quinta-feira, 15 de março de 2018

Fraternidade e Paz.


Tema do mês: Atitudes cristãs                                                Data: 19 Setembro 15
Objetivo Formativo: Compreender que a convivência equilibrada entre as pessoas é base para a transformação moral.
Objetivo Informativo: Perceber que a ascensão espiritual está intrinsecamente ligada a reforma íntima.

Tema da aula: Fraternidade e Paz.
Objetivo da aula: Conscientizar a importância de transformar as virtudes em hábitos que nos ajudarão no nosso progresso moral e espiritual.
Evangelizador: Ísis Bello


Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: Conflitos... fugir, participar ou fingir que não viu? - 8´
Durante uma viagem de um grupo de amigos, uma garota do grupo chega primeiro ao hotel, junto com um amigo e enquanto aguardam as demais pessoas chegarem, o pessoal do hotel entrega para esse menina um punhado de chocolates suíços como brindes do hotel para todo aquele grupo de amigos que estavam chagando. O amigo que estava com ela percebe que ela foi comendo um a um e quando todos chegaram, não havia mais chocolates para entregar ao restante do grupo. Muito irritado com a atitude da garota, o amigo que estava com ela chega em outro amigo e começa a reclamar sobre essa menina:
- ela é muito folgada, comeu todos os chocolates que ganhamos, vocês nem puderam ver a cor deles... como pode ser tão cara de pau... nem me ofereceu o chocolate que eu tinha direito... Você não acha que eu tenho razão de ficar bravo?
Então, o amigo responde:
- sabe, você tem razão!
Percebendo a irritação do colega, a garota chega para esse mesmo amigo (que chegou depois, com o restante do grupo) e diz:
- não dê ouvidos a esse menino... ele chegou aqui comigo e nem me falou oi, ficou parado feito uma múmia fingindo que eu nem estava aqui... fiquei tão irritada que acabei comendo todos os chocolates... você não acha que eu estou certa de ficar brava com ele?
Então, o amigo responde:
- sabe de uma coisa, você está certa!
Ao ver a confusão que estava acontecendo, uma outra menina que também chegou depois, com o restante do grupo, se aproxima deste amigo que ficou no meio da confusão e diz:
- Isso que você acabou de fazer é um contrassenso! Onde já se viu... você diz que todos estão certos só para não se complicar??? Vai ficar em cima do muro???
Então, o amigo responde:
- É verdade.... você está coberta de razão!!!

Quem está certo?
Será que esse menino fugiu da responsabilidade? Qual é a sua responsabilidade, neste caso?
Essa cena demonstra uma dificuldade nossa em resolver os nossos conflitos? Quem teve essa dificuldade?

Desenvolvimento: De quem é a verdade? - 30´
- Cada um tem uma percepção sobre a realidade. A verdade entre 3 pessoas que se relacionam, revela 3 óticas/visões diferentes... Cada um tem a sua própria perspectiva de compreensão. Caso colocássemos um arquiteto, um artista e um pedreiro em uma sala para darem a opinião sobre a decoração dessa sala, os 3 terão opiniões completamente diferentes, cada um olhando aquilo que lhe parece fazer mais sentido, de acordo com suas habilidades profissionais, essas são suas verdades pessoais.
- Quando se trata de conflitos, se for entre duas pessoas há então, pelo menos, 4 verdades: a minha, a sua, uma que podemos construir e a verdade absoluta que é Deus! Essa última ultrapassa todas as nossas verdades pessoais.

- Quando olhamos dessa maneira, podemos ter mais indulgência com o outro e podemos admitir que o outro também pode estar com a verdade. E, as vezes, a verdade do outro pode ter um tamanho que ultrapassa a nossa, então, saímos do estágio de arrogância querendo fazer do meu ponto de vista a verdade absoluta e passamos para um estágio de cumplicidade onde compartilhamos os nossos pontos de vistas, nossas verdades. Assim, construímos em um ambiente mais fraterno essa “terceira” verdade, a qual nos guiará para a verdade realmente absoluta... Quando conseguimos chegar a esse ponto, acaba-se a disputa pela verdade, por saber que tem mais razão e juntos podemos olhar para a verdade de Deus!

- A tolerância, que viram na aula passada também precisa ser aplicada para que a terceira verdade seja construída.

- Esses são caminhos práticos para podermos cultivar a fraternidade e paz entre nós.

- Isso é reduzir conflitos sem diminuir as diferenças. O nosso problema é a diferença, nossa dificuldade em lidar com as diferenças. Tratamos a diferença como sendo a parte que não está certa, que é um obstáculo... quando de fato, trata-se apenas de um outro olhar.

Uma maneira prática de tentar resolver conflitos (como o exemplo da cena descrita) é usar o respeito. Na origem dessa palavra, entende-se também que significa olhar de um outro jeito. Logo, se assumo a posição de respeito, assumo que sou capaz de compartilhar olhares diferentes.

Lembram-se da história de Paulo e Estevão? Em certo momento Paulo (enquanto Saulo) questiona como Estevão conseguia viver em paz com os fariseus (que naquela época eram os hipócritas) e Estevão responde que somente convivendo com eles é que se podia entender e praticar aquilo que Jesus ensinou... Então vemos que os virtuosos precisam daqueles que carecem de virtudes para crescerem e vice-versa, isso porque mesmo aqueles hipócritas têm em si virtudes que somos capazes de recolher como pérolas na convivência com eles. Por isso, não devemos nos colocar à distância daquele que pensa diferente de nós ou que se coloca como nossos inimigos, até porque, nos inimigos podemos encontrar as verdades nuas e cruas (que eles apontam ao tentarem nos destruir) enquanto que poderíamos não ter as verdades tão explícitas vindas de um amigo que fraternalmente poderia amenizar a maneira como demonstra as verdades o que nos dificultaria enxergar elas.

- Receber as sombras para se iluminar e oferecer a luz àqueles que carecem dela ou àqueles que ofereceram a sombra. Nós somente podemos doar aquilo que temos. É assim que podemos praticar a paz dentro de nós, mesmo quando somos agredidos.

Bom, então vamos resolver aquela situação, criando um cenário diferente, baseados nessa conversa que acabamos de ter?

- O que a menina que comeu os chocolates, o que poderia ter feito de diferente para não ficar bravo com ela?
- E garoto que viu a menina comendo os chocolates, o que poderia ter feito de diferente?
- E aquele amigo que ficou no meio da confusão, qual era o papel dele uma vez que o chocolate que era de direito dele nem ao menos chegou em suas mãos para que ele pudesse decidir se comeria ou daria para a garota comer...?
- E aquela outra menina que ficou inconformada com a reação do amigo que estava no meio da confusão? O que ela poderia ter feito de diferente?

Fixação:Mentalização para Fraternidade e Paz interior – 10´

“Se o bem desamparasse o mau, a fraternidade não passaria de mera ilusão”. Emmanuel

Todos podemos identificar o bem que há em nós, as nossas virtudes? Então, escolham apenas um bem, uma virtude e digam qual é (quem quiser).

Vamos fazer uma mentalização para distribuição desse bem/virtude para todos aqueles que se colocam como nossos inimigos, para aqueles que nos agridem de alguma maneira...

Visualize essa virtude saindo do centro do seu peito em forma de luz branca cristalina, como um feixe de luz que vai crescendo e ficando cada vez mais forte, esse feixe de luz chega até o inimigo/agressor e penetra o seu coração. Agora, vocês estão conectados por essa luz branca cristalina e brilhante. Quanto mais você pensa nessa pessoa, mais luz sai de você em direção à ela.
Todas as discórdias entre vocês aparecem como sombras que são, neste momento, iluminadas por essa luz abundante e quanto mais sombra aprece, mais luz sai do seu peito e ilumina tudo, até que mais nada sombrio reste, mas que tudo seja pura luz branca cristalina e muito brilhante.

Prece Final: dos evangelizandos

Bibliografia:
Café com Luz – FEB – Fraternidade e Paz com Alberto Almeida




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