhes dar energia. Um deles se
conservava sempre junto de uma das principais cantoras. Julgando-o animado de
intenções um tanto levianas e tendo-o evocado após a terminação do ato, ele
acudiu ao nosso chamado e nos reprochou, com severidade, o temerário juízo:
“Não sou o que julgas, disse; sou o seu guia e seu Espírito protetor; sou
encarregado de dirigi-la.” Depois de alguns minutos de uma palestra muito
séria, deixou-nos, dizendo: “Adeus; ela está em seu camarim; é preciso que vá
vigiá-la.” Em segui- da, evocamos o Espírito Weber, autor da ópera, e lhe
perguntamos o que pensava da execução da sua obra. “Não de todo má; porém,
frouxa; os atores cantam, eis tudo. Não há inspiração. Espera, acrescentou, vou
tentar dar-lhes um pouco do fogo sagrado.” Foi visto, daí a nada, no palco,
pairando acima dos atores. Partindo dele, um como eflúvio se derramava sobre os
intérpretes. Houve, então, nestes, visível recrudescência de energia.
170.
Outro fato que prova a influência que os Espíritos exercem sobre os homens, à
revelia destes: Assistíamos, como nessa noite, a uma representação teatral, com
outro médium vidente. Travando conversação com um Espírito espectador, disse-nos ele: “Vês
aquelas duas damas sós, naquele camarote da primeira ordem? Pois bem, estou es-
forçando-me por fazer que deixem a sala.” Dizendo isso, o médium o viu ir
colocar-se no camarote em questão e falar às duas. De súbito, estas, que se
mostravam muito atentas ao espetáculo, se entreolharam, parecendo consultar-se
mutuamente. Depois, vão-se e não mais voltam. O Espírito nos fez então um gesto
cômico, querendo significar que cumprira o que dissera. Não o tornamos a ver,
para pedir-lhe explicações mais amplas. É assim que muitas vezes fomos
testemunha do papel que os Espíritos desempenham entre os vivos. Observamo-los
em diversos lugares de reunião, em bailes, concertos, sermões, funerais,
casamentos, etc., e por toda parte os encontramos atiçando paixões más,
soprando discórdias, provocando rixas e rejubilando-se com suas proezas.
Outros, ao contrário, combatiam essas influências perniciosas, porém, raramente
eram atendidos.
171.
A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das
de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se
querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade
existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com
as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que,
pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.
Quando
dissemos serem freqüentes os casos de aparições espontâneas (no 107), não quisemos
dizer que são muito comuns. Quanto aos médiuns videntes, propriamente ditos,
ainda são mais raros e há muito que desconfiar dos que se inculcam possuidores
dessa faculdade. É prudente não se lhes dar crédito, senão diante de provas
positivas. Não aludimos sequer aos que se dão à ilusão ridícula de ver os
Espíritos glóbulos, que descrevemos no no 108; falamos apenas dos que dizem ver
os Espíritos de modo racional. É fora de dúvida que algumas pessoas podem
enganar-se de boa-fé, porém, outras podem também simular esta faculdade por
amor-próprio, ou por interesse. Neste caso, é preciso, muito especialmente,
levarem conta o caráter, a moralidade e a sinceridade habituais; todavia, nas
particularidades, sobretudo, é que se encontram meios de mais segura verificação,
porquanto algumas há que não podem deixar suspeita, como, por exemplo, a
exatidão no retratar Espíritos que o médium jamais conheceu quando encarnados.
Pertence a esta categoria o fato seguinte:
Uma
senhora, viúva, cujo marido se comunica freqüentemente com ela, estava certa
vez em companhia de um médium vidente, que não a conhecia, como não lhe
conhecia a família. Disse-lhe o médium, em dado momento: — Vejo um Espírito
perto da senhora. — Ah! disse esta por sua vez: É com certeza meu marido, que quase
nunca me deixa. — Não, respondeu o médium, é uma mulher de certa idade; está
penteada de modo singular; traz um bandó branco sobre a fronte.
Por
essa particularidade e outros detalhes descritos, a senhora reconheceu, sem
haver possibilidade de engano, sua avó, em quem naquele instante absolutamente
não pensava. Se o médium houvesse querido simular a faculdade, fácil lhe fora
acompanhar o pensamento da dama. Entretanto, em vez do marido, com quem ela se
achava preocupada, ele vê uma mulher, com uma particularidade no penteado, da
qual coisa alguma lhe podia dar idéia. Este fato prova também que a vidência,
no médium, não era reflexo de qualquer pensamento estranho. (Veja-se o no 102.)
6. MÉDIUNS SONAMBÚLICOS
172.
Pode considerar-se o sonambulismo uma variedade da faculdade mediúnica, ou,
melhor, são duas ordens de fenômenos que freqüentemente se acham reunidos. O
sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos
momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O
que ele externa tira-o de si mesmo; suas idéias são, em geral, mais justas do
que no estado normal, seus conhecimentos mais dilatados, por- que tem livre a
alma. Numa palavra, ele vive antecipada- mente a vida dos Espíritos. O médium,
ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz
não vem de si. Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento,
enquanto que o médium exprime o de outrem. Mas, o Espírito que se comunica com
um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo; dá-se mesmo que, muitas
vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação. Muitos
sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão,
como os médiuns videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus
pensamentos. O que dizem, fora do âmbito de seus conhecimentos pessoais, lhes é
com freqüência sugerido por outros Espíritos. Aqui está um exemplo notável, em
que a dupla ação do Espírito do sonâmbulo e de outro Espírito se revela e de
modo inequívoco.
173.
Um de nossos amigos tinha como sonâmbulo um rapaz de 14 a 15 anos, de
inteligência muito vulgar e instrução extremamente escassa. Entretanto, no
estado de sonambulismo, deu provas de lucidez extraordinária e de grande
perspicácia. Excelia, sobretudo, no tratamento das enfermidades e operou grande
número de curas considera- das impossíveis. Certo dia, dando consulta a um
doente, descreveu a enfermidade com absoluta exatidão. –– Não basta,
disseram-lhe, agora é preciso que indiques o remédio. Não posso, respondeu, meu
anjo doutor não está aqui. Quem é esse anjo doutor de quem falas? — O que dita
os remédios. — Não és tu, então, que vês os remédios? — Oh! não; estou a dizer
que é o meu anjo doutor quem os dita.
Assim,
nesse sonâmbulo, a ação de ver o mal era do seu próprio Espírito que, para
isso, não precisava de assistência alguma; a indicação, porém, dos remédios lhe
era dada por outro. Não estando presente esse outro, ele nada podia dizer.
Quando só, era apenas sonâmbulo; assistido por aquele a quem chamava seu anjo
doutor, era sonâmbulo-médium.
174.
A lucidez sonambúlica é uma faculdade que se radica no organismo e que
independe, em absoluto, da elevação, do adiantamento e mesmo do estado moral do
indivíduo. Pode, pois, um sonâmbulo ser muito lúcido e ao mesmo tempo incapaz
de resolver certas questões, desde que seu Espírito seja pouco adiantado. O que
fala por si próprio pode, portanto, dizer coisas boas ou más, exatas ou falsas,
demonstrar mais ou menos delicadeza e escrúpulo nos processos de que use,
conforme o grau de elevação, ou de inferioridade do seu próprio Espírito. A
assistência então de outro Espírito pode suprir-lhe as deficiências. Mas, um
sonâmbulo, tanto como os médiuns, pode ser assistido por um Espírito mentiroso,
leviano, ou mesmo mau. Aí, sobre- tudo, é que as qualidades morais exercem
grande influência, para atraírem os bons Espíritos. (Veja-se: O Livro dos
Espíritos, “Sonambulismo”, no 425, e, aqui, adiante, o capítulo sobre a
“Influência moral do médium”.)
7. MÉDIUNS CURADORES
175.
Unicamente para não deixar de mencioná-la, falaremos aqui desta espécie de
médiuns, porquanto o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites
em que precisamos ater-nos. Sabemos, ao demais, que um de nossos amigos,
médico, se propõe a tratá-lo em obra especial sobre a medicina intuitiva.
Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom
que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por
um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso
mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí
importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade
reconhece que há mais alguma coisa. A magnetização ordinária é um ver- dadeiro
tratamento seguido, regular e metódico; no caso que apreciamos, as coisas se
passam de modo inteiramente diverso. Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos
a curar, desde que saibam conduzir-se conveniente- mente, ao passo que nos médiuns
curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem
ouvi- do falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que
constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo
se consideramos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser
qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira
evocação. (Veja-se atrás o no 131.)
176.
Eis aqui as respostas que nos deram os Espíritos às perguntas que lhes
dirigimos sobre este assunto:
1ª
Podem considerar-se as pessoas dotadas de força magnética como formando uma
variedade de médiuns?
“Não
há que duvidar.”
2ª
Entretanto, o médium é um intermediário entre os Espíritos e o homem; ora, o
magnetizador, haurindo em si mesmo a força de que se utiliza, não parece que
seja intermediário de nenhuma potência estranha.
“É um
erro; a força magnética reside, sem dúvida, no homem, mas é aumentada pela ação
dos Espíritos que ele chama em seu auxílio. Se magnetizas com o propósito de
curar, por exemplo, e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e pelo
teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige o teu fluido e lhe
dá as qualidades necessárias.”
3ª
Há, entretanto, bons magnetizadores que não crêem nos Espíritos?
“Pensas
então que os Espíritos só atuam nos que crêem neles? Os que magnetizam para o
bem são auxiliados por bons Espíritos. Todo homem que nutre o desejo do bem os
chama, sem dar por isso, do mesmo modo que, pelo desejo do mal e pelas más
intenções, chama os maus.”
4ª
Agiria com maior eficácia aquele que, tendo a força magnética, acreditasse na
intervenção dos Espíritos?
“Faria
coisas que consideraríeis milagre.”
5ª Há
pessoas que verdadeiramente possuem o dom de curar pelo simples contato, sem o
emprego dos passes magnéticos?
“Certamente;
não tens disso múltiplos exemplos?”
6ª
Nesse caso, há também ação magnética, ou apenas influência dos Espíritos?
“Uma
e outra coisa. Essas pessoas são verdadeiros médiuns, pois que atuam sob a
influência dos Espíritos; isso, porém, não quer dizer que sejam quais médiuns
curadores, conforme o entendes.”
7ª
Pode transmitir-se esse poder?
“O
poder, não; mas o conhecimento de que necessita, para exercê-lo, quem o possua.
Não falta quem não suspeite sequer de que tem esse poder, se não acreditar que
lhe foi transmitido.”
8ª
Podem obter-se curas unicamente por meio da prece?
“Sim,
desde que Deus o permita; pode dar-se, no entanto, que o bem do doente esteja
em sofrer por mais tempo e então julgais que a vossa prece não foi ouvida.”
9ª
Haverá para isso algumas fórmulas de prece mais eficazes do que outras?
“Somente a superstição pode emprestar virtudes
quaisquer a certas palavras e somente Espíritos ignorantes, ou mentirosos podem
alimentar semelhantes idéias, prescrevendo fórmulas. Pode, entretanto,
acontecer que, em se tratando de pessoas pouco esclarecidas e incapazes de
compreender as coisas puramente espirituais, o uso de determinada fórmula
contribua para lhes infundir confiança. Neste caso, porém, não é na fórmula que
está a eficácia, mas na fé, que aumenta por efeito da idéia ligada ao uso da
fórmula.”
8. MÉDIUNS PNEUMATÓGRAFOS
177.
Dá-se este nome aos médiuns que têm aptidão para obter a escrita direta, o que
não é possível a todos os médiuns escreventes. Esta faculdade, até agora, se
mostra muito rara. Desenvolve-se, provavelmente, pelo exercício; mas, como
dissemos, sua utilidade prática se limita a uma comprovação patente da
intervenção de uma força oculta nas manifestações. Só a experiência é capaz de
dar a ver a qualquer pessoa se a possui. Pode-se, portanto, experimentar, como
também se pode inquirir a respeito um Espírito protetor, pelos outros meios de
comunicação. Conforme seja maior ou menor o poder do médium, obtêm-se simples
traços, sinais, letras, palavras, frases e mesmo páginas inteiras. Basta de
ordinário colocar uma folha de papel dobrada num lugar qualquer, ou indicado
pelo Espírito, durante dez minutos, ou um quarto de hora, às vezes mais. A
prece e o recolhimento são condições essenciais; é por isso que se pode considerar
impossível a obtenção de coisa alguma, numa reunião de pessoas pouco sérias, ou
não animadas de sentimentos de simpatia e benevolência. (Veja-se a teoria da
escrita direta, capítulo VIII, Laboratório do mundo invisível, no 127 e
seguintes, e capítulo XII, Pneumatografia.) Trataremos de modo especial dos
médiuns escreventes nos capítulos que se seguem.
Nota
da Editora (FEB) — No original francês
está no grifo.
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