Tema do Mês: AUTOCONHECIMENTO Data: 04/04/2015
Objetivo Formativo: Reconhecer o
autoconhecimento como ferramenta para o desenvolvimento espiritual.
Objetivo Informativo: Identificar os limites
e potencialidades presentes no comportamento humano.
Tema da aula: Quem
sou eu? (Conhece-te a ti mesmo)
Objetivo da aula:
Identificar os pontos que gostamos e que não gostamos em nós
mesmos e, refletir sobre o impacto deste “desgosto” e exercitar maneiras de nos amarmos por completo.
Evangelizador:
Ísis Bello
Prece inicial: 03´
Incentivo Inicial: Conhece-te a ti mesmo
Revisão da aula anterior sobre o reino animal à formação do homem (corpo físico) e do espírito à quem somos nós? - 20’
47. A espécie humana se achava entre os elementos
orgânicos do globo terrestre?
— Sim,
e veio a seu tempo. Foi isso que deu motivo a dizer-se que o homem foi feito do
limo da Terra.
49. Se o germe da
espécie humana estava entre os elementos orgânicos do globo, por que os homens não
mais se formam espontaneamente, como em sua origem?
— O
princípio das coisas permanece nos segredos de
Deus; mas podemos dizer que os homens, uma vez. dispersos sobre a Terra,
absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução. O mesmo aconteceu com as demais espécies de seres vivos.
Pedir que cada
participante escreva no quadro uma qualidade e um defeito que percebem nas
pessoas que admiram e nas pessoas não
admiram / que desgostam.
Perguntar ao grupo:
cada qualidade e defeito aqui colocados podem ser atribuídos a vocês
mesmos?
Uma excelente
maneira de nos conhecermos é
através daquilo que percebemos nos outros, tantos as qualidades
positivas quanto as negativas. As vezes, é difícil perceber essas características em nós
mesmos, mas facilmente as percebemos nos outros. Nós só podemos ver no
outro aquilo que nós mesmos também vivenciamos, por isso, nossos “olhos” se tornam capazes
de “enxergar”
isso no outro. Ex: se eu não
sei, não experimentei o que é dor
de dente, nunca olharei para alguém
que está com cara de dor e direi que essa dor da pessoa seja de
dente, enquanto que se eu já
tiver passado por isso, posso cair na tentação de acreditar que aquela cara de dor é exatamente a cara que eu tinha quando estava com dor de
dente, assim, acho que aquela pessoa está com
dor dente, mesmo que não seja esse o motivo
daquela cara. Isso também acontece para
características que não
temos consciência /clareza que já
passamos ou estamos passando pela mesma característica que observo no outro.
Olhando para essas qualidades
e defeitos que escreveram pensando ser sobre outra pessoa, como suas próprias, como vocês se
sentem? É uma sensação
boa ou ruim? De aprovação ou reprovação? É difícil de acreditar / aceitar? Descordam? Isso seria impossível em você?
Quanto mais difícil é acreditar que nós mesmos temos aquilo que tanto nos incomoda no outro, mais
inconsciente e mais escondido essa caraterística está em
nós. Estamos, então,
fazendo um movimento de repreensão
deste fato, aprisionando nossa verdadeira face, a qual muitas vezes não é como idealizamos e
por isso, queremos econder nós
mesmos.... E qual é a consequência de fazer isso conosco mesmos?
Ficamos tristes,
perdemos nossas forças e quanto mais
escondemos ou negamos a nós
mesmos, cada vez mais vazios nos sentimos. O ato de esconder ou negar é um ato de exclusão de
uma parte de nós, por isso, nos enfraquecemos e isso vai gerando tristeza e
esavaziamento.
Se não nos conhecemos, fica mais difícil nos aceitar.... se não nos aceitamos como somos inteiramente, não podemos mudar o que precisamos em nós, e se não
conseguimos olhar para esses pontos em nós, não conseguimos nos amar completamente, pois amor é um sentimento que não é capaz de excluir as coisas, mas apenas de incluir tudo o que
existe (de bom ou ruim), pois não
faz esse julgamento. Esse sentimento apenas aceita as coisas como são e é justamente esse
amor que permite que a nossa própria
evolução aconteça,
pois a partir dele se torna possível
acontecer outras virtudes como a alegria, a plenitude, o perdão, a tolerância,
o carinho, a disciplina, em primeiro lugar conosco mesmos e depois, com os
outros...
Desenvolvimento: Amai-vos uns aos outros com eu vos amei - 30’
Quem
disse essa famosa frase?
Como Jesus nos amou? O que entendemos sobre o amor que ele
tem por nós?
Talvez passaremos essa vida inteira e outras mais para
compreender o que é esse amor que passa por cima de todos os julgamentos que
fazemos sobre a vida e as pessoas (ex: julgamentos sobre o que achamos do que
acontece com a política no Brasil, sobre o que achamos dos partidos políticos,
sobre o que achamos dos criminosos, etc). O problema não é achar ou não achar
algo, julgar ou não julgar, mas é o tipo de pensamento / sentimento que
cultivamos ao sustentar alguns julgamentos, as vezes, nos achamos mais certos e
até melhores do que aquilo / aquele que julgamos e, automaticamente nos
colocamos em superioridade, o que nos faz acreditar que estamos muito certos e
outro está errado. O amor pleno não pode fluir nessa dualidade, pois ele não
exclui um ou outro, ele inclui um e outro.
Esse amor de Jesus está acima de tudo isso, ele não ignora o
que está acontecendo, mas não se coloca nessa dualidade de bom ou ruim, certo
ou errado... ele apenas ama tudo, acima de qualquer julgamento, por isso é
chamado de amor incondicional, pois não exige uma condição assim ou assada para
acontecer.
Nós
somos capazes de fazer isso?
Nós acreditamos que se aceitarmos aquilo que vemos como
necessário ser diferente, aquilo que enxergamos como errado ou ruim vai
continuar agindo e que estamos sendo passíveis em relação aos prejuízos que
estão sendo causados. Acreditar nisso é uma grande mentira, pois a passividade
nada tem a ver com o amor e a aceitação.
Amar e aceitar acontecem sem que uma condição seja imposta (a
fé também acontece aqui) e, assim, as virtudes que surgem a partir desse amor
podem então acontecer também, como a proposta de ordem e disciplina, a
tolerância e a paciência, o carinho, o perdão, a união, a sabedoria e a
orientação para o mais, para aquilo que nos faz crescer.... Aqui a mudança,
então, se torna possível.
Na passividade nada acontece, nada é feito, nem mesmo a aceitação
acontece quando somos passivos. É uma condição de completa inércia. Nada é
agregado aqui e nenhuma virtude pode surgir disso.
Exercício: pensem em algo que
vocês tenham uma crítica, uma angústia, uma sensação ruim, raiva, que os deixam
triste. Por ex: eu escolho a tristeza que sinto quando olho para a corrupção
que existe em nosso país ou eu escolho a angústia que sinto quando vejo que ainda
sou uma pessoa reclamona, mesmo sabendo que eu não preciso reclamar de nada.
Agora, escolham um objeto neste cesto que represente o que
vocês escolheram. Se não tiver nada aqui que possa representar, podem fazer um
desenho que represente.
Coloquem esse objeto ou desenho bem na frente de vocês, no
chão.
Agora, vamos fazer um exercício que trabalhará os nossos
sentimentos. Olhem para isto representado no objeto ou desenho chão e observem
o que isso desperta em vocês (algum sentimento? Uma imagem se forma na tela
mental de vocês? Alguma palavra?). Agora deixem que tudo isso desepertado em
vocês seja transformado em uma luz, visualizem essa transformação (quer cor é
essa luz? Deu certo essa transformação ou se transformou em outra coisa que não
é a luz?). Agora visualizem essa luz entrando bem fundo lá no meio do seu
coração, conforme essa luz entra, mais forte bate o seu coração, sintam o
coração batendo, podem colocar a mão no coração para sentir como ele vai
batendo mais forte... se ainda não está sentindo, então deixe entrar mais
luz...
Como nos entender nessa fase da adolescência?
Na adolescência, a conquista da identidade é muito relevante e relativamente complexa.
No período da adolescência
essa busca se torna afugente, porque o jovem se preocupa muito com a aparência, em relação ao
que os outros pensam, de certo modo rompendo com o passado e definindo os rumos
do futuro. Surgem, então, as identidades
individual e grupal ou coletiva. A depender do estado psicológico do adolescente, ele pode destacar-se, surgindo com os
seus caracteres próprios, ou perder-se
no grupo, identificando-se com a maneira massiva de apresentação, normalmente como rebeldia contra o status.
Para o adolescente, o mundo parece hostil,
agressivo, com padrões difíceis de ser alcançados,
e que o ameaçam.
Sentindo-se
diferente das demais pessoas, luta, interiormente, para reconhecer como agir e
quais os recursos de que dispõe,
para colocar a serviço da sua realização pessoal. Por outro lado, muitas culturas consideram o jovem
como um rebelde, egoísta, agressivo,
equipando-se de conceitos que exigem do jovem submissão e dependência,
dificultando-lhe o acesso a oportunidades de trabalho, de criação, de realização
pessoal, porque ainda não está definido, nem possui experiência... Convenha-se que experiência é resultado da
habilidade adquirida mediante o desempenho do trabalho, e somente será conseguida se for facultada a oportunidade de realização.
Esse choque entre o
velho e o novo constitui desafio para ambos se afinarem, adaptando-se o jovem
ao contexto social, sem abdicação
dos seus valores, como também da
inútil luta agressiva contra o que depara, porém
trabalhando para a
mudança dos paradigmas; e ao adulto cabe a aceitação de que a vida é uma
constante renovação e ininterrupta mudança,
rica de transformação de conceitos que
avançam para o sentido ético
elevado e libertador, no qual as criaturas se encontrarão felizes e unidas.
Vivendo antes em um
mundo especial, cujas fronteiras não
iam além dos limites do lar e da família, no máximo
da escola, rompem-se, agora, as barreiras que o detinham, e surge um campo
imenso, ora fascinante, ora assustador, que ele deve conhecer e conquistar, a
fim de situar-se no contexto de uma sociedade que se lhe apresenta estranha,
caprichosa, assinalada por costumes e atitudes que o surpreendem. Os seus
pensamentos primeiros são de submeter tudo a
uma nova ordem, na qual ele se sinta realizado e dominador, alçado à categoria de líder reformista, que altere a paisagem vigente e dê-lhe novos contornos. Lentamente, à medida que se vai adaptando aos fatores predominantes,
percebe que não é tão fácil operar as mudanças que pretendia impor aos outros, e ajusta-se ao “modus operandi”
existente ou contribui para as necessárias
e oportunas alterações por que passam os
diferentes períodos da cultura e do comportamento humano.
Como nos aceitar e
nos amar sem condições que nos colocamos
e que acabam nos limitando?
Como nos amar e amar
ao próximo como Jesus nos amou?
Conclusão: Ame ao próximo
como a ti mesmo - 10’
Primeiro precisamos
aprender a fazer isso conosco, depois seremos capazes de fazer o mesmo com o
outro.
Fazer perguntas para
avaliar a fixação:
- Como identificamos
aquilo que gostamos e não gostamos em nós?
- O que fazemos com
aquilo que não gostamos em nós?
- O que fazemos com
aquilo que gostamos em nós?
- O que fazemos com
aquilo que não gostamos no mundo e o que fazemos com isso?
Fechar com a música Compromisso (Fábio
Júnior).
Bibliografia:
Livro O Amor do Espírito – Bert Hellinger
Livro dos Espíritos
Comentários Joanna de Angelis
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