quinta-feira, 15 de março de 2018

Quem sou eu? Conhece-te a ti mesmo


Tema do Mês: AUTOCONHECIMENTO                                             Data: 04/04/2015
Objetivo Formativo: Reconhecer o autoconhecimento como ferramenta para o desenvolvimento espiritual.
Objetivo Informativo: Identificar os limites e potencialidades presentes no comportamento humano.

Tema da aula: Quem sou eu? (Conhece-te a ti mesmo)
Objetivo da aula: Identificar os pontos que gostamos e que não gostamos em nós mesmos e, refletir sobre o impacto deste desgosto e exercitar maneiras de nos amarmos por completo.
Evangelizador: Ísis Bello

Prece inicial: 03´

Incentivo Inicial: Conhece-te a ti mesmo

Revisão da aula anterior sobre o reino animal à formação do homem (corpo físico) e do espírito à quem somos nós? - 20
47. A espécie humana se achava entre os elementos orgânicos do globo terrestre?

Sim, e veio a seu tempo. Foi isso que deu motivo a dizer-se que o homem foi feito do limo da Terra.

49. Se o germe da espécie humana estava entre os elementos orgânicos do globo, por que os homens não mais se formam espontaneamente, como em sua origem?

O princípio das coisas permanece nos segredos de Deus; mas podemos dizer que os homens, uma vez. dispersos sobre a Terra, absorveram em si mesmos os elementos necessários à sua formação, para transmiti-los segundo as leis da reprodução. O mesmo aconteceu com as demais espécies de seres vivos.

Pedir que cada participante escreva no quadro uma qualidade e um defeito que percebem nas pessoas que admiram e nas pessoas não admiram / que desgostam.

Perguntar ao grupo: cada qualidade e defeito aqui colocados podem ser atribuídos a vocês mesmos?

Uma excelente maneira de nos conhecermos é através daquilo que percebemos nos outros, tantos as qualidades positivas quanto as negativas. As vezes, é difícil perceber essas características em nós mesmos, mas facilmente as percebemos nos outros. Nós só podemos ver no outro aquilo que nós mesmos também vivenciamos, por isso, nossos olhos se tornam capazes de enxergar isso no outro. Ex: se eu não sei, não experimentei o que é dor de dente, nunca olharei para alguém que está com cara de dor e direi que essa dor da pessoa seja de dente, enquanto que se eu já tiver passado por isso, posso cair na tentação de acreditar que aquela cara de dor é exatamente a cara que eu tinha quando estava com dor de dente, assim, acho que aquela pessoa está com dor dente, mesmo que não seja esse o motivo daquela cara. Isso também acontece para características que não temos consciência /clareza que já passamos ou estamos passando pela mesma característica que observo no outro.

Olhando para essas qualidades e defeitos que escreveram pensando ser sobre outra pessoa, como suas próprias, como vocês se sentem? É uma sensação boa ou ruim? De aprovação ou reprovação? É difícil de acreditar / aceitar? Descordam? Isso seria impossível em você?

Quanto mais difícil é acreditar que nós mesmos temos aquilo que tanto nos incomoda no outro, mais inconsciente e mais escondido essa caraterística está em nós. Estamos, então, fazendo um movimento de repreensão deste fato, aprisionando nossa verdadeira face, a qual muitas vezes não é como idealizamos e por isso, queremos econder nós mesmos.... E qual é a consequência de fazer isso conosco mesmos?

Ficamos tristes, perdemos nossas forças e quanto mais escondemos ou negamos a nós mesmos, cada vez mais vazios nos sentimos. O ato de esconder ou negar é um ato de exclusão de uma parte de nós, por isso, nos enfraquecemos e isso vai gerando tristeza e esavaziamento.

Se não nos conhecemos, fica mais difícil nos aceitar.... se não nos aceitamos como somos inteiramente, não podemos mudar o que precisamos em nós, e se não conseguimos olhar para esses pontos em nós, não conseguimos nos amar completamente, pois amor é um sentimento que não é capaz de excluir as coisas, mas apenas de incluir tudo o que existe (de bom ou ruim), pois não faz esse julgamento. Esse sentimento apenas aceita as coisas como são e é justamente esse amor que permite que a nossa própria evolução aconteça, pois a partir dele se torna possível acontecer outras virtudes como a alegria, a plenitude, o perdão, a tolerância, o carinho, a disciplina, em primeiro lugar conosco mesmos e depois, com os outros...

Desenvolvimento: Amai-vos uns aos outros com eu vos amei - 30

Quem disse essa famosa frase?

Como Jesus nos amou? O que entendemos sobre o amor que ele tem por nós?

Talvez passaremos essa vida inteira e outras mais para compreender o que é esse amor que passa por cima de todos os julgamentos que fazemos sobre a vida e as pessoas (ex: julgamentos sobre o que achamos do que acontece com a política no Brasil, sobre o que achamos dos partidos políticos, sobre o que achamos dos criminosos, etc). O problema não é achar ou não achar algo, julgar ou não julgar, mas é o tipo de pensamento / sentimento que cultivamos ao sustentar alguns julgamentos, as vezes, nos achamos mais certos e até melhores do que aquilo / aquele que julgamos e, automaticamente nos colocamos em superioridade, o que nos faz acreditar que estamos muito certos e outro está errado. O amor pleno não pode fluir nessa dualidade, pois ele não exclui um ou outro, ele inclui um e outro.

Esse amor de Jesus está acima de tudo isso, ele não ignora o que está acontecendo, mas não se coloca nessa dualidade de bom ou ruim, certo ou errado... ele apenas ama tudo, acima de qualquer julgamento, por isso é chamado de amor incondicional, pois não exige uma condição assim ou assada para acontecer.

Nós somos capazes de fazer isso?

Nós acreditamos que se aceitarmos aquilo que vemos como necessário ser diferente, aquilo que enxergamos como errado ou ruim vai continuar agindo e que estamos sendo passíveis em relação aos prejuízos que estão sendo causados. Acreditar nisso é uma grande mentira, pois a passividade nada tem a ver com o amor e a aceitação.

Amar e aceitar acontecem sem que uma condição seja imposta (a fé também acontece aqui) e, assim, as virtudes que surgem a partir desse amor podem então acontecer também, como a proposta de ordem e disciplina, a tolerância e a paciência, o carinho, o perdão, a união, a sabedoria e a orientação para o mais, para aquilo que nos faz crescer.... Aqui a mudança, então, se torna possível.

Na passividade nada acontece, nada é feito, nem mesmo a aceitação acontece quando somos passivos. É uma condição de completa inércia. Nada é agregado aqui e nenhuma virtude pode surgir disso.

Exercício: pensem em algo que vocês tenham uma crítica, uma angústia, uma sensação ruim, raiva, que os deixam triste. Por ex: eu escolho a tristeza que sinto quando olho para a corrupção que existe em nosso país ou eu escolho a angústia que sinto quando vejo que ainda sou uma pessoa reclamona, mesmo sabendo que eu não preciso reclamar de nada.

Agora, escolham um objeto neste cesto que represente o que vocês escolheram. Se não tiver nada aqui que possa representar, podem fazer um desenho que represente.

Coloquem esse objeto ou desenho bem na frente de vocês, no chão.

Agora, vamos fazer um exercício que trabalhará os nossos sentimentos. Olhem para isto representado no objeto ou desenho chão e observem o que isso desperta em vocês (algum sentimento? Uma imagem se forma na tela mental de vocês? Alguma palavra?). Agora deixem que tudo isso desepertado em vocês seja transformado em uma luz, visualizem essa transformação (quer cor é essa luz? Deu certo essa transformação ou se transformou em outra coisa que não é a luz?). Agora visualizem essa luz entrando bem fundo lá no meio do seu coração, conforme essa luz entra, mais forte bate o seu coração, sintam o coração batendo, podem colocar a mão no coração para sentir como ele vai batendo mais forte... se ainda não está sentindo, então deixe entrar mais luz...

Como nos entender nessa fase da adolescência?

Na adolescência, a conquista da identidade é muito relevante e relativamente complexa.
No período da adolescência essa busca se torna afugente, porque o jovem se preocupa muito com a aparência, em relação ao que os outros pensam, de certo modo rompendo com o passado e definindo os rumos do futuro. Surgem, então, as identidades individual e grupal ou coletiva. A depender do estado psicológico do adolescente, ele pode destacar-se, surgindo com os seus caracteres próprios, ou perder-se no grupo, identificando-se com a maneira massiva de apresentação, normalmente como rebeldia contra o status.
 Para o adolescente, o mundo parece hostil, agressivo, com padrões difíceis de ser alcançados, e que o ameaçam.
Sentindo-se diferente das demais pessoas, luta, interiormente, para reconhecer como agir e quais os recursos de que dispõe, para colocar a serviço da sua realização pessoal. Por outro lado, muitas culturas consideram o jovem como um rebelde, egoísta, agressivo, equipando-se de conceitos que exigem do jovem submissão e dependência, dificultando-lhe o acesso a oportunidades de trabalho, de criação, de realização pessoal, porque ainda não está definido, nem possui experiência... Convenha-se que experiência é resultado da habilidade adquirida mediante o desempenho do trabalho, e somente será conseguida se for facultada a oportunidade de realização.
Esse choque entre o velho e o novo constitui desafio para ambos se afinarem, adaptando-se o jovem ao contexto social, sem abdicação dos seus valores, como também da inútil luta agressiva contra o que depara, porém
trabalhando para a mudança dos paradigmas; e ao adulto cabe a aceitação de que a vida é uma constante renovação e ininterrupta mudança, rica de transformação de conceitos que avançam para o sentido ético elevado e libertador, no qual as criaturas se encontrarão felizes e unidas.
Vivendo antes em um mundo especial, cujas fronteiras não iam além dos limites do lar e da família, no máximo da escola, rompem-se, agora, as barreiras que o detinham, e surge um campo imenso, ora fascinante, ora assustador, que ele deve conhecer e conquistar, a fim de situar-se no contexto de uma sociedade que se lhe apresenta estranha, caprichosa, assinalada por costumes e atitudes que o surpreendem. Os seus pensamentos primeiros são de submeter tudo a uma nova ordem, na qual ele se sinta realizado e dominador, alçado à categoria de líder reformista, que altere a paisagem vigente e dê-lhe novos contornos. Lentamente, à medida que se vai adaptando aos fatores predominantes, percebe que não é tão fácil operar as mudanças que pretendia impor aos outros, e ajusta-se ao modus operandi existente ou contribui para as necessárias e oportunas alterações por que passam os diferentes períodos da cultura e do comportamento humano.
Como nos aceitar e nos amar sem condições que nos colocamos e que acabam nos limitando?

Como nos amar e amar ao próximo como Jesus nos amou?

Conclusão: Ame ao próximo como a ti mesmo - 10

Primeiro precisamos aprender a fazer isso conosco, depois seremos capazes de fazer o mesmo com o outro.

Fazer perguntas para avaliar a fixação:
- Como identificamos aquilo que gostamos e não gostamos em nós?
- O que fazemos com aquilo que não gostamos em nós?
- O que fazemos com aquilo que gostamos em nós?
- O que fazemos com aquilo que não gostamos no mundo e o que fazemos com isso?

Fechar com a música Compromisso (Fábio Júnior).


Bibliografia:
Livro O Amor do Espírito Bert Hellinger
Livro dos Espíritos
Comentários Joanna de Angelis

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